Campeã olímpica em Sydney, australiana quer se aposentar após os Jogos de Londres e se dedicar a projeto de formação de novos atletas no vôlei de praia
Natalie Cook com alguns colaboradores do Sandstorm na Austrália (Foto: Divulgação / Site Oficial)
Um ano depois de se consagrar nas areias de Sydney, Nat Cook voltou ao local onde havia sido ovacionada por cerca de 10 mil compatriotas. E, para decepção da atleta, não havia nenhum sinal no local do feito que ela e a companheira Kerri Pottharst haviam alcançado. Naquele momento, ela viu que sua missão no esporte era muito maior do que conquistar medalhas.
Natalie Cook em dia de festa para arrecadar fundospara o Sandstorm (Foto: Divulgação)
Com a ideia na cabeça, Nat correu atrás de investidores e fundou o Instituto Sandstorm (tempestade de areia, na tradução do inglês). Na Austrália, já conseguiu construir três centros em diferentes cidades. Agora, o objetivo é expandir o projeto para Estados Unidos e Europa.
- Construímos três quadras em parcerias com prefeituras e patrocinadores. No Brasil já há uma tradição da prática do esporte, e a Confederação Brasileira (CBV) sabe o que fazer. Mas nos Estados Unidos e na Europa, algo assim é fundamental para o desenvolvimento do esporte, para que crianças o conheçam e comecem a jogar. Quero levar isso ao mundo inteiro.
Com
cabelos longos, Nat Cook posa no pódio de Sydney ao lado de Kerri
Pottharst após vencer Adriana Behar e Shelda na final olímpica. Aussie
esteve em todas as edições dos Jogos desde 1996 (Getty Images)
Nos últimos meses, porém, o Sandstorm ficou temporariamente em segundo plano. Isto porque Nat e a parceira Tamsin Hinchley ainda buscam a classificação para os Jogos de Londres, última competição oficial que a veterana quer disputar. Pelo ranking olímpico, a dupla falhou na tentativa de ficar entre as 16 melhores para garantir vaga diretamente. Agora, a esperança de ambas está depositada na Continental Cup.
Nat disputa com Juliana na rede (Divulgação / FIVB)
Há mais de duas décadas disputando o Circuito Mundial, Cook garante que ainda tem motivação de sobra para encarar a (última) maratona de jogos. Aos 37 anos, a atleta vê as Olimpíadas como um ímã para os jogadores de alto nível e não mede esforços para carimbar o passaporte.
- Os Jogos Olímpicos têm uma mágica especial. Só os melhores atletas do mundo em cada esporte. Preparar sua cabeça, sua mente e seu corpo para um único evento que só vai acontecer de novo dali a quatro anos é algo que te motiva além do normal. Fora toda a atmosfera envolvida, a cerimônia de abertura, o contato com outros atletas na vila olímpica. Ali todos põem suas maiores forças e é muito mais difícil vencer e, por isso, se dá ainda mais valor.
FON TE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2012/06/contando-os-dias-para-o-adeus-nat-cook-trabalha-por-legado-nas-areias.html
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