Em entrevista ao "Seleção SporTV", Marcos Motta afirma que caso do atacante "é atípico" e lembra histórico de ações contra o Al-Ittihad, clube que acusa o jogador
O atacante Jobson está fora da primeira partida da final do Campeonato Carioca, contra o Vasco, neste domingo, no Maracanã. A Fifa determinou ao jogador uma punição por quatro anos, por ter se recusado a fazer um exame antidoping quando estava no Al-Ittihad, da Arábia Saudita. O advogado Marcos Motta, que defende o atleta, no entanto, afirma que o procedimento para o exame não foi válido e confia na absolvição de seu cliente.
- Cada caso de doping é diferente um do outro. Existem as circunstâncias da substância, as circunstâncias do procedimento do exame. São critérios muito severos, para que sejam validados pelas entidades antidoping, como a Wada e a Fifa. O caso do Jobson é atípico, pelo procedimento que foi adotado. Até hoje não temos cópia do procedimento na Arábia Saudita.
É um caso que nos causou bastante estranheza. Temos fatos bastante concretos para a absolvição do atleta. A Fifa não julga mérito, apenas entendeu que a decisão na Arábia Saudita foi correta - disse o advogado.
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Marcos Motta afirmou que o próprio Al-Ittihad tentou fazer o exame, depois que Jobson acionou o clube na Fifa, por conta de salários atrasados. O advogado declarou ainda que não foram respeitados os critérios para o exame.
- O pedido foi feito pelo próprio clube, e o engraçado é que o Jobson já estava brigando com relação a salários atrasados. Já havia uma ação preparada na Fifa. As notificações já tinham sido feitas. Aí houve essa tentativa de exame antidoping, que nós não sabemos direito como aconteceu. Não havia nenhum tipo de tradução, não havia nenhum documento oficial. Enfim, tudo que está sendo discutindo na Fifa e será discutido nos órgãos recursais.
O advogado declarou ainda que já entrou com outros litígios contra o Al-Ittihad. Em 2012, o clube árabe acertou a contratação de Diego Souza, junto ao Vasco. Sem receber salários, o meia do Sport acabou deixando o clube, com uma ação na Fifa.
- Esse caso do Jobson é uma briga com o Al-Ittihad. Nós continuamos a defender a tese que não houve o preenchimento dos critérios mínimos de procedimento para o antidoping. O Jobson entrou com uma ação milionária contra o clube. É um clube que nós já conhecemos, com quem já tivemos várias brigas, a última no caso do Diego Souza. É uma série de fatos, envolvendo a relação entre Jobson e Ittihad, que vai ser discutida na Fifa.
O Botafogo ainda tenta a liberação de Jobson para a segunda partida da final, no dia 3 de maio.
Jobson está fora da partida do Botafogo contra
o Vasco, por conta de ação na Fifa
(Foto: Vitor Silva / SSPress)
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