Torcedores não vão poder aguardar em liberdade ao julgamento pela morte do boliviano Kevin Douglas Beltran Espada
- Decidimos manter os 12 encarcerados nessa fase de investigação por questões de segurança. Sabemos que não há provas contundentes, mas vamos mantê-los encarcerados porque sabemos que é muito fácil sair da Bolivia - disse o juiz cautelar Julio Huarachi Pozo.
Os representantes da embaixada brasileira preparam recurso para tentar reverter a decisão. O recurso será julgado pelo mesmo juiz, processo que pode durar horas ou dias. As autoridades brasileiras podem conseguir soltar pelo menos os dez torcedores indiciados como cúmplices - os outros dois foram denunciados como autores do homicídio.
O grupo de torcedores será transferido ainda nesta sexta-feira da Corte Superior de Justiça de Oruro para o Cárcere de San Pedro, também em Oruro, próximo ao estádio Jesús Bermúdez, local onde Kevin Beltran Espada morreu após ser atingido por um sinalizador marítimo disparado do local ocupado pela torcida do Corinthians.
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O ministro conselheiro da embaixada brasileira na Bolívia, Eduardo
Saboia, encontrou-se por cinco minutos com os torcedores e disse que
tentará anular a prisão preventiva.- Tudo vai transcorrer dentro da lei, mas peço que todos vocês tenham paciência. Vamos fazer de tudo para tentar reverter essa situação – afirmou Saboia.
Os advogados que cuidam do caso pediram apelação da decisão, mas o juiz cautelar se mostrou irredutível.
- Estão presos preventivamente por tempo indeterminado, mas têm direito de defesa. Serão tratados como iguais perante a lei boliviana - disse Abigail Saba, fiscal investigativa na Bolívia, cargo equivalente à delegada no Brasil.
Ministro conselheiro conversa com os torcedores presos em Oruro (Foto: Diego Ribeiro)
Em conversa com a reportagem do GLOBOESPORTE.COM, os 12 torcedores garantem que o autor do disparo do sinalizador não está entre eles e já voltou ao Brasil.
Os brasileiros temem dividir a cela com bolivianos, com medo de serem hostilizados. O clima é de muita tensão. A mulher de um dos presos teve um rápido papo com o marido.
Os 12 corintianos estão divididos em duas celas na Corte Superior de Justiça. Cada cela mede 2,5 m x 4 m.
Os 12 torcedores corintianos estão divididos em duas celas (Foto: Diego Ribeiro)
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