sexta-feira, 24 de abril de 2015

Final em ambiente olímpico mexe com Camila Brait: "Friozinho na barriga"

Líbero do Osasco passa pelas obras do Rio 2016 no caminho para o treino na Arena da Barra, local da decisão da Superliga, neste domingo, contra o Rio de Janeiro


Por
Rio de Janeiro

 
O cenário ainda não é o que Camila Brait vai encontrar no ano que vem durante a disputa dos Jogos Olímpicos. Mas a imagem das obras do Parque Olímpico a todo vapor, vista pela janela do ônibus que levou o time do Osasco à Arena da Barra, nesta sexta-feira, mexeu com as emoções da líbero. Só que o filme que passou pela cabeça da dona da melhor recepção da Superliga, com 51,68% de eficiência, ficou apenas no imaginário. A realidade no momento é outra. Pela nona vez nas últimas 10 temporadas, Rio de Janeiro e Osasco decidem a competição mais importante do vôlei nacional. A partida será transmitida ao vivo, às 10h15 deste domingo, pela TV Globo e pelo SporTV - o GloboEsporte.com acompanha em Tempo Real.

Enquanto espera ansiosamente o momento de representar seu país nas Olimpíadas pela primeira vez na carreira, Camila Brait só tem olhos para um adversário mais do que conhecido. De volta à final da Superliga após uma eliminação inesperada para o Sesi-SP na temporada passada, a líbero do Osasco destaca a concentração e o saque como armas fundamentais para buscar seu terceiro título da competição.

Substituta de fabi na seleção, Camila Brait quer o tri da superliga feminina (Foto: Alexandre Arruda/CBV)
Substituta da "rival" Fabi na seleção, Camila 
Brait busca o tricampeonato da superliga 
(Foto: Alexandre Arruda/CBV)


- Quando vi as obras aqui do lado na chegada à Arena deu um friozinho na barriga e passou todo um filme na cabeça. Um ano passa muito rápido e sabemos que já já as Olimpíadas estarão acontecendo, mas agora nosso único foco é a Superliga. Estou muito feliz de voltar à decisão, e mais uma vez contra o Rio de Janeiro. É o maior clássico do vôlei nacional e que tem se repetido por quase dez anos consecutivos. Reconhecemos os méritos delas, que terminaram a fase de classificação em primeiro e perderam apenas um jogo com algumas titulares poupadas. 
Elas vão jogar na casa delas, mas sabemos o que precisamos fazer para ganhar. Temos que entrar concentradas e sacar muito bem - analisou Camila Brait.

Leia: Às vésperas da 10ª final de Superliga, Fabi não se imagina com outra camisa
Confira:
Número 1 no ataque, Gabi comemora amadurecimento e sonha com 3º título
Parque Olímpico obras abril 2015 (Foto: Gabriel Heusi/brasil2016/ME)
Parque Olímpico em obras ao lado da Arena 
da Barra e do Parque Aquático Maria Lenk 
(Foto:Gabriel Heusi/brasil2016/ME)


Apesar do enorme respeito pelo adversário do próximo domingo, a líbero destaca que a fase de classificação ficou para trás e usa o exemplo de sua própria equipe para lembrar que nem sempre o time de melhor campanha acaba levantando o troféu. 

- O que vale mesmo é a fase final. Muitas vezes não adianta nada fazer uma fase de classificação excelente, terminar em primeiro e ser eliminado nas semifinais como fomos na Superliga passada. Tivemos muitos altos e baixos nessa temporada e mais uma vez chegamos à decisão. Acho que crescemos bastante nessa fase final e estamos muito confiantes - afirmou a jogadora, que, aos 26 anos, vive o auge de sua carreira.

camila brait fabi volei (Foto: Divulgação/CBV)
Camila Brait afima que é sempre especial 
enfrentar a amiga e conselheira Fabi 
(Foto: Divulgação/CBV)


Não bastasse a condição de substituta de Fabi na seleção, a jogadora do Osasco lidera as estatísticas de recepção e é a segunda melhor defensora da Superliga, com 42,57% de aproveitamento. Mas nada disso é capaz de tirar o foco da bicampeã da competição. Indiferente aos números, ela garante que a única coisa que importa no momento é o título.

- Sinceramente não penso muito nas estatísticas, só fico sabendo quando as pessoas me perguntam durante as entrevistas. É claro que fico feliz em saber que estou entre as primeiras na recepção e na defesa, mas o importante é ganhar. Não adianta eu sair derrotada no domingo e ser eleita a melhor defensora da competição. Vou ficar triste da mesma maneira - disse a substituta de Fabi, que mesmo à distância continua sendo sua maior conselheira.

- É sempre uma responsabilidade enorme enfrentar a Fabi. Nós nos falamos direto pelas redes sociais e tem vários momentos que ela ainda me aconselha. Quando cheguei à seleção em 2009, ela praticamente me adotou. Me deu muitos conselhos e disse que eu precisava treinar mais e me tornar uma líder porque um dia ela se aposentaria e queria que eu a substituísse. Estou procurando fazer isso e espero representar o Brasil da melhor maneira possível. 


FONTE:
http://glo.bo/1KdYeB9?utm_source=link&utm_medium=share-bar-desktop&utm_campaign=share-bar

Nenhum comentário: