sexta-feira, 24 de abril de 2015

Capitã da seleção de vôlei, Fabiana estreia como modelo no Espírito Santo

Musa da seleção bicampeã olímpica falou dessa sua nova carreira, da expectativa para os jogos do Rio e a relação com o técnico Zé Roberto


Por
Serra, ES

 
O caminhar era gracioso e cada passo arrancava aplausos da plateia. O sorriso, de orelha a orelha, encantador. A bela modelo vestida de noiva do alto dos seus 1,94m pouco lembrava a postura agressiva e raçuda da capitã da seleção brasileira de vôlei Fabiana Claudino. A central e bicampeã olímpica esteve no Espírito Santo na noite de desta quinta-feira para participar de um desfile e surpreendeu com sua boa desenvoltura na passarela.

A poucos minutos do desfile e toda produzida com uma bela maquiagem, a jogadora contou, que sempre teve o sonho de virar modelo e já fez até cursos de maquiagem e passarela.


Fabiana Claudino, volei, modelo (Foto: Fernando Madeira/A Gazeta)
Fabiana, capitã de seleção brasileira de vôlei 
feminino, desfilou em evento de noivas no 
Shopping Mestre Álvaro (Foto: 
Fernando Madeira/A Gazeta)


Mas claro que o assunto vôlei não poderia faltar. Fabiana revelou que as meninas da amarelinha não sentem pressão por jogar as Olimpíadas em casa e desconversou sobre o episódio de racismo que sofreu em janeiro, quando atuava pelo Sesi-SP diante do Minas na Superliga e foi chamada de macaca por um torcedor na arquibancada.


Modelo
- É minha primeira experiência em desfile de passarela. Antes de jogar vôlei sempre foi sonho que tive de criança. Mesmo jogando vôlei eu nunca esqueci na minha vida, agora estou conseguindo conciliar e estou tendo essa grande oportunidade. Na verdade, nunca tentei. Sempre andava na rua e tinha convite de agências, mas era nova, tinha 13, 12 anos, na época meu pai tinha medo de eu seguir o lado da moda.


Vaidade


Fabiana Claudino, volei, modelo (Foto: Fernando Madeira/A Gazeta)
Fabiana Claudino (Foto: Fernando Madeira/A Gazeta)


- Agora é completamente diferente. Hoje você olha um jogo de vôlei e vê todas as jogadoras maquiadas, a maioria tenta produzir o cabelo, fazer um topete, um penteado diferente, hoje isso mudou muito. Sempre fui muito vaidosa, gosto de me maquiar, de me produzir antes do jogo. É uma coisa que gosto muito, já fiz curso de maquiagem, fiz curso de passarela, curto bastante. Enquanto eu conseguir conciliar uma coisa com a outra e aproveitar o máximo essas oportunidades vou querer fazer. Isso para mim é uma alegria e uma diversão muito grande.


Casamento
- É minha primeira vez de noiva. Estou solteira. Sempre tive vontade de me vestir de noiva, tomara que isso seja um pontapé para o marido aparecer (risos).


Olimpíadas em casa
- Estamos acostumadas. A gente se tornou uma equipe bicampeã olímpica e você jogar no Brasil é uma alegria grande. Estar com sua familia, tendo essa oportunidade de jogar no seu país é muito legal. Tem a mesma pressão jogando aqui ou fora. Mas nossa equipe já está acostumada a lidar com isso. Jogar no Brasil a gente tem essa dificuldade, mas estamos treinando e buscando chegar bem ano que vem.


Capitã
- Eu falo que sou capitã, mas consigo dividir isso com o grupo inteiro, não fica só em cima de mim. O grupo é bem maduro, experiente, não tem grandes dificuldades. Consigo dividir bem isso com o Zé (técnico José Roberto Guimarães), comissão, atletas. Nesse grupo a gente se torna uma grande família e ajuda uma a outra.


José Roberto Guimarães
- É um paizão, quando tem que ser duro, firme, vai ser como qualquer treinador, mas é uma pessoa muito preocupada, tenta ajudar o tempo inteiro. Ele sempre busca a união do grupo, tenta ajudar a envolver todo mundo. É uma excelente pessoa e treinador.


Decepção do Mundial
- Tudo na vida é um lição. Passou, a gente sempre brinca que quando a gente perde Mundial a gente ganha Olimpíada (risos). Então a gente tem isso na cabeça que se for do jeito que veio todos os anos, ano que vem a gente se torna campeã olímpica de novo.


Racismo
- Isso para mim é assunto encerrado, não gosto muito de falar desse assunto. Foi um momento infeliz desse torcedor, não tenho nada contra ele, o perdoo. Foi a primeira vez que aconteceu isso comigo.

Para ler mais notícias do Globo Esporte Espírito Santo, clique em globoesporte.globo.com/es. Siga também o GE ES no Twitter e por RSS.


FONTE:
http://glo.bo/1Eyx3SZ?utm_source=link&utm_medium=share-bar-desktop&utm_campaign=share-bar

Nenhum comentário: