Técnico do Vasco comemora vitória sobre o Flamengo e ressalta: "Quem não está jogando está com sangue nos olhos (para entrar)"
O
técnico Jorginho saiu de campo satisfeito com a vitória do Vasco por 2 a
1 em cima do Flamengo - a quarta em oito confrontos no ano. Buscando
fugir da zona de degola do Campeonato Brasileiro, o comandante vascaíno
apontou a postura da equipe como principal fator para a conquista do
triunfo no Maracanã neste domingo.
- É a primeira virada que temos no campeonato, e isso é muito bom. Os jogadores estão acreditando muito mais. Têm mais confiança, isso é muito bom. E o que está fazendo uma grande diferença é que quem não está jogando está com sangue nos olhos, treinando muito, e quem está jogando sabe que tem de dar tudo senão vai acabar ficando para trás. Estão treinando muito. Todos muito focados. Ressaltar também a estratégia, os preparadores físicos, fisioterapeutas, o planejamento, a recuperação, fez com que a coisa caminhasse - frisou.
O treinador falou também sobre a posse de bola e ressaltou que a equipe não desanimou mesmo após tomar gol de Emerson Sheik, aos 11 minutos do primeiro tempo. O primeiro gol do Vasco só saiu aos 11 da etapa final.
- O principal é que organizamos um pouco a equipe taticamente, estávamos com dificuldade com a movimentação do Flamengo. O Canteros estava penetrando como um meia-atacante e a gente estava tendo dificuldade nessa troca de marcador. A questão da posse de bola. O Flamengo é uma equipe muito perigosa, muito rápida quanto retoma a bola, e conseguimos ultrapassar a primeira linha de quatro deles, foi importante. Mas o principal de tudo foi a atitude do time. A gente continuou acreditando, organizado, não mudamos, não era o plano mudar, e a equipe simplesmente encaixou mais no segundo tempo - analisou.
Confira a íntegra da entrevista coletiva:
Confiança
Não tenha dúvida que temos conversado bastante com os jogadores, mas o principal não é o que o treinador fala, é simplesmente ele acreditar nele. Não é um grupo para fazer a campanha que fez no primeiro turno. A equipe era envolvida e até mesmo quando envolvia, acabava levando um gol. Claro que a gente está tentando trazer uma organização tática, não temos muito tempo para treinar, fizemos um trabalho ontem de bola parada e em cima da forma de jogar do Flamengo.
Nenê e Andrezinho
Estão jogando em uma posição um pouco diferente. Hoje ele está fazendo quase que um terceiro homem pelo lado direito. E o Andrezinho também pelo lado esquerdo, não é um jogador que tem essa característica, mas me surpreendeu. A nossa saída nos contra-ataques estava muito boa da forma como o André estava fazendo. As substituições foram para ganhar tempo e manter o resultado.
Vitória e duelo com Oswaldo
Ganhar um jogo como esse é uma satisfação, preciso curtir um pouco esse momento, a pressão é grande. Tenho do outro lado um mestre, um treinador que admiro muito como pessoa, homem, e como treinador. Às vezes queria ser mais calmo como ele. Sou mais agitado, mas sem perder o controle. Gosto de jogar junto. Queria curtir esse momento. Vai bater o cansaço na terça-feira, vamos planejar a semana seguinte. Temos um jogo essa semana contra o São Paulo. Hoje a gente curte um pouquinho esse momento importante, fazendo jus ao que os torcedores cantam. Queria agradecer ao torcedor que, mesmo em número menor, mesmo perdendo, não parou. Os torcedores e os jogadores são os principais responsáveis por essa virada.
Time para enfrentar o São Paulo
Não temos como fazer nenhum tipo de planejamento, porque o cansaço bate 48 horas depois e só em cima disso tomaremos decisões. O Luan também, a gente vai pensar quem vamos colocar.
Vitória no clássico
É um jogo diferente, eu me sinto diferente, a rivalidade é muito grande. Sair em desvantagem nesse clássico e reverter, é diferente. O que mais me alegra é ver meu grupo reagindo. Ver eles acreditando que vamos reverter, vamos fugir do rebaixamento. É uma alegria extra porque existe essa rivalidade. Joguei nos dois lados, sei muito bem como é o sentimento do atleta e do torcedor também.
Pós-jogo
A gente sempre conversa depois do jogo, independente do resultado, para posicionar o que estamos planejando. Temos uma psicóloga, já fiz um curso de coaching, isso me ajuda nessa relação com pessoas, em termos motivacionais. O treinador tem de ter virtudes e uma delas é fazer os jogadores acreditarem no que é passado. Apesar da nossa grande alegria depois de um jogo desse, temos de colocar os pés no chão. Só vai definir no final do ano. Tem de estar concentrado, descansar, para dar o melhor pela equipe.
Motivo para acreditar na recuperação
Ninguém acreditava que eu chegaria onde cheguei como atleta. O meu apelido era gigante, porque eu era o menor da equipe. Desde o início sempre tive de vencer barreira. A vida dos meus irmãos. Talvez isso tenha chegado aos atletas. Mas cada atleta tem a sua história. Converso com a psicóloga para atuarmos onde é preciso. Há atletas com uma história maravilhosa de superação. O treinador é um coadjuvante, não entra em campo. Então o mais importante é os meus atletas acreditarem no que estou falando.
Comissão técnica
Quando cheguei a equipe estava em uma situação muito delicada, ainda está, mas não tanto. Talvez tenha subido de 5% para 6% a nossa chance. Mas além do que a gente enxergava, a gente procurava passar para os jogadores essa experiência que temos na comissão técnica, tem o Valdir, eu, o Zinho, o Joel (preparador), todos fomos jogadores. A gente trabalha com todos, estamos muito bem entrosados. Está sendo um conjunto de uma obra.
Por que assumiu o Vasco
A situação realmente era crítica. Mas um profissional que se propõe a assumir em um momento como esse, tem de acreditar. A questão de vida é fundamental para que possa trazer uma resposta no esporte. Acho que continuamos em uma situação delicada, porque a gente ainda precisa de outros resultados, apesar de termos dois confrontos diretos nas próximas semanas. Está melhorando. E cada vez que melhora, ganha um fôlego novo, o passe sai certo, as coisas acontecem. Não demos um chute no primeiro tempo. Voltamos e conseguimos superar nosso rival no segundo tempo inclusive nessa parte.
Rafael Silva
É provável. Ficamos preocupados. A gente ainda tinha chance de entrar com ele hoje. Deve estar à disposição na quarta-feira.
Falha no gol
Eles acharam o gol em um momento de descuido nosso. Peço para acompanharem até a morte. O Guerrero é um grande atacante, conseguiu escorar para o Sheik, mas se a gente colasse nele talvez não conseguisse. No intervalo mudamos, não era um jogo em que estávamos sendo dominados. Eles jogaram no nosso erro.
(OBS. DO BLOG:
PARA ASSISTIR AO VÍDEO CLIC
NO LINK DA FONTE ABAIXO)
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/vasco/noticia/2015/09/jorginho-ve-evolucao-na-atitude-do-time-continuamos-acreditando.html
- É a primeira virada que temos no campeonato, e isso é muito bom. Os jogadores estão acreditando muito mais. Têm mais confiança, isso é muito bom. E o que está fazendo uma grande diferença é que quem não está jogando está com sangue nos olhos, treinando muito, e quem está jogando sabe que tem de dar tudo senão vai acabar ficando para trás. Estão treinando muito. Todos muito focados. Ressaltar também a estratégia, os preparadores físicos, fisioterapeutas, o planejamento, a recuperação, fez com que a coisa caminhasse - frisou.
Jorginho destaca postura da equipe diante do
Fla (Foto: André Durão)
O treinador falou também sobre a posse de bola e ressaltou que a equipe não desanimou mesmo após tomar gol de Emerson Sheik, aos 11 minutos do primeiro tempo. O primeiro gol do Vasco só saiu aos 11 da etapa final.
- O principal é que organizamos um pouco a equipe taticamente, estávamos com dificuldade com a movimentação do Flamengo. O Canteros estava penetrando como um meia-atacante e a gente estava tendo dificuldade nessa troca de marcador. A questão da posse de bola. O Flamengo é uma equipe muito perigosa, muito rápida quanto retoma a bola, e conseguimos ultrapassar a primeira linha de quatro deles, foi importante. Mas o principal de tudo foi a atitude do time. A gente continuou acreditando, organizado, não mudamos, não era o plano mudar, e a equipe simplesmente encaixou mais no segundo tempo - analisou.
Confira a íntegra da entrevista coletiva:
Confiança
Não tenha dúvida que temos conversado bastante com os jogadores, mas o principal não é o que o treinador fala, é simplesmente ele acreditar nele. Não é um grupo para fazer a campanha que fez no primeiro turno. A equipe era envolvida e até mesmo quando envolvia, acabava levando um gol. Claro que a gente está tentando trazer uma organização tática, não temos muito tempo para treinar, fizemos um trabalho ontem de bola parada e em cima da forma de jogar do Flamengo.
Nenê e Andrezinho
Estão jogando em uma posição um pouco diferente. Hoje ele está fazendo quase que um terceiro homem pelo lado direito. E o Andrezinho também pelo lado esquerdo, não é um jogador que tem essa característica, mas me surpreendeu. A nossa saída nos contra-ataques estava muito boa da forma como o André estava fazendo. As substituições foram para ganhar tempo e manter o resultado.
Vitória e duelo com Oswaldo
Ganhar um jogo como esse é uma satisfação, preciso curtir um pouco esse momento, a pressão é grande. Tenho do outro lado um mestre, um treinador que admiro muito como pessoa, homem, e como treinador. Às vezes queria ser mais calmo como ele. Sou mais agitado, mas sem perder o controle. Gosto de jogar junto. Queria curtir esse momento. Vai bater o cansaço na terça-feira, vamos planejar a semana seguinte. Temos um jogo essa semana contra o São Paulo. Hoje a gente curte um pouquinho esse momento importante, fazendo jus ao que os torcedores cantam. Queria agradecer ao torcedor que, mesmo em número menor, mesmo perdendo, não parou. Os torcedores e os jogadores são os principais responsáveis por essa virada.
Time para enfrentar o São Paulo
Não temos como fazer nenhum tipo de planejamento, porque o cansaço bate 48 horas depois e só em cima disso tomaremos decisões. O Luan também, a gente vai pensar quem vamos colocar.
Vitória no clássico
É um jogo diferente, eu me sinto diferente, a rivalidade é muito grande. Sair em desvantagem nesse clássico e reverter, é diferente. O que mais me alegra é ver meu grupo reagindo. Ver eles acreditando que vamos reverter, vamos fugir do rebaixamento. É uma alegria extra porque existe essa rivalidade. Joguei nos dois lados, sei muito bem como é o sentimento do atleta e do torcedor também.
Pós-jogo
A gente sempre conversa depois do jogo, independente do resultado, para posicionar o que estamos planejando. Temos uma psicóloga, já fiz um curso de coaching, isso me ajuda nessa relação com pessoas, em termos motivacionais. O treinador tem de ter virtudes e uma delas é fazer os jogadores acreditarem no que é passado. Apesar da nossa grande alegria depois de um jogo desse, temos de colocar os pés no chão. Só vai definir no final do ano. Tem de estar concentrado, descansar, para dar o melhor pela equipe.
Motivo para acreditar na recuperação
Ninguém acreditava que eu chegaria onde cheguei como atleta. O meu apelido era gigante, porque eu era o menor da equipe. Desde o início sempre tive de vencer barreira. A vida dos meus irmãos. Talvez isso tenha chegado aos atletas. Mas cada atleta tem a sua história. Converso com a psicóloga para atuarmos onde é preciso. Há atletas com uma história maravilhosa de superação. O treinador é um coadjuvante, não entra em campo. Então o mais importante é os meus atletas acreditarem no que estou falando.
Comissão técnica
Quando cheguei a equipe estava em uma situação muito delicada, ainda está, mas não tanto. Talvez tenha subido de 5% para 6% a nossa chance. Mas além do que a gente enxergava, a gente procurava passar para os jogadores essa experiência que temos na comissão técnica, tem o Valdir, eu, o Zinho, o Joel (preparador), todos fomos jogadores. A gente trabalha com todos, estamos muito bem entrosados. Está sendo um conjunto de uma obra.
Por que assumiu o Vasco
A situação realmente era crítica. Mas um profissional que se propõe a assumir em um momento como esse, tem de acreditar. A questão de vida é fundamental para que possa trazer uma resposta no esporte. Acho que continuamos em uma situação delicada, porque a gente ainda precisa de outros resultados, apesar de termos dois confrontos diretos nas próximas semanas. Está melhorando. E cada vez que melhora, ganha um fôlego novo, o passe sai certo, as coisas acontecem. Não demos um chute no primeiro tempo. Voltamos e conseguimos superar nosso rival no segundo tempo inclusive nessa parte.
Rafael Silva
É provável. Ficamos preocupados. A gente ainda tinha chance de entrar com ele hoje. Deve estar à disposição na quarta-feira.
Falha no gol
Eles acharam o gol em um momento de descuido nosso. Peço para acompanharem até a morte. O Guerrero é um grande atacante, conseguiu escorar para o Sheik, mas se a gente colasse nele talvez não conseguisse. No intervalo mudamos, não era um jogo em que estávamos sendo dominados. Eles jogaram no nosso erro.
(OBS. DO BLOG:
PARA ASSISTIR AO VÍDEO CLIC
NO LINK DA FONTE ABAIXO)
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/vasco/noticia/2015/09/jorginho-ve-evolucao-na-atitude-do-time-continuamos-acreditando.html
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