Líbero do Osasco, ainda na seleção juvenil, conheceu jogadora do Rio e registrou o momento. Nesta sexta, serão destaques no duelo entre equipes
Com aqueles olhos de menina, Camila Brait chegou a Saquarema com sua
primeira convocação para a seleção juvenil em 2006, dias antes de
completar 18 anos. Àquela época, a equipe adulta se preparava no mesmo
Centro de Treinamento para o Mundial do Japão. A jovem líbero, então,
deixou a timidez de lado, andou pelos corredores do local e bateu à
porta de sua maior referência na posição. Diante de Fabi, desejou boa
sorte na campanha e pediu uma foto ao lado da veterana. Hoje, quase sete
anos depois, a imagem não agrada muito às jogadoras. Elas, porém, dizem
que aquele dia, sem que soubessem, marcou o início a uma amizade que
superou até mesmo a briga por um lugar na seleção. Nesta sexta-feira, as
duas voltarão a estar em lados opostos da quadra para mais um clássico
entre Osasco e Rio de Janeiro, às 21h, no ginásio José Liberatti, na
cidade paulista. O SporTV transmite ao vivo, e o GLOBOESPORTE.COM
acompanha em Tempo Real o duelo que vale a liderança na rodada final da
fase classificatória.
À época da foto, Camila Brait era uma jovem aposta das categorias de base do vôlei nacional. Com o tempo, ganhou força e passou a ser apontada como sucessora natural de Fabi na seleção. A líbero do Osasco foi a última a ser cortada para os Jogos de Londres, que teve a jogadora do Rio de Janeiro como um de seus maiores destaques. A disputa pela posição não atrapalhou em nada a amizade das duas. A história do duelo desta sexta, porém, é outra.
- Quando eu cheguei para jogar na seleção juvenil, fui lá no quarto
falar que estava torcendo para ela, foi a primeira foto que tirei com
ela. Eu estou horrível, cheia de espinhas (risos). Depois de dois anos e
meio, estava lá disputando posição com ela. Ela sempre me recebeu muito
bem, me deu vários conselhos. Mas eu vou querer ganhar dela, assim como
ela vai querer ganhar de mim (risos). Somos grandes amigas fora das
quadras, mas estamos ali para lutar. Sou muito amiga da Natália também,
só que vou querer defender todas as bolas dela e ela vai querer acertar
minha cabeça (risos). Então, vale tudo dentro de quadra.
Fabi fala com carinho de Camila. Diz que sempre se impressionou com o respeito que a jovem líbero demonstrou, mesmo quando as duas brigavam por um lugar no grupo para os Jogos Olímpicos de Londres.
- Por mais que a gente saiba que é uma coisa natural ver jogadoras das categorias de base chegando à seleção, foi uma coisa muito legal de ter vivido. Conhecer a menina, acompanhar os passos dela e a transformação dela. E poder transformar isso em amizade. Ela, desde o início, sempre teve uma admiração muito grande por mim. Eu posso dizer que, nesses quatro anos que a gente conviveu na seleção, apesar de parecer que foi importante para ela, foi muito importante para mim também. Conviver com a juventude e a disposição dela, o fato de ela querer observar as coisas e tornar essa disputa por posição em algo natural... Quando você faz as coisas dessa maneira, consegue levar os momentos complicados de uma forma mais fácil – disse a veterana.
A líbero do Rio de Janeiro só não fica muito feliz ao ver a foto. Reclama de uns detalhes, comenta outros e avisa: vai dar o troco na amiga.
Nesta sexta-feira, as duas serão as principais armas defensivas de
Osasco e Rio de Janeiro. Com 44 pontos, a equipe carioca lidera a tabela
da Superliga. O Osasco, com 42, é o único rival que pode tirar o time
de Bernardinho da ponta da fase de classificação. A situação é a mesma
da última edição do campeonato, quando as paulistas venceram o clássico
no Maracanãzinho e tomaram o primeiro lugar na última rodada. Nesta
sexta, Camila espera que a história se repita.
Fabi concorda. Diz que o clássico já se firmou como um dos maiores do vôlei internacional e que, mesmo que não valesse a liderança, já teria um clima especial. Ela, no entanto, espera que a equipe carioca consiga repetir o resultado do turno, quando venceu as rivais dentro do Maracanãzinho.
- Acho que é uma semana diferente, é um jogo especial de jogar. A expectativa de todos, torcida, treinadores tentando surpreender. Esse clássico tem vários fatores diferentes, não só pela história, mas por ter jogadoras de seleção dos dois lados, técnicos de nome, que participam diretamente da seleção, um na categoria de base, outro na adulta. Vou até um pouco além, acho que esse clássico está entre os maiores do vôlei mundial. E, além de todos os ingredientes, vale uma melhor colocação no campeonato. Vai ser um jogo diferente.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2013/02/antes-de-classico-camila-brait-e-fabi-celebram-amizade-com-foto-historica.html
À época da foto, Camila Brait era uma jovem aposta das categorias de base do vôlei nacional. Com o tempo, ganhou força e passou a ser apontada como sucessora natural de Fabi na seleção. A líbero do Osasco foi a última a ser cortada para os Jogos de Londres, que teve a jogadora do Rio de Janeiro como um de seus maiores destaques. A disputa pela posição não atrapalhou em nada a amizade das duas. A história do duelo desta sexta, porém, é outra.
Fabi, Camila Brait e a primeira foto juntas (Foto: Divulgação / Arquivo Pessoal)
Fabi fala com carinho de Camila. Diz que sempre se impressionou com o respeito que a jovem líbero demonstrou, mesmo quando as duas brigavam por um lugar no grupo para os Jogos Olímpicos de Londres.
- Por mais que a gente saiba que é uma coisa natural ver jogadoras das categorias de base chegando à seleção, foi uma coisa muito legal de ter vivido. Conhecer a menina, acompanhar os passos dela e a transformação dela. E poder transformar isso em amizade. Ela, desde o início, sempre teve uma admiração muito grande por mim. Eu posso dizer que, nesses quatro anos que a gente conviveu na seleção, apesar de parecer que foi importante para ela, foi muito importante para mim também. Conviver com a juventude e a disposição dela, o fato de ela querer observar as coisas e tornar essa disputa por posição em algo natural... Quando você faz as coisas dessa maneira, consegue levar os momentos complicados de uma forma mais fácil – disse a veterana.
A líbero do Rio de Janeiro só não fica muito feliz ao ver a foto. Reclama de uns detalhes, comenta outros e avisa: vai dar o troco na amiga.
saiba mais
- Ela estava revirando as fotos dela outro dia e me mandou: “Lembra
disso?”. Meu Deus... (risos). Mas, independentemente, é uma foto
superlegal. Eu lembro bem do dia, da situação. Estávamos às vésperas do
Mundial de 2006, ela estava na sua primeira convocação da seleção
juvenil. E é muito engraçado. Mas acho que a foto é dispensável, era
melhor ficar só na história (risos). Os registros acabam com a gente.
Ela disse: “Olha a minha espinha”. Eu respondi: “Que tua espinha, olha a
minha cara, o meu braço (risos)”. Ela vai ver, eu vou puxar a orelha
dela - brincou.
Camila Brait será uma das armas defensivas do Osasco no clássico (Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Para Fabi, Rio e Osasco fazem um dos maiores
clássicos mundiais (Foto: Alexandre Durão)
- Foi como no ano passado. E dependemos só da gente. Esse jogo é o mais
importante de turno e returno juntos, vai decidir quem fica em
primeiro, quem vamos pegar nas quartas. Vai decidir muita coisa. Além de
ser um clássico, acho que a torcida vai estar toda aqui em peso para
gente. E nós vamos ter de fazer o nosso papel, jogar bem. Quem ganhar o
jogo, vai ganhar nos detalhes. Essa vai ser a diferença: quem errar
menos e tiver o emocional melhor.clássicos mundiais (Foto: Alexandre Durão)
Fabi concorda. Diz que o clássico já se firmou como um dos maiores do vôlei internacional e que, mesmo que não valesse a liderança, já teria um clima especial. Ela, no entanto, espera que a equipe carioca consiga repetir o resultado do turno, quando venceu as rivais dentro do Maracanãzinho.
- Acho que é uma semana diferente, é um jogo especial de jogar. A expectativa de todos, torcida, treinadores tentando surpreender. Esse clássico tem vários fatores diferentes, não só pela história, mas por ter jogadoras de seleção dos dois lados, técnicos de nome, que participam diretamente da seleção, um na categoria de base, outro na adulta. Vou até um pouco além, acho que esse clássico está entre os maiores do vôlei mundial. E, além de todos os ingredientes, vale uma melhor colocação no campeonato. Vai ser um jogo diferente.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2013/02/antes-de-classico-camila-brait-e-fabi-celebram-amizade-com-foto-historica.html
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