Bronze nos 50m livre em Londres defenderá o clube no Troféu José Finkel a partir de 20, mas afirma: 'A relação com a piscina não está muito amorosa'
De volta ao Brasil, Cesar Cielo
levou a medalha de bronze conquistada na prova dos 50m livre nos Jogos
de Londres ao Flamengo, clube que defende há dois anos. Em entrevista na
sede rubro-negra, na Gávea, o nadador, que também ficou em sexto lugar
na prova dos 100m na capital inglesa, falou sobre o retorno ao país com
sua terceira medalha olímpica. Segundo ele, existe pouca chance de
competir na prova mais longa nos Jogos do Rio, em 2016, tendendo a
priorizar a disputa do tiro curto que o levou ao topo do mundo em Pequim
2008.
- Para as Olimpíadas aqui do Brasil, acho difícil nadar os 100m. Acho que o tempo vai ajudar a decidir, mas priorizar os 50m seria mais interessante - disse Cesão.
Em Londres, Cielo afirmou que a disputa dos 100m o desgastou para os
50m. Além da estratégia de se concentrar no tiro curto, Cielo tem ainda
outro objetivo: uma brincadeira com o ídolo e amigo Gustavo Borges, dono
de duas pratas e dois bronzes olímpicos, que pode virar realidade em
quatro anos.
- Brinquei com o Gustavo, que ele tem quatro medalhas. Vamos ver se eu empato em 2016, mas ainda tenho a amarelinha para chegar à frente (risos). Estar no Brasil brigando entre os melhores é algo que eu quero muito. Mas acho que é mais interessante deixar as competições grandes darem bagagem a esse discurso – afirmou Cielo.
Cielo voltou de Londres há menos de uma semana. O momento, para ele, é de aproveitar uns dias de descanso antes da estreia no Troféu José Finkel, de 20 a 25 de agosto, em São Paulo, campeonato que será válido como seletiva para o 11º Mundial em Piscina Curta, em Istambul (TUR), de 12 a 16 de dezembro.
- Não fiz nada mesmo. Estou em casa, sem rotina. Dormir na hora que eu quero, não estar preso com horário de treino. Se eu acordar de manhã de bom humor, eu treino. Se não, só treino de tarde. Sei que agora tem o Finkel, mas estou seguindo uma rotina de treinos mais leves. As férias são pós-Finkel. Estava imaginando umas duas, três semanas. O mais importante é sentir falta da natação. Nesse momento, a relação com a piscina não está muito amorosa – afirmou.
Cielo diz que o condicionamento físico para chegar com chances de medalha em 2016 virou uma grande preocupação. E a inspiração vem de outro esporte.
- Admiro muito os tenistas. Não param de jogar nunca. É um modelo a ser
seguido. Para a gente é mais difícil, não estamos tão acostumados. Eu
pretendo nadar mais uns oito anos. A cada ano meu corpo fica diferente.
Uma coisa que vai acontecer é que todo ano vou ter que me redescobrir.
Não me incomodo. Da parte de talento, esse deve ser um dos meus maiores
presentes. Sensibilidade, eu tenho muito grande. Tenho ficado cada vez
mais forte, levantando mais peso na musculação. Agora está virando meio
que uma paranoia. Se eu comer um chocolate, vai ficar na minha cabeça
por uma semana. Daqui para frente, isso só tende a piorar. Vou ficar
cada vez mais caxias, mais regrado – concluiu.
Investimento para natação em 2016
O campeão olímpico nos 50m livre em Pequim e medalhista de bronze em Londres acredita que houve um avanço no investimento da natação no Brasil. Para ele, é importante que os brasileiros viajem mais.
- Melhorou, a gente fez viagens que não fazia antes. O investimento aumentou e melhorou. Muito bom não está, senão a natação feminina estaria melhor. No caso do Brasil, acho que precisa competir fora, na América do Sul. Vejo a gente viajando cada vez mais. Vai ser bem interessante nesses quatro anos – concluiu.
No Flamengo há dois anos, o nadador tem contrato com o clube até
dezembro de 2012. Presente na entrevista de Cielo, a vice de esportes
olímpicos do Rubro-Negro, Cristina Callou, confirmou o interesse na
renovação.
- Quando o Cielo veio para cá, mesmo com o contrato dele sendo anual, queríamos fazer um trabalho a longo prazo. Em nenhum ano conversamos sobre renovação em agosto. Se a vontade dele for ficar, a do Flamengo continua sendo essa – disse Callou.
Cielo se surpreendeu com o carinho da torcida brasileira na volta ao Brasil. O nadador comparou a recepção com a que teve quando chegou de Pequim.
- Tive 100% de apoio. Tem sido muito bacana. Quando o pessoal vem falar comigo, me deixa na adrenalina, nem parece que eu preciso tirar férias. Posso comparar até com a medalha de ouro, pessoal batendo palmas. Esse reconhecimento é o que me faz continuar.
- Para as Olimpíadas aqui do Brasil, acho difícil nadar os 100m. Acho que o tempo vai ajudar a decidir, mas priorizar os 50m seria mais interessante - disse Cesão.
Cesar Cielo exibe a medalha de bronze conquista em Londres (Foto: Fernando Azevedo/Fla Imagem)
- Brinquei com o Gustavo, que ele tem quatro medalhas. Vamos ver se eu empato em 2016, mas ainda tenho a amarelinha para chegar à frente (risos). Estar no Brasil brigando entre os melhores é algo que eu quero muito. Mas acho que é mais interessante deixar as competições grandes darem bagagem a esse discurso – afirmou Cielo.
Cielo voltou de Londres há menos de uma semana. O momento, para ele, é de aproveitar uns dias de descanso antes da estreia no Troféu José Finkel, de 20 a 25 de agosto, em São Paulo, campeonato que será válido como seletiva para o 11º Mundial em Piscina Curta, em Istambul (TUR), de 12 a 16 de dezembro.
- Não fiz nada mesmo. Estou em casa, sem rotina. Dormir na hora que eu quero, não estar preso com horário de treino. Se eu acordar de manhã de bom humor, eu treino. Se não, só treino de tarde. Sei que agora tem o Finkel, mas estou seguindo uma rotina de treinos mais leves. As férias são pós-Finkel. Estava imaginando umas duas, três semanas. O mais importante é sentir falta da natação. Nesse momento, a relação com a piscina não está muito amorosa – afirmou.
Cielo diz que o condicionamento físico para chegar com chances de medalha em 2016 virou uma grande preocupação. E a inspiração vem de outro esporte.
Cesar Cielo durante entrevista coletiva no Flamengo (Foto: Fernando Azevedo/Fla Imagem)
Investimento para natação em 2016
O campeão olímpico nos 50m livre em Pequim e medalhista de bronze em Londres acredita que houve um avanço no investimento da natação no Brasil. Para ele, é importante que os brasileiros viajem mais.
- Melhorou, a gente fez viagens que não fazia antes. O investimento aumentou e melhorou. Muito bom não está, senão a natação feminina estaria melhor. No caso do Brasil, acho que precisa competir fora, na América do Sul. Vejo a gente viajando cada vez mais. Vai ser bem interessante nesses quatro anos – concluiu.
Cielo com sua medalha de bronze nas Olimpíadas
de Londres (Foto: Satiro Sodré / AGIF)
de Londres (Foto: Satiro Sodré / AGIF)
- Quando o Cielo veio para cá, mesmo com o contrato dele sendo anual, queríamos fazer um trabalho a longo prazo. Em nenhum ano conversamos sobre renovação em agosto. Se a vontade dele for ficar, a do Flamengo continua sendo essa – disse Callou.
Cielo se surpreendeu com o carinho da torcida brasileira na volta ao Brasil. O nadador comparou a recepção com a que teve quando chegou de Pequim.
- Tive 100% de apoio. Tem sido muito bacana. Quando o pessoal vem falar comigo, me deixa na adrenalina, nem parece que eu preciso tirar férias. Posso comparar até com a medalha de ouro, pessoal batendo palmas. Esse reconhecimento é o que me faz continuar.
FONTE;
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/08/de-volta-ao-rio-cielo-vai-ao-fla-e-diz-dificil-nadar-100m-no-rio.html
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