Após ser mãe, esposa de Marílson vence em sua segunda prova oficial na distância. Em manhã das mulheres brasileiras, Jucilene é bronze, e velocistas vão bem
A
arrancada de Juliana dos Santos não surpreendeu apenas o estádio. Ao
ser a primeira a cruzar a linha de chegada, nem a própria atleta parecia
acreditar. A euforia ficou ainda mais visível no abraço apertado que
deu em seu técnico, Adauto Domingues. Durante a disputa, encarou rivais
com ritmo forte e soube controlar. De forma tática e bem pensada, atacou
somente nos últimos 600m. Passou uma rival de cada fez e chegou ao ouro
nos 5.000m no Pan de Toronto. O tempo de 15m45s97 é o seu melhor na
carreira. Brenda Flores, do México, ficou com a prata, com 15m47s19.
Kellyn Taylor, dos Estados Unidos, completou o pódio.
–
Foi a melhor prova da minha vida! Não estou
nem acreditando ainda! Era uma prova muito forte. Olhei para os tempos, mas
disse que ia correr. Até onde eu aguentar. Falei que não ia desistir. Quando eu
me vi em terceiro lugar, sem saber se estava perto, o telão não mostrava, ia junto
com essa menina (mexicana), para tentar
pegar o primeiro lugar. Eu ainda não sei correr os 5.000m direito. Que
continue assim, né? – brincou.
A disputa do Pan de Toronto foi mais que um testo de resistência e velocidade. Juliana teve que segurar o próprio coração. Voltar a ser atleta depois de ser mãe não foi uma decisão fácil e só aconteceu por conta de todo o incentivo de seu marido. Juliana ressaltou as dificuldades que enfrentou até o ouro em Toronto. Marílson, por sua vez, sofreu uma lesão e não pôde competir no Canadá.
– Ser mãe e voltar a ser atleta nesse nível... E eu não sou só atleta, eu sou esposa de um atleta também. De alto nível. Nós temos matado vários leões em casa para conseguirmos continuar bem nas competições e sem deixar o nosso filho. Queremos viver as coisas dele também, é uma coisa que não vai voltar. Falamos que vamos ser bons atletas, mas que vamos ser bons pais também – disse.
No lançamento de dardo, outra medalha para o Brasil. Com uma bela prova, Jucilene Lima marcou 60,42m e ficou com o bronze. A canadense Elizabeth Gleadle levou o ouro, com 62,83, enquanto a americana Kara Winger ficou com a prata, com 61,44m. Após a competição a atleta brasileira ficou muito emocionada e chorou ao dar entrevistas.
- A gente imaginar. Mas as adversárias são boas. Pensei que, se estou aqui, é porque também sou boa. Tenho essa capacidade. Pedi tanto a Deus uma medalha. Estou muito feliz. Vento contra atrapalha um pouco. Mas eu estou satisfeita com meu resultado de hoje - disse a atleta, que também disputará o Mundial de Atletismo de Pequim, em agosto.
Nas eliminatórias dos 100m, outras brasileiras conseguiram bons resultados. Ana Cláudia Lemos avançou com o segundo melhor tempo para a semifinal. O tempo de 10s96, no entanto, não pôde ser ratificado como recorde sul-americano por conta do vento acima do permitido (+4km). Em outra bateria, Rosângela Santos também obteve a classificação com 11s08.
Entre homens, no entanto, os resultados não foram positivos nesta manhã. Atual campeão brasileiro dos 100m, Vitor Hugo dos Santos acabou cometendo um erro na saída do bloco e ficou apenas em sexto da bateria, sem classificação e com o tempo de 10s31. José Carlos Moreira, o Codó, foi desclassificado após queimar a largada.
No salto com vara masculino, Thiago Braz foi eliminado sem acertar nenhum salto.
FONTE:
http://glo.bo/1CNrAXW?utm_source=link&utm_medium=share-bar-desktop&utm_campaign=share-bar
Juliana dos Santos comemora a vitória no Pan
(Foto: Erich Schlegel-USA TODAY Sports)
O
trajeto de Juliana até o topo do pódio foi maior que os 5.000m
percorridos no Canadá. Esposa do maratonista Marílson dos Santos, foi
ouro nos 1.500m dos Jogos do Rio, em 2007. Na edição seguinte, em
Guadalajara, ficou fora por conta do nascimento do primeiro filho do
casal, Miguel. De volta à competição, conquistou o ouro em Toronto em
uma prova na qual ainda tenta se adaptar. Para se ter uma ideia, essa
foi apenas a segunda prova oficial da corredora na nova distância. Mas
ela ainda não decidiu qual prova tentará competir nos Jogos Olímpicos de
2016.
Foi a melhor prova da minha vida! Não estou
nem acreditando ainda!
Juliana dos Santos
A disputa do Pan de Toronto foi mais que um testo de resistência e velocidade. Juliana teve que segurar o próprio coração. Voltar a ser atleta depois de ser mãe não foi uma decisão fácil e só aconteceu por conta de todo o incentivo de seu marido. Juliana ressaltou as dificuldades que enfrentou até o ouro em Toronto. Marílson, por sua vez, sofreu uma lesão e não pôde competir no Canadá.
– Ser mãe e voltar a ser atleta nesse nível... E eu não sou só atleta, eu sou esposa de um atleta também. De alto nível. Nós temos matado vários leões em casa para conseguirmos continuar bem nas competições e sem deixar o nosso filho. Queremos viver as coisas dele também, é uma coisa que não vai voltar. Falamos que vamos ser bons atletas, mas que vamos ser bons pais também – disse.
JULIANA É BRONZE NO LANÇAMENTO DE DARDO
No lançamento de dardo, outra medalha para o Brasil. Com uma bela prova, Jucilene Lima marcou 60,42m e ficou com o bronze. A canadense Elizabeth Gleadle levou o ouro, com 62,83, enquanto a americana Kara Winger ficou com a prata, com 61,44m. Após a competição a atleta brasileira ficou muito emocionada e chorou ao dar entrevistas.
Jucilene de Lima liderava a prova até a última
tentativa (Foto: Reuters)
- A gente imaginar. Mas as adversárias são boas. Pensei que, se estou aqui, é porque também sou boa. Tenho essa capacidade. Pedi tanto a Deus uma medalha. Estou muito feliz. Vento contra atrapalha um pouco. Mas eu estou satisfeita com meu resultado de hoje - disse a atleta, que também disputará o Mundial de Atletismo de Pequim, em agosto.
Nas eliminatórias dos 100m, outras brasileiras conseguiram bons resultados. Ana Cláudia Lemos avançou com o segundo melhor tempo para a semifinal. O tempo de 10s96, no entanto, não pôde ser ratificado como recorde sul-americano por conta do vento acima do permitido (+4km). Em outra bateria, Rosângela Santos também obteve a classificação com 11s08.
Entre homens, no entanto, os resultados não foram positivos nesta manhã. Atual campeão brasileiro dos 100m, Vitor Hugo dos Santos acabou cometendo um erro na saída do bloco e ficou apenas em sexto da bateria, sem classificação e com o tempo de 10s31. José Carlos Moreira, o Codó, foi desclassificado após queimar a largada.
No salto com vara masculino, Thiago Braz foi eliminado sem acertar nenhum salto.
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