Em meio à comemoração da conquista da Primeira Liga, treinador agradece ter sido contratado, elogia jogadores e, entusiasmado com desafio, fala em escrever novo livro
Levir Culpi orienta jogadores Fluminense em
jogo contra Atlético-PR em Juiz de Fora:
técnico campeão (Foto: André Durão)
Marcos Junior fez o gol da conquista (veja os melhores momentos no vídeo clicando no LINK da FONTE no fim da matéria abaixo).
Ele entrou aos 16 minutos do segundo tempo, quando o treinador decidiu retirar Osvaldo. Deu certo.
- Cara que tem sorte. É isso aí. O que poderia ser melhor? Eu não sei. Eu tenho um mês e meio de trabalho. O time ainda não tem uma postura tática firme. É, por isso, que eu agradeço aos jogadores. Tudo perfeito. É tudo mais do que eu mereço. Ofereço aos torcedores do Fluminense. Muita coisa para início de trabalho. Só tenho a agradecer e quero dividir com eles essa alegria que estou sentindo completou o comandante.
O Fluminense volta a campo no domingo, quando enfrenta o Botafogo, no jogo único da semifinal do Carioca. Levir, ao projetar a partida, admitiu a possibilidade de escrever um novo livro - já lançou o "Um burro com sorte?".
- Tem mais isso ainda (chance de ser campeão carioca). Vai ser um ano atípico. É digno de um novo livro: vamos jogar sempre fora do Rio. Estamos chamando os torcedores que não podem ver o Fluminense no Rio. Está sendo bacana demais.
- O sentimento é de alegria, e nesse momento é importante dividir as coisas. A diretoria, presidente... mas não posso deixar de agradecer o empenho de todos os funcionários. O ambiente está leve, bom. Os protagonistas são os jogadores. O tempo ainda não é suficiente para uma grande estabilidade, e nós ganhamos porque os jogadores foram bem. Agradeço por fazer parte da galeria de troféus do Fluminense. Quando a Liga estiver mais fortalecida, todos vão lembrar que o primeiro campeão é o Fluminense.
Estratégia vencedora- Quase todas as equipes estão poupando, porque não tem ninguém adaptado. Com o acompanhamento da fisiologia, podemos tomar decisões com os números. Graças a Deus deu certo. No Brasil já começamos o ano decidindo, e isso é ruim no aspecto físico.
Fatores para a conquista
- Difícil dizer o motivo da conquista, inclusive o fator sorte. Tivemos chances e não fizemos. O Atlético teve chances também. O time é bem montado pelo Autuori. Ganhar foi muito interessante por isso. Acho que estamos no mesmo nível, aí que a dificuldade é maior. Devemos comemorar.
- Gostaria que mais evoluísse era a participação do torcedor. Vamos jogar o ano fora do Rio. Teremos a oportunidade de ir a lugares onde jogamos pouco. Vamos atrás da torcida que temos pelo Brasil, e isso pode ser importante, a participação dos torcedores.
Euforia da torcida
- A euforia faz parte do brasileiro. Somos meio bipolares. Se fosse derrota, estaria tudo errado. Temos que saber conviver com isso. Precisamos da humildade porque não temos um time que, por enquanto, ainda não passa tranquilidade.
Festa com os jogadores- O melhor de tudo é a festa no vestiário. Alguns vieram com as famílias, e encontramos muitos torcedores de Minas Gerais. Fiquei muito feliz. É um momento único. Se perde, é o inverso, uma decepção grande. Foi um prazer muito grande em pouco tempo.
Importância dos garotos da base
- Isso é graças a uma política de investimento na base e que está colhendo os frutos. Há muito a fazer ainda. Vejo boa vontade de todos. O Fluminense está procurando acordar na estrutura, mas na base está muito bem.
Gosto especial em cima do Atlético por causa do Petraglia?
- Não sabia que ia ter essa pergunta... Sou de Curitiba, na minha família tem atleticanos. Não gosto de jogar contra times de lá. Não lembro de ter muitos problemas, nunca discuti com o presidente. Realmente ficou um pensamento da parte dele e outro da minha. Fiz parte de um grupo brilhante, vice brasileiro. Tenho grandes amigos lá. Mas possivelmente tem gente que não gosta de mim.
Bom início de trabalho
- Até agora só passamos por bons momentos, o único ruim foi contra o Vasco, quando mexi muito no time. Responsabilidade minha. Mas o time jogou bem, poderíamos ter vencido, fizemos um gol legítimo. Sei como é para o torcedor, estão muito felizes. Estamos passando um período de céu, que espero que se prolongue. Temos essa possibilidade. Temos problemas para resolver internamente, mas tenho confiança. Vamos ver na turbulência como vai ser.
Evolução da equipe
- Faço uma crítica que é verdadeira... é com o futebol brasileiro. Não tem ninguém estabilizado totalmente. Precisamos concretizar muito ainda. Não estamos nem fechados ainda. O Gerson, por exemplo, já não vai ficar. Estamos colocando um jogador que não vai ficar. E depois, como vai ser? Ainda temos que ajustar o elenco. A parte tática, técnica, treinos... acho que falta muita coisa.
Flu bate de frente com qualquer um no Brasil?
- Acho que o Fluminense está no bolo sim, porque não há muita diferença, como há na Espanha ou Alemanha, por exemplo. Aqui é pulverizado. Aí vai depender do trabalho. Mais para sorte do que para projeto.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/fluminense/noticia/2016/04/levir-exalta-titulo-com-pouco-tempo-de-flu-e-muita-coisa-para-mim.html
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