Triunfo sobre o Barça na final da Copa do Rei e pensamento coletivo entre estrelas são apontados por atletas e comissão técnica como decisivos para "ano inesquecível"
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Quatro títulos, o favorito a melhor jogador do mundo (Cristiano Ronaldo), recordes de vitórias e de gols num ano. Assim foi 2014 para o Real Madrid, que conquistou no sábado o Mundial de Clubes para fechar 12 meses considerados inesquecíveis por jogadores e comissão técnica. O sucesso do clube merengue neste período pode ser explicado além do alto investimento financeiro: envolve mudança de mentalidade entre os jogadores, agora mais solidários, e até uma vitória-chave contra o maior rival.
Quem revelou o ponto de virada do Real Madrid em 2014 foi o técnico Carlo Ancelotti. Para o italiano, a vitória sobre o Barcelona na final da Copa do Rei foi o momento que fez com que os merengues se acertassem de vez. A confiança adquirida com o triunfo foi o propulsor para as outras conquistas.
- O momento mais importante foi a final da Copa do Rei. Creio que ganhar aquela copa nos deu muita confiança para ganharmos depois a Champions e os outros títulos. Depois, a equipe seguiu melhorando a cada dia, a cada partida.
Conquista do Mundial de Clubes fez o Real
Madrid se despedir de 2014 com chave
de ouro (Foto: AP)
Ao todo, o Real Madrid disputou 63 jogos em 2014, com 51 vitórias, cinco empates e sete derrotas. A equipe bateu o recorde de gols (178) e triunfos em um ano para equipes espanholas e já acumula 22 partidas vencidas em sequência – a maior marca no mundo é do Coritiba, com 24.
- Estou muito contente, porque conseguimos quatro títulos num ano, nos proclamamos campeões do mundo. Esta equipe merece. Fizemos um ano inesquecível, e espero que as pessoas recordem com muito carinho – disse o capitão Iker Casillas.
A melhora no desempenho do Real Madrid está atrelada também ao comportamento tático da equipe. Apesar do elenco repleto de estrelas, o discurso comum entre os jogadores é o de que todos correm e se ajudam em campo. É comum ver craques como Bale e Benzema recuando para auxiliar a defesa, assim como virou normal ter Sergio Ramos balançando as redes: foram 11 gols no ano.
- É meu melhor ano a nível pessoal. Conseguimos conquistar a Liga dos Campeões, pela qual lutávamos e nos sacrificávamos há tanto tempo. E que melhor maneira do que ter este bônus de protagonismo, contribuindo com gols. Não é muito típico de um defensor – disse o zagueiro, eleito o melhor jogador do Mundial de Clubes.
Bicho-Papão: Real Madrid superou o arquirrival
Barcelona na final da Copa do Rei (Foto: EFE)
Esta mentalidade permite que o Real Madrid jogue sem volantes de ofício. Contra o San Lorenzo, por exemplo, Kroos e Isco foram os jogadores mais recuados no meio de campo. Para Ancelotti, este espírito de equipe explica o sucesso do time.
- Creio que temos realmente uma família. Trabalhamos juntos. Nós contemplamos sempre os jogadores, mas atrás deles há uma família unida, que trabalha junta e tem um objetivo muito claro de fazer o máximo pelo Real. Eles compreenderam muito bem o equilíbrio que devemos ter para ganhar. Houve uma mudança de mentalidade.
Entretanto, num clube como o Real Madrid, o desejo por sucesso não diminui. O desafio dos merengues, agora, é repetir ou até superar os feitos deste ano em 2015. Se depender do discurso de Ancelotti, o foco está garantido.
- Sinto-me muito orgulhoso por ganhar quatro títulos. Sinto orgulho e felicidade por estar num clube com jogadores que são realmente fantásticos, mas creio que podemos seguir assim. Fizemos um ano inesquecível, mas temos que também pensar no futuro deste time.
Bale posa com a taça da Supercopa da Europa
(Foto: Agência Reuters)
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