Gol garante o suado triunfo no Serra Dourada e leva a equipe à quinta colocação do Campeonato Brasileiro, com 11 pontos
No entanto, o principal personagem da vitória foi o goleiro Fernando Prass, fazendo quatro defesas difíceis e segurando a pressão do Atlético-GO, que durou boa parte do jogo. O time da casa fez 13 finalizações, contra cinco dos visitantes. A torcida vascaína chegou a temer que se repetisse o cenário dos empates com Figueirense e Grêmio, com um gol sofrido já perto do fim, mas desta vez a defesa deu outro final à história.
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Com sua segunda vitória fora de casa, o Vasco foi a 11 pontos e pulou da sétima para a quinta posição. Na quarta-feira, enfrenta o Cruzeiro em São Januário, às 19h30m. O Atlético-GO permaneceu com sete pontos e aparece em 12º lugar. Volta a campo para pegar o Palmeiras na quinta-feira, às 19h30m, no Canindé.Antes de a bola rolar, jogadores como Romulo, Dedé, Fernando Prass, Marcio Careca, Eder Luis e Eduardo Costa foram cumprimentar o ex-comandante PC Gusmão. No decorrer da semana muito foi falado sobre o reencontro do técnico com o Vasco, já que a sua demissão no início do ano, após três derrotas consecutivas na Taça Guanabara, veio acompanhada de notícias que mostravam um ambiente ruim no elenco.
Felipe, autor de um belo gol, recebe combate de Adriano, do Atlético-GO (Foto: André Costa / Agência Estado)
O Vasco começou a partida em ritmo acelerado. Logo no primeiro ataque, usou uma jogada ausente nas últimas partidas: o avanço pelas laterais. Primeiro com Fagner, o dono da posição. Segundos depois, na retomada, foi a vez de Anderson Martins aparecer de surpresa e cruzar na linha de fundo. A bola bateu na defesa e sobrou limpa para Felipe chutar colocado e marcar um golaço. Na comemoração, fez a dança do João Sorrisão, personagem criado pelo "Esporte Espetacular".
O gol esfriou o ímpeto do Vasco e fez o Atlético-GO igualar as ações. Porém, com uma marcação bem postada na zaga e no meio-campo, os visitantes conseguiram neutralizar o adversário. Houve perigo mesmo apenas em duas jogadas de bola parada, que obrigaram Fernando Prass a realizar duas belíssimas defesas. A primeira em cabeçada do zagueiro Anderson após escanteio, e a segunda em cobrança de falta de longe de Bida.
O contra-ataque passou a ser a principal arma do Vasco. E sempre pela direita. Se antes o lado esquerdo era a principal válvula de escape por causa da improvisação de Allan na lateral, com a volta de Fagner o time passou a utilizar mais o setor. O lateral-direito criou boas jogadas e ainda arriscou algumas tabelas com Eder Luis. O mesmo não acontecia pela esquerda. Marcio Careca até se apresentava, mas preferia sempre cruzar da intermediária em vez de ir à linha de fundo.
Outro motivo para o Vasco utilizar os lados foi a atuação apagada de Diego Souza. O camisa 10 esteve muito bem marcado e produziu poucas jogadas de perigo. Na única oportunidade que teve, ao receber passe milimétrico de Felipe, se enrolou na hora de driblar o goleiro Marcio e desperdiçou a jogada. A primeira etapa terminou com números equilibrados: quatro finalizações para o Atlético-GO e três para o Vasco.
Dragão acerta o travessão
A etapa final teve os donos da casa com maior posse de bola e mais finalizações, mas sem levar perigo muitas vezes. O time comandado por PC Gusmão não mostrou organização tática e tentava furar o bloqueio defensivo abusando de jogadas aéreas: foram 36 durante a partida (contra oito do Vasco). Eduardo Costa, que voltou ao time titular neste domingo, foi fundamental na organização da defesa cruz-maltina. Os contra-ataques ainda eram a principal arma. Em um deles, Eder Luis arrancou e passou a bola para Felipe cruzar para Diego Souza desperdiçar nova chance.
O marasmo do Vasco foi o sinal para a sua torcida, maioria no Serra Dourada, começar a pedir a entrada de Bernardo. Mas a primeira substituição do técnico Ricardo Gomes foi a entrada de Elton no lugar de Alecsandro, que deixou o campo de maca, sentindo dores musculares. Mas era o Atlético-GO que continuava pressionando. Após receber lançamento, Agenor cabeceou na trave. Para amenizar a preocupação da torcida, Bernardo finalmente entrou no lugar de Diego Souza.
A alteração que às vezes incendeia o Vasco não teve o efeito esperado. Depois que entrou, Bernardo lutou, mas viu mesmo foi Fernando Prass salvando o time. A pressão dos donos da casa foi justamente em função das mudanças de PC Gusmão, que pôs em campo Elvis e Juninho e deu mais mobilidade ao Dragão. Mas não foi o suficiente para conseguir o empate. Mesmo excessivamente recuado, o Vasco conseguiu se segurar e sair com a vitória.
Ficha técnica:
Márcio; Adriano (Rafael Cruz), Gilson, Anderson e Thiago Feltri; Agenor, Pituca, Bida e Vitor Júnior (Elvis); Anselmo e Marcão (Juninho). | Fernando Prass; Fagner, Dedé, Anderson Martins e Márcio Careca; Eduardo Costa (Allan), Rômulo, Felipe e Diego Souza (Bernardo); Alecsandro (Elton) e Eder Luis. |
Técnico: PC Gusmão. | Técnico: Ricardo Gomes. |
Gol: Felipe, a 1 minuto do primeiro tempo. | |
Cartão amarelo: Marcão (AGO). | |
Renda: R$ 323.690,00. Público: 11.959 pagantes. | |
Estádio: Serra Dourada, Goiânia (GO). Data: 26/06/2011. Árbitro: Antônio Hora Filho (SE). Assistentes: Cleriston Clay Barreto (SE) e Ivaney Alves de Lima FONTE: http://globoesporte.globo.com/jogo/brasileirao2011/26-06-2011/atletico-go-vasco.html |
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