Competição é marcada por paixão dos locais pelos merengues, grande número de fãs do San Lorenzo em Marrakesh e boa campanha do Auckland City, terceiro colocado
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Um grupo de marroquinos fanáticos, todos vestindo branco, gritando incessantemente e abrindo uma bandeira enorme para homenagear Cristiano Ronaldo: esta foi a cena que definiu bem o Mundial de Clubes de 2014. A paixão dos habitantes do Marrocos pelo Real Madrid e a própria conquista da competição pelo time merengue estiveram entrelaçados e estiveram entre os momentos mais marcantes do torneio.
Bandeirão com Cristiano Ronaldo na final
entre Real Madrid e San Lorenzo
(Foto: Felipe Schmidt)
O TIME DE DEUS E DO MUNDO
Nos jogos contra Cruz Azul e San Lorenzo, os marroquinos lotaram o Grand Stade de Marrakesh para torcer pelo Real. Num evento promocional, jogadores foram ao principal shopping da cidade para visitar uma loja, e o deslocamento provocou um cerco de fãs ao estabelecimento.
Fãs lotam entrada de loja oficial do Real Madrid
em Marrakesh (Foto: EFE)
INVASÃO ARGENTINA
Na
final contra o Real Madrid, cerca de 12 mil argentinos ocuparam a
arquibancada do Grand Stade de Marrakesh e cantaram durante os 90
minutos, mesmo com a derrota do San Lorenzo. Eles viraram atração na
cidade, sempre andando em grupos e entoando seus cânticos onde quer que
fossem.
Até a praça Jemaa el Fnna, principal ponto
turístico de Marrakesh, virou palco para os argentinos. Lá, entre
flautas árabes, apetrechos de todos os tipos e até macacos vestindo
fraldas, os torcedores do San Lorenzo estabeleceram seu porto seguro,
penduraram faixas e não deixaram de provocar o Real Madrid – houve até
quem profetizasse uma vitória com gol de mão, como Maradona.
Torcida do San Lorenzo marca presença na
final com bandeirão e arquibancada lotada
(Foto: Felipe Schmidt)
CONTO DE FADAS NEO-ZELANDÊS
Em
sua sexta participação em Mundiais, o Auckland City finalmente teve um
impacto. O time da Nova Zelândia, acostumado a perder no playoff de
abertura, surpreendeu desta vez: venceu o anfitrião Moghreb Tétouan nos
pênaltis, após empate em 0 a 0 no tempo normal, bateu o campeão africano
Sétif por 1 a 0 e chegou às semifinais.
Contra o San
Lorenzo, o Auckland fez jogo duro, levou o jogo para a prorrogação, mas
acabou derrotado por 2 a 1. A recompensa veio na disputa do terceiro
lugar, quando derrotou o Cruz Azul por 4 a 2 nos pênaltis, após empate
em 1 a 1, e garantiu um lugar no pódio – o zagueiro Vicelich foi eleito o
terceiro melhor jogador do Mundial.
Jogadores do Auckland City correm para
comemorar a vitória nos pênaltis na
decisão do terceiro lugar (Foto: AP)
chuva muda programação
A
força da natureza obrigou a Fifa a mudar o calendário do Mundial de
Clubes. A forte chuva que caiu no dia dos jogos das quartas de final do
torneio deixou o estádio Prince Moulay Abdellah, em Rabat, em péssimas
condições – o duelo entre Cruz Azul e Sydney Wanderers foi disputado num
terreno repleto de poças d’água.
Sem tempo hábil
para a recuperação do gramado, a Fifa decidiu transferir o jogo do Real
Madrid pelas semifinais para Marrakesh. Ainda assim, o time espanhol
aterrissou em Rabat e, para não deixar os torcedores locais
desamparados, realizou um treino aberto.
Jogadores do Cruz Azul comemoram gol sobre
o Sydney Wanderers no gramado encharcado
em Rabat (Foto: AP)
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