sexta-feira, 9 de setembro de 2011

‘Por que é proibido beber no Engenhão?’, questiona o presidente do Botafogo Maurício Assumpção



O presidente do Botafogo, Maurício Assumpção Foto: Jorge William
Marluci Martins

A goleada sobre o Ceará e a boa fase do Botafogo no Brasileirão não tranquilizam Maurício Assumpção. Desde já candidato à reeleição, o presidente do Alvinegro estuda um jeito de acabar com confusões como a de quarta-feira, do lado de fora do Engenhão. Ele tenta agendar um encontro com o prefeito Eduardo Paes a fim de lhe propor a proibição do comércio informal de bebidas nas imediações do estádio. E defende a venda de cerveja dentro do Engenhão.

A decisão de tentar a reeleição à presidência tem a ver com a boa fase do time?
Não acho que os bons resultados do futebol sejam termômetro. Levo em conta as ações que tiveram êxito não só no campo, mas no clube como um todo.

Fará uma promessa de campanha? Um grande jogador, por exemplo?
O grande mote da campanha é a continuação da filosofia de trabalho. É investir nos esportes olímpicos. Quero começar neste ano a construção do CT das divisões de base. E espero conseguir manter este elenco do futebol pelo tempo máximo que for possível.

Teme perder o Cortês?
O presidente do Nova Iguaçu diz que não tem a intenção de tirar o Cortês do Botafogo. O departamento de futebol está conduzindo isso de forma tranquila. Mas acho que o Elkeson vai despertar interesse. Ele foi comprado pelo Botafogo e o contrato é de cinco anos.

Como evitar confusão semelhante à de quarta-feira no Engenhão?
Às 13h, avisamos que os ingressos estavam esgotados, mas mesmo assim muita gente foi até lá. Pensamos numa logística para 40 mil pessoas, mas a guarda municipal, por exemplo, não apareceu. E nem a CET-Rio. Outro problema: soubemos que algumas pessoas foram aos bares pegar garrafa de cerveja para jogar na polícia. Aliás, na minha opinião é um absurdo essa quantidade de bares nas imediações do Engenhão. As ruas ficam fechadas. Aquilo vira uma praça de alimentação. Quando Cesar Maia inaugurou o Engenhão, permitiu por decreto que as casas no entorno comercializassem bebida. Foi um jeito de compensar os transtornos que o estádio traria aos moradores. Mas isso é brincadeira! O bebum pensa da seguinte forma: ”Tenho que beber todas aqui fora porque lá dentro vou ficar na seca“. Então, ele deixa para entrar em cima da hora. Isso causa confusão.

Seria uma solução liberar a cerveja dentro do estádio?
Não entendo por que não se pode fazer grandes bares com telões nos estádios, como na Europa. No fim do jogo, o torcedor ainda poderia ficar por ali, vendo o videoteipe dos gols e programas esportivos. As pessoas sairiam aos poucos, sem aglomeração. Por que é proibido beber no Engenhão, se a venda é permitida a 3 metros dali? Qual é a diferença entre mamar lá dentro e mamar lá fora? Não compreendo. Isso está prejudicando o espetáculo.

Vai levar essa discussão à frente?
Estou solicitando ao prefeito Eduardo Paes uma reunião para mostrar a ele vídeos sobre o que acontece em dias de jogos: consumo de bebida, estacionamento irregular e fechamento de ruas. Mas sei que a revogação do decreto do Cesar Maia não depende da vontade do prefeito, que tem sido parceiro dos clubes.

FONTE:
http://extra.globo.com/esporte/botafogo/por-que-proibido-beber-no-engenhao-questiona-presidente-do-botafogo-mauricio-assumpcao-2605582.html

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