Meia brasileiro passa meses lesionado, demora a ganhar chance no time depois de já estar recuperado, mas retorna aos gramados com gol: "Foi um prêmio pelo que fiz"
Ederson e Klose comemoram vitória do Lazio (Foto: Divulgação)
A dedicação e a paciência foram triunfos conquistados com a ajuda da família durante a recuperação - o clube o liberou para retornar ao Brasil. No retorno à Itália, a inspiração nos treinamentos veio de um companheiro. O atacante Klose, maior artilheiro da histórias das Copas, serve de espelho para o brasuca.
- O Klose é um excelente profissional, uma das melhores pessoas com quem trabalhei, um profissional exemplar em todos os aspectos. Tento conversar muito com ele. Procuro pedir alguns conselhos, observar como ele se comporta. Além de ser um ótimo jogador, é um exemplo fora de campo. Serve de exemplo para todos os jovens.
A experiência do goleador com a seleção alemã no Mundial do Brasil, incluindo a goleada por 7 a 1 sobre a equipe canarinho, também foi motivo de aprendizado para o meia. Ederson espera que os brasileiros aprendam com os tetracampeões.
- Ele sempre me explicou que a Alemanha dá uma certa continuidade no trabalho deles. Esse time que eles têm vem trabalhando muito há anos, desde 2002, praticamente. Jogadores que trabalham com uma seriedade enorme, cuidando de todos os aspectos. Acho que nós brasileiros devemos nos espelhar nesse profissionalismo e dedicação dos alemães.
Ederson cumprimenta os torcedores após o
retorno triunfal (Foto: Divulgação)
O treinador Stefano Pilo sempre reconheceu o esforço de Ederson em busca da melhor forma física, mas não traduzia a confiança e a admiração em minutos. O brasileiro não se incomodou com a espera e acredita que o comandante tenha demorado por uma boa razão.
- O técnico chegou esse ano, em julho, e é normal que no início de temporada ele tenha avaliado os jogadores que estavam prontos para jogar de imediato. O time formou uma identidade. É normal o jogador que volta de um tempo de inatividade ir ganhando oportunidades aos poucos até para não arriscar e não queimar nenhuma etapa. Sempre procurei pensar positivo e me dedicar aos treinamentos para que aos poucos conseguisse conquistar a confiança do treinador e é isso o que vem acontecendo ultimamente.
O meia reconheceu que não é fácil se ausentar dos gramados por muito tempo sem ter pensamentos negativos. Entretanto, a oportunidade de se cuidar junto dos familiares no Brasil fez toda a diferença para sua volta por cima.
- Quando o atleta sofre uma lesão grave e acha que vai ficar muito tempo longe do esporte favorito é realmente um baque muito forte, é complicado, difícil, quase uma depressão. Mas eu sou uma pessoa de sorte porque tenho familiares incríveis, pessoas que pensam positivo e ficar ao lado deles foi essencial no momento após a cirurgia. Fiz a operação em Lyon, na França, e logo depois tive autorização para voltar ao Brasil, fiquei com a família durante três, quatro meses e isso me deu forças para continuar lutando. A partir de julho comecei a treinar com o time, mas tive que esperar meu momento até agora.
FONTE:
http://glo.bo/1B6YvoP
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