quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Álcool, motel, dia seguinte: um papo com Marcelo Cabo após o "deslize"



ATLÉTICO-GO

Em conversa reservada com GloboEsporte.com, técnico do Atlético-GO conta que deu "uma exaltada", admite o constrangimento, mas fala: "Tem coisas que são infundadas"



Por
Goiânia


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Marcelo Cabo foi dado como desaparecido por quase 40 horas. De forma consciente ou não, se escondeu de problemas e deixou muita gente preocupada. Neste período, ficou em um motel com propósitos que dizem respeito somente a ele. Só que o ato teve reflexo em seu trabalho à frente do Atlético-GO, e o caso ganhou repercussão. Nesta quinta-feira pela manhã, no reencontro com a imprensa e a rotina, a conta começou a chegar. E com um alto preço. Cabo não conseguiu esconder o constrangimento. Mantido como técnico do Dragão, preferiu se esquivar de perguntas e fez só um vago pronunciamento, o qual reconheceu depois não ter sido suficiente.

À tarde, topou conversar com o GloboEsporte.com em um papo reservado na sede do clube. Ao lado do filho Gabriel, contou do sumiço e do que acha que provocou todo esse episódio: álcool em excesso. Disse que não é acostumado a beber e que passou da conta. Evitou entrar em detalhes, mas admitiu que extrapolou. Acusou o golpe, embora alegue jamais ter vivenciado algo assim anteriormente. Daqui para frente, quer passar uma borracha e seguir com a trajetória de conquistas pelo Dragão. Campeão da Série B em 2016, Cabo busca apoio na família, na confiança da diretoria e no carinho da torcida para voltar à vida normal de treinador vitorioso.

- Foi um problema de ordem particular e que nunca tinha acontecido. Na minha diretriz de trabalho, não. Falaram que aconteceu no Volta Redonda, mas então só eu que não soube disso. Não é verdade. Tanto é que estou aqui esse tempo todo e nunca aconteceu nada. Nem um minuto de atraso em toda minha carreira - sentenciou o carioca de 50 anos.


Leia como foi o papo com Cabo:

Álcool
- Não sou de beber. Dei uma exaltada. Não queria entrar muito em detalhes, mas foi isso. Estávamos em uma confraternização que durou até 4h da manhã e perdemos um pouco a mão.

Clima na família
- A família entendeu. Compreenderam pois sabem quem eu sou. Meu filho está aqui. Veio do Rio para ficar comigo. Minha esposa está vindo do Rio com minha filha. Foi um deslize. Costumo dizer: quem nunca errou que atire a primeira pedra. Errei, houve o erro e assumi o erro para quem tinha que assumir, que é a família e o clube. É uma coisa que não é corriqueira na minha carreira. O tempo é o senhor da razão. O tempo vai mostrar quem é o Marcelo Cabo.


Profissionalismo, instabilidade, religião e deslizes: as faces de Marcelo CaboEnquente: você concorda com a permanência de Marcelo Cabo no Atlético-GO?

Gravidade do caso
- Quando encontrei todo mundo, tive o tamanho da dimensão da coisa. Mas logo resolvemos da melhor maneira possível.

Lembra de tudo?
- Na regra, as coisas estão bem definidas na minha cabeça.

 técnico Marcelo Cabo (Foto:  Danielle Oliveira)
Marcelo Cabo: técnico falou ao 
GloboEsporte.com sobre o 
episódio do desaparecimento 
(Foto: Danielle Oliveira)


O dia seguinte
- Não costumo beber. Bebi um pouco demais, então precisava me recompor para poder vir conversar com vocês. Eles queriam até me dar mais dias, mas eu falei não. Queria vir logo resolver.

Especulações
- Tem coisas que são infundadas. Vou deixar que o tempo mostre o que é verdade e o que não é.

Ofensas
- Ouvi pouca coisa, não procurei saber. Quero só agradecer o carinho de todos. Minha família, o clube e a torcida. Nunca imaginei que fosse tão querido por uma torcida.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/go/futebol/times/atletico-go/noticia/2017/01/alcool-motel-dia-seguinte-um-papo-com-marcelo-cabo-apos-o-deslize.html

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