Bronca de Mantuano com Bill e irritação de Jobson são únicos episódios que destoam do "ambiente família" instalado por René e pelo elenco. Clima é o oposto ao de 2014
Aquela história
de que todo o grupo está comprometido com o trabalho, desde os
roupeiros até o treinador, parece não ser conversa fiada no Botafogo.
Quando durante sua posse no início de janeiro o presidente Carlos
Eduardo Pereira disse que 2015 talvez fosse "o ano mais difícil" da
trajetória do Alvinegro, os torcedores não poderiam imaginar o atual
cenário: técnico e jogadores escolhidos cautelosamente devido às
dificuldades financeiras criaram um ambiente família, favorável ao
futebol que os levou à decisão do Campeonato Carioca. Estrelismo? Nem de
Jefferson.
Em entrevista ao GloboEsporte.com, o capitão rechaçou, em março, qualquer tipo de vaidade no elenco. O goleiro da seleção brasileira avisou que possíveis reforços para o restante da temporada, após o estadual, teriam de se enquadrar na realidade alvinegra. Ou seja, comprometimento com a união do grupo, sem estrelismo - por mais "nome" que tenha no mercado. Ele é um exemplo disso.
- É como eu falei: nosso grupo hoje não tem vaidade, não tem estrela, não tem ninguém querendo ser mais do que ninguém. Todo mundo busca seu espaço. Então, hoje, para colocar um jogador de um patamar diferente, financeiramente falando, o clube terá realmente que escolher a dedo - disse Jefferson.
Não que o elenco do Botafogo seja irretocável. Mas o clima instalado pela comissão, jogadores e todos profissionais que lá trabalham, junto à campanha no Carioca, fizeram com que uma torcida calejada e desacreditada voltasse a ter confiança depois de um 2014 extremamente negativo, que terminou com a queda para a Série B do Campeonato Brasileiro. Quando Thiago Carleto, um dos mais brincalhões do grupo, diz que o time entendeu o peso da camisa que está vestindo, ele deixa o sorriso de lado e fala com seriedade e segurança.
Xuxu, o massagista que é a cara de Marcelo Mattos para o elenco alvinegro (Foto: Vitor Silva / SSPress)
As
risadas, porém, fazem parte do dia a dia no Estádio Nilton Santos e até
fora dele. Os roupeiros citados são Zé e Amauri, que não escapam das
brincadeiras dos jogadores. Sobra até para Xuxu, o massagista que,
segundo eles, parece fisicamente com Marcelo Mattos (confira na imagem ao lado). Nem Tomas Bastos
consegue se livrar. Sabendo da timidez do rapaz de 22 anos, Bill,
Carleto e Rodrigo Pimpão fizeram questão de acompanhar a entrevista
coletiva do meio-campo quando ele havia marcado o gol da vitória sobre o
Flamengo, na Taça Guanabara. E aplaudiram ao fim.
- Esses caras são loucos (risos) - disse Tomas, com um sorriso envergonhado.
Bill é querido pelos jogadores. Ele, que às vezes leva o filho Lorenzo vestido de Botafogo para brincar no campo de grama sintética durante os treinamentos - Diego Giaretta e Pimpão também uniformizaram seus filhos na semifinal com o Flu -, costuma postar fotos em seu Instagram junto aos companheiros. A opinião do atacante não foge à dos demais profissionais alvinegros.
- O ambiente nesse grupo é muito bom. Todos podem ver a alegria dentro e fora de campo. A equipe esta de parabéns. Todo mundo está feliz. Todos chegaram ao Botafogo com o objetivo de conquistar títulos.
E o título da Taça Guanabara foi conquistado, em uma improvável última rodada. As expressões de Jobson ao assistir aos últimos minutos do jogo entre Flamengo e Nova Iguaçu explicitam a emoção dos jogadores alvinegros. Coisas que só acontecem ao Botafogo. O atacante, aliás, é um dos responsáveis por este clima descontraído nos treinamentos e concentrações, sempre que canta seus pagodes ou desafia alguém para um duelo no videogame.
Mas brincadeira tem hora, e o lateral Luis Ricardo frisa o comprometimento de todos:
- Na hora de trabalhar, o negócio é sério.
Tão sério que o professor René Simões perde o sono pensando nos seus famosos "indicadores" sobre cada jogador. As longas conversas antes dos treinos na sala de imprensa adotam os temas mais variados, além do futebol: família, valores morais, dinheiro...
Parece clichê? Vem funcionando. René consegue, até agora, domar seu grupo de atletas. Foi o caso de Willian Arão. Ao chegar ao Botafogo, o técnico notou que o volante "terceirizava os problemas" - ou seja, não fazia, de acordo com o comandante, uma autocrítica quando se deparava com dificuldades. Hoje, o jogador é um dos mais importantes do time titular alvinegro e busca aprender sobre os próprios erros. No caminho para o vestiário em um dos treinos, um jornalista pergunta ao próprio se ele atuou em todas as partidas de 2015. Arão responde:
- Que isso! Já estão querendo me tirar? Se eu me lesionar, a culpa é de vocês, hein! - disse o volante, sempre com um sorriso no rosto.
Com o mesmo bom humor, na véspera do segundo jogo da semifinal contra o Fluminense, Bill dançava com a música que saía da caixa de som de Pimpão. Carleto ria, assim como Diego Giaretta e Arão, enquanto eles esperavam o sinal para a partida do ônibus rumo à concentração. "Vão vencer amanhã?", a pergunta fez eco em um dos corredores do Nilton Santos. A resposta foi firme: "Vamos vencer sim".
Brigam por qualquer razão...
O empate por 1 a 1 com o Barra Mansa, pela 12ª rodada da Taça Guanabara, gerou um episódio que destoa do bom ambiente alvinegro. O vice de futebol Antonio Carlos Mantuano protagonizou uma situação tensa diante dos jogadores e da comissão técnica após Bill perder um pênalti ao fim do confronto. A atitude do dirigente não foi bem aceita por René Simões, que proibiu a reclamação no vestiário. Depois, o atacante até deu razão a Mantuano e disse: "Não sou mais moleque". O caso esfriou.
Outra
situação não condizente ao clima foi a reação de Jobson ao ser
substituído no primeiro jogo da semifinal com o Tricolor, no Maracanã. O
atacante foi direto para o vestiário, visivelmente irritado com a
mudança feita pelo treinador. René não gostou nada da atitude:
- Se está insatisfeito, vai para casa curar essa insatisfação e se acalma.
Jobson passou a semana seguinte com o semblante fechado e foi voltando à alegria habitual aos poucos. Foi reserva no segundo jogo - Pimpão ocupou a vaga -, entrou e converteu seu pênalti na disputa. A felicidade parece ter voltado.
... mas acabam pedindo perdão
René se porta como um pai para os jogadores. Conselhos, broncas, demonstrações de afeto. Na quarta-feira, convidou todo o elenco para almoçar em seu restaurante, que fica localizado em um shopping na Zona Norte do Rio de Janeiro, durante a reinauguração do estabelecimento. O time encheu o local para a confraternização regada a camarão. O comandante já disse em mais de uma ocasião que está extremamente satisfeito com o seu grupo de atletas.
- Nunca trabalhei com um elenco como esse. Perguntam se estou satisfeito? Estou mais do que satisfeito. Me deram esse elenco, e eu digo que esse é o melhor elenco que eu já tive. Todos estão comprometidos com o projeto.
Para coroar o
trabalho feito nestes primeiros meses de 2015 e iniciar a Série B com
tranquilidade, o Botafogo espera vencer o Vasco na grande decisão do
Campeonato Carioca, que começa neste domingo, às 16 horas (de Brasília),
no Maracanã. O segundo jogo acontece na próxima semana, e o Alvinegro
tem a vantagem do empate.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2015/04/fotos-risadas-e-companheirismo-o-dia-dia-sem-estrelismo-do-botafogo.html
Em entrevista ao GloboEsporte.com, o capitão rechaçou, em março, qualquer tipo de vaidade no elenco. O goleiro da seleção brasileira avisou que possíveis reforços para o restante da temporada, após o estadual, teriam de se enquadrar na realidade alvinegra. Ou seja, comprometimento com a união do grupo, sem estrelismo - por mais "nome" que tenha no mercado. Ele é um exemplo disso.
- É como eu falei: nosso grupo hoje não tem vaidade, não tem estrela, não tem ninguém querendo ser mais do que ninguém. Todo mundo busca seu espaço. Então, hoje, para colocar um jogador de um patamar diferente, financeiramente falando, o clube terá realmente que escolher a dedo - disse Jefferson.
Não que o elenco do Botafogo seja irretocável. Mas o clima instalado pela comissão, jogadores e todos profissionais que lá trabalham, junto à campanha no Carioca, fizeram com que uma torcida calejada e desacreditada voltasse a ter confiança depois de um 2014 extremamente negativo, que terminou com a queda para a Série B do Campeonato Brasileiro. Quando Thiago Carleto, um dos mais brincalhões do grupo, diz que o time entendeu o peso da camisa que está vestindo, ele deixa o sorriso de lado e fala com seriedade e segurança.
Xuxu, o massagista que é a cara de Marcelo Mattos para o elenco alvinegro (Foto: Vitor Silva / SSPress)- Esses caras são loucos (risos) - disse Tomas, com um sorriso envergonhado.
Bill é querido pelos jogadores. Ele, que às vezes leva o filho Lorenzo vestido de Botafogo para brincar no campo de grama sintética durante os treinamentos - Diego Giaretta e Pimpão também uniformizaram seus filhos na semifinal com o Flu -, costuma postar fotos em seu Instagram junto aos companheiros. A opinião do atacante não foge à dos demais profissionais alvinegros.
- O ambiente nesse grupo é muito bom. Todos podem ver a alegria dentro e fora de campo. A equipe esta de parabéns. Todo mundo está feliz. Todos chegaram ao Botafogo com o objetivo de conquistar títulos.
E o título da Taça Guanabara foi conquistado, em uma improvável última rodada. As expressões de Jobson ao assistir aos últimos minutos do jogo entre Flamengo e Nova Iguaçu explicitam a emoção dos jogadores alvinegros. Coisas que só acontecem ao Botafogo. O atacante, aliás, é um dos responsáveis por este clima descontraído nos treinamentos e concentrações, sempre que canta seus pagodes ou desafia alguém para um duelo no videogame.
Mas brincadeira tem hora, e o lateral Luis Ricardo frisa o comprometimento de todos:
- Na hora de trabalhar, o negócio é sério.
Tão sério que o professor René Simões perde o sono pensando nos seus famosos "indicadores" sobre cada jogador. As longas conversas antes dos treinos na sala de imprensa adotam os temas mais variados, além do futebol: família, valores morais, dinheiro...
Parece clichê? Vem funcionando. René consegue, até agora, domar seu grupo de atletas. Foi o caso de Willian Arão. Ao chegar ao Botafogo, o técnico notou que o volante "terceirizava os problemas" - ou seja, não fazia, de acordo com o comandante, uma autocrítica quando se deparava com dificuldades. Hoje, o jogador é um dos mais importantes do time titular alvinegro e busca aprender sobre os próprios erros. No caminho para o vestiário em um dos treinos, um jornalista pergunta ao próprio se ele atuou em todas as partidas de 2015. Arão responde:
- Que isso! Já estão querendo me tirar? Se eu me lesionar, a culpa é de vocês, hein! - disse o volante, sempre com um sorriso no rosto.
Com o mesmo bom humor, na véspera do segundo jogo da semifinal contra o Fluminense, Bill dançava com a música que saía da caixa de som de Pimpão. Carleto ria, assim como Diego Giaretta e Arão, enquanto eles esperavam o sinal para a partida do ônibus rumo à concentração. "Vão vencer amanhã?", a pergunta fez eco em um dos corredores do Nilton Santos. A resposta foi firme: "Vamos vencer sim".
Brigam por qualquer razão...
O empate por 1 a 1 com o Barra Mansa, pela 12ª rodada da Taça Guanabara, gerou um episódio que destoa do bom ambiente alvinegro. O vice de futebol Antonio Carlos Mantuano protagonizou uma situação tensa diante dos jogadores e da comissão técnica após Bill perder um pênalti ao fim do confronto. A atitude do dirigente não foi bem aceita por René Simões, que proibiu a reclamação no vestiário. Depois, o atacante até deu razão a Mantuano e disse: "Não sou mais moleque". O caso esfriou.
Mantuano (dir.): dirigente criticou Bill no
vestiário após pênalti perdido e deixou
clima tenso (Foto: Vitor Silva / SSPress)
- Se está insatisfeito, vai para casa curar essa insatisfação e se acalma.
Jobson passou a semana seguinte com o semblante fechado e foi voltando à alegria habitual aos poucos. Foi reserva no segundo jogo - Pimpão ocupou a vaga -, entrou e converteu seu pênalti na disputa. A felicidade parece ter voltado.
... mas acabam pedindo perdão
René se porta como um pai para os jogadores. Conselhos, broncas, demonstrações de afeto. Na quarta-feira, convidou todo o elenco para almoçar em seu restaurante, que fica localizado em um shopping na Zona Norte do Rio de Janeiro, durante a reinauguração do estabelecimento. O time encheu o local para a confraternização regada a camarão. O comandante já disse em mais de uma ocasião que está extremamente satisfeito com o seu grupo de atletas.
- Nunca trabalhei com um elenco como esse. Perguntam se estou satisfeito? Estou mais do que satisfeito. Me deram esse elenco, e eu digo que esse é o melhor elenco que eu já tive. Todos estão comprometidos com o projeto.
René Simões ao lado de Jefferson e demais
jogadores em seu restaurante (Foto:
Marcelo Baltar / GloboEsporte.com)
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2015/04/fotos-risadas-e-companheirismo-o-dia-dia-sem-estrelismo-do-botafogo.html
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- Anderson Matoshá 43 minutospodem sair na facada e no tiro!so quero meu fogao fora da serie b
•
Bruno Bonela
há uma hora
Humildade sempre!
•
Bruno Bonela
há uma hora
Fiquei
com pena do Jobson...agora que o cara estava se acertando a Fifa pune
ele!!! 4 anos sem jogar pode acabar com sua carreira de vez.
•
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