Brasileiro não resiste ao colombiano Robert Farah, número 230 do mundo
A maratona de cinco horas em duas partidas na sexta-feira foi cruel.
Neste sábado, o tênis brasileiro voltou à quadra em Guadalajara para a
final dos Jogos Pan-Americanos, e as pernas já reclamavam. Rogério Dutra
Silva, o Rogerinho, encarou o colombiano Robert Farah e até parecia
animado no início do confronto. Mas não aguentou o ritmo do número 230
do mundo, tombou em dois sets e ficou com a medalha de prata. Com
parciais de 6/4 e 6/3, Farah garantiu o nono ouro da Colômbia no Pan do
México.
Número 116 do ranking mundial, Rogerinho tinha vencido na véspera a
semifinal contra o equatoriano Cesar Campozano em três horas. Não
satisfeito, ainda voltou à quadra para disputar o bronze nas duplas
mistas. Já passava das 2h da manhã, no horário de Brasília, quando ele e
Ana Clara Duarte bateram a parceria venezuelana. Menos de 24 horas
depois, já estava de volta para a decisão deste sábado.
- Faltou um pouquinho de intensidade, de energia. Quando eu estava na frente, no momento favorável do jogo, acabei deixando escapar essa chance. Ele cresceu e jogou melhor também os pontos decisivos. Mas foi uma semana boa, uma semana legal. Meu primeiro Pan-Americano, duas medalhas. Foi bem interessante – afirmou Rogerinho, dono de uma prata e um bronze em Guadalajara.
O técnico do Brasil, João Zwetsch, elogiou o jogador e afirmou que, se não fosse a maratona da véspera, o resultado poderia ser bem diferente.
- Queria dar os parabéns ao Rogério, que é sempre um grande guerreiro. Não diria que ele estava sem energia, porque ele é um cara que costuma dar 100%, 200% dentro da quadra. Mas ontem foi um dia muito cansativo, ele foi dormir as 3h da manhã. Não é nenhuma justificativa, mas tenho certeza de que, se o Rogério estivesse um pouquinho melhor, as coisas também seriam um pouco diferentes – afirmou.
Farah teve dificuldades para fechar o último game do segundo set, mas
ao longo da partida mostrou tranquilidade para controlar o ritmo.
- A chave para ganhar o título foi estar muito bem mentalmente. Mas o momento mais difícil foi no fim da partida. Estava nervoso, não estava conseguindo sacar direito – admitiu o colombiano.
Rogerinho perde chance no início
Farah abriu o primeiro set confirmando seu saque sem nenhuma dificuldade, mas o brasileiro mostrou poder de reação e venceu três games seguidos, incluindo uma quebra no terceiro. Com 3/1 de vantagem, parecia que as coisas caminhavam a favor de Rogerinho, mas Farah teve paciência para se reencontrar no set. Defendeu seu serviço até o oitavo game, quando devolveu a quebra. Confirmou na sequência e, percebendo que o rival tinha sentido o golpe, avançou para derrubar mais uma vez seu saque. Com uma quebra difícil no décimo game, o colombiano fechou em 6/4.
No segundo set, a torcida em Guadalajara ainda não tinha decidido qual tenista apoiaria. Na dúvida, fazia ola e se divertia com a final. O juiz teve de esperar os torcedores ficarem quietos para autorizar a ação na quadra.
Farah abriu 1/0, mas começou a se irritar no segundo game, quando Rogerinho sacou para empatar em 1/1. O colombiano defendia o seu saque, e o brasileiro respondia, gritando “Vamos!”. A cada game, o saque era defendido sem muitos sustos, num ritmo arriscado para Rogério. No sétimo, Farah se impôs, forçou um erro do rival, que mandou a bola na rede, e conseguiu a quebra.
Bastava a confirmação logo em seguida para derrubar o sonho brasileiro
do ouro. Rogerinho não se entregou e ainda conseguiu salvar um match
point em jogada de raça, deixando o adversário sentado na quadra. Mas
não foi o bastante. Na segunda chance, Farah emplacou um ace, e aí se
jogou de propósito no chão, desta vez para comemorar o ouro.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogos-pan-americanos/noticia/2011/10/apos-maratona-na-sexta-rogerinho-perde-final-do-tenis-e-fica-com-prata.html
Rogerinho tentou, mas perdeu os dois sets da final (Foto: Divulgação/Jefferson Bernardes/Vipcomm)
- Faltou um pouquinho de intensidade, de energia. Quando eu estava na frente, no momento favorável do jogo, acabei deixando escapar essa chance. Ele cresceu e jogou melhor também os pontos decisivos. Mas foi uma semana boa, uma semana legal. Meu primeiro Pan-Americano, duas medalhas. Foi bem interessante – afirmou Rogerinho, dono de uma prata e um bronze em Guadalajara.
O técnico do Brasil, João Zwetsch, elogiou o jogador e afirmou que, se não fosse a maratona da véspera, o resultado poderia ser bem diferente.
- Queria dar os parabéns ao Rogério, que é sempre um grande guerreiro. Não diria que ele estava sem energia, porque ele é um cara que costuma dar 100%, 200% dentro da quadra. Mas ontem foi um dia muito cansativo, ele foi dormir as 3h da manhã. Não é nenhuma justificativa, mas tenho certeza de que, se o Rogério estivesse um pouquinho melhor, as coisas também seriam um pouco diferentes – afirmou.
Rogerinho com a medalha de prata
(Foto: Divulgação/Jefferson Bernardes/Vipcomm)
(Foto: Divulgação/Jefferson Bernardes/Vipcomm)
- A chave para ganhar o título foi estar muito bem mentalmente. Mas o momento mais difícil foi no fim da partida. Estava nervoso, não estava conseguindo sacar direito – admitiu o colombiano.
Rogerinho perde chance no início
Farah abriu o primeiro set confirmando seu saque sem nenhuma dificuldade, mas o brasileiro mostrou poder de reação e venceu três games seguidos, incluindo uma quebra no terceiro. Com 3/1 de vantagem, parecia que as coisas caminhavam a favor de Rogerinho, mas Farah teve paciência para se reencontrar no set. Defendeu seu serviço até o oitavo game, quando devolveu a quebra. Confirmou na sequência e, percebendo que o rival tinha sentido o golpe, avançou para derrubar mais uma vez seu saque. Com uma quebra difícil no décimo game, o colombiano fechou em 6/4.
No segundo set, a torcida em Guadalajara ainda não tinha decidido qual tenista apoiaria. Na dúvida, fazia ola e se divertia com a final. O juiz teve de esperar os torcedores ficarem quietos para autorizar a ação na quadra.
Farah abriu 1/0, mas começou a se irritar no segundo game, quando Rogerinho sacou para empatar em 1/1. O colombiano defendia o seu saque, e o brasileiro respondia, gritando “Vamos!”. A cada game, o saque era defendido sem muitos sustos, num ritmo arriscado para Rogério. No sétimo, Farah se impôs, forçou um erro do rival, que mandou a bola na rede, e conseguiu a quebra.
Ao fim do jogo, com o ouro garantido, Robert Farah vai ao chão e comemora (Foto: Reuters)
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogos-pan-americanos/noticia/2011/10/apos-maratona-na-sexta-rogerinho-perde-final-do-tenis-e-fica-com-prata.html
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