domingo, 31 de julho de 2016

Marta define nova seleção: "Estamos com uma postura bem mais agressiva"



OLIMPÍADA RIO 2016


FUTEBOL FEMININO


Depois de apostar mais no toque de bola em Olimpíadas anteriores, Brasil alia novas características como fortalecimento do contra-ataque, cabeceio e transições rápidas



Marta na entrevista coletiva da seleção brasileira olímpica feminina (Foto:  Julyana Travaglia/TV Globo)Marta na entrevista coletiva da seleção brasileira feminina (Foto: Julyana Travaglia/TV Globo)


Após duas pratas, a seleção brasileira feminina decidiu mudar a fórmula. A percepção foi de que somente o toque de bola característico do futebol do país não seria suficiente para assegurar uma conquista. Era preciso mais. Vadão deu essa nova receita ao time: unir o talento natural com a marcação mais forte, as transições de bola e o fortalecimento do contra-ataque como arma no jogo. Até mesmo Marta adquiriu novo posicionamento mais recuada e com papel decisivo pelos lados e também voltando para marcar. A camisa 10 classifica o time como tendo assumido uma postura mais agressiva do que antigamente.

- Eu acho que o Brasil não é segredo. Estamos com uma postura bem mais agressiva, o que costuma se ver lá fora. É uma padrão de jogo de várias outras equipes. Antigamente tocávamos mais tocar a bola, tentávamos chegar tocando mais. É lógico que é uma característica do futebol brasileiro, mas hoje com algumas transições - afirmou Marta.

A agressividade é algo decisivo diante de equipes europeias. Após atuar por seis meses no francês Montpellier - e agora reforço do Barça, Andressa Alves experimentou esse novo modelo do futebol feminino. Mais desenvolvidas na preparação física e no fôlego, as atletas garantem até mesmo igualdade de condições diante do talento. Características trabalhadas com frequência como o cabeceio, por exemplo, passam a ser vitais diante das rivais. Ou seja, os fundamentos devem se sobressair diante do leque de perigos das adversárias.

- Quase todas as equipes da Europa tem essa característica. Força física, bem no cabeceio. Acredito que a estreia seja mais tranquila e não tanto de força. Vai ser mais um jogo de toque de bola. A China toca a bola muito bem. Contra a Suécia totalmente força física, jogo aéreo. E acho que a competição vai ser assim.

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A experiência das brasileiras no exterior também contribui para que essa absorção de táticas se torne mais rápida e eficiente. Em diferentes cenários, têm pela frente adversárias que depois serão novamente rivais pela seleção. Debinha joga atualmente no Dalian Quanjin. Por essa vivência no país asiático, identificou que a bola aérea é o temor, mas também o remédio para assegurar um bom resultado na estreia justamente diante da China, dia 3 de agosto, no Engenhão.

- A gente sabe que o futebol chinês vem crescendo. A gente passa umas dicas de algumas jogadoras que são bastante perigosas, a formação tática, a bola aérea. Passamos alguns detalhes. A gente também vem acompanhando os vídeos até do amistoso delas contra o Canadá. Estamos trabalhando forte em cima disso. Na parte tática, nas bolas aéreas, que a gente vai apostar bastante. Acho que tem tudo para dar certo.

A seleção brasileira feminina volta a treinar neste domingo, a partir de 15h30, no Cefan, centro de treinamento da Marinha. No trabalho deste sábado, o técnico Vadão abriu à imprensa somente os 15 minutos iniciais.

Vadão, o auxiliar Vaguinho e o coordenador técnico Fabrício Maia  (Foto: Cíntia Barlem)
Vadão, o auxiliar Vaguinho e o coordenador 
técnico Fabrício Maia (Foto: Cíntia Barlem)


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