"Espero poder viver mais momentos como este", diz técnico campeão, que escolheu o goleiro para fechar a série de cobranças de pênalti na decisão contra o Santos
Minutos depois de ter conquistado a Copa do Brasil, Marcelo Oliveira fez questão de dedicar o título à mesma torcida que, menos de dois meses atrás, pedia sua demissão do Palmeiras:
– [A torcida] foi um dos ícones dessa conquista. Encheu o estádio, acreditou. Isso é Palmeiras, estou me acostumando. Espero que possamos viver momentos como este em outras oportunidades – declarou Marcelo em entrevista coletiva.
Desde 1976, o Palmeiras só ganhava títulos com Luiz Felipe Scolari e Vanderlei Luxemburgo. Marcelo Oliveira quebrou essa sequência. E também conquistou sua primeira Copa do Brasil, após ter sido vice três vezes – duas com o Coritiba e uma com o Cruzeiro.
Marcelo Oliveira é jogado para o alto pelos
jogadores do Verdão na festa do título da
Copa do Brasil (Foto: Marcos Ribolli)
O treinador, que chegou ao Palmeiras em junho para substituir Oswaldo de Oliveira, detalhou ainda como se deu a escolha de Fernando Prass para fechar a série de penalidades máximas. Segundo Marcelo Oliveira, o goleiro é "o que mais treina".
– Eu falei para o Prass: "Você vai decidir isso". É comprometido demais, um líder nato, um jogador que os outros ouvem muito. Ele bate [pênalti] muito forte, varia de canto, achei que poderia nos dar essa alegria. A escolha é sempre pela produção, ele treinou diariamente, foi o que mais treinou. E alguns estavam desgastados, como Dudu e Robinho.
A entrevista coletiva do treinador palmeirense foi interrompida por Dorival Júnior, técnico do Santos, que entrou na sala para cumprimentá-lo. Em seguida, o palmeirense levou um banho de gelo e isotônico de seus jogadores.
Marcelo Oliveira disse ainda que "técnico não perde e não ganha jogo sozinho" e dividiu a conquista com "jogadores, diretoria e comissão técnica". Lamentou a queda de produção no Campeonato Brasileiro e explicou que o desgaste físico o obrigou a priorizar a Copa do Brasil. O técnico evitou falar de planos para 2016 e exaltou os jovens que vieram da base.
– Ajustes são necessários, porque o elenco foi formado neste ano. Talvez não seja apropriado falar da próxima temporada, o que vamos necessitar. Eu valorizo muito a filosofia de aproveitamento de base. Hoje tinha João Pedro, o Gabriel Jesus, que se tornou uma realidade, revelação do campeonato, Lucas Taylor, Matheus Sales e outros jogadores no banco.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/palmeiras/noticia/2015/12/marcelo-dedica-titulo-torcida-e-revela-prass-foi-quem-mais-treinou-penalti.html
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