Mesmo com pouco investimento e sem grandes estrelas, equipe fluminense derrota equipes de ponta da Superliga, como Rio de Janeiro e Pinheiros
sobre o Pinheiros e o Rio de Janeiro (Foto: CBV)
Sem o poder de ataque de uma Sheilla e as defesas milagrosas de uma Fabi, o treinador Alexandre Ferrante vem montando um quebra-cabeças. O orçamento não permitiu o investimento em grandes nomes. O técnico adepto da fala mansa resolveu então apostar na mistura entre promessas das categorias de base da seleção brasileira e atletas experientes, mas que tinham poucas chances de sair do banco em seus times.
- Nossa equipe é feita de jogadoras que poderiam completar uma equipe grande. E, no vôlei, é muito ingrato você montar um time todo com jogadoras que completam. Quem é que vai tocar o piano? Meu time é feito de percussionistas, não de instrumentos principais. Tanto é que, se você pegar o histórico dos jogos, dificilmente verá uma das jogadoras muito acima das outras na pontuação. É um grupo homogêneo - ressaltou Ferrante.
A vitória sobre o hexacampeão Rio de Janeiro por 3 sets a 0, na semana passada, pode ser destacada por muitos como fruto da sorte da equipe do Macaé, garantindo uma das maiores zebras da história da Superliga. As próprias vencedoras reconhecem, sim, que as famosas adversárias, invictas na disputa até então, não estavam em um de seus melhores dias. Mas nem tudo é obra do acaso.
- Eu sou um cara muito apegado à parte técnica do jogador. E a outra vertente, que eu acho que é a mãe de todas, é investir muito taticamente. E nós tivemos todas as nossas vitórias construídas minuciosamente em estratégia tática, em estudo do adversário – garantiu o técnico, que também destacou a importância da ousadia de sua equipe.
Aposta na mistura de gerações
atletas experientes (Foto: Malik Lazaro/ Divulgação)
- A nossa força é o conjunto. Nós não temos campeãs olímpicas, mas temos 12 jogadoras que estão preparadas para entrar a qualquer hora e que vão dar conta do recado – disse Monique.
Gabi faz coro com a colega.
o Rio e o Macaé (Foto: Malik Lazaro/ Divulgação)
A boa campanha elevou a auto-estima das jogadoras que, agora, já começam a sonhar mais longe.
- Acho que os outros times vão passar a respeitar mais a gente. Não é todo mundo que ganha de 3 a 0 delas. Isso é bom para gente. E, agora, o nosso pensamento é brigar lá na frente, chegar nas semifinais e buscar o máximo possível – disse Monique.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2011/02/macae-dribla-problemas-de-estrutura-aposta-na-ousadia-e-derruba-favoritos.html
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