Após começo irregular, Macaca cresce na hora certa e confirma o acesso com quatro rodadas de antecedência ao vencer o Bragantino, por 2 a 0. Objetivo, agora, é o título
O
torcedor da Ponte Preta bate no peito e tem orgulho em dizer que “tudo é
mais difícil para a Ponte”. Parece preferir as conquistas sofridas. De
fato, a história de 114 anos mostra que superar dificuldades faz parte
da rotina alvinegra. Mas com certeza ninguém vai reclamar de comemorar o
acesso na Série B sem aquela dose extra de sofrimento. Não que tenha
sido fácil. Após um início ruim, a Ponte cresceu de produção na hora
certa para cumprir a missão de bater na segunda divisão e voltar à elite
um ano depois de cair. (Veja os gols no vídeo acima)
Quando
subiu em 2011, a Ponte chegou a ver a vaga ameaçada por tropeços na
reta final. Foram quatro jogos sem vencer até a goleada por 4 a 1 sobre o
ABC, na penúltima rodada, em casa. Desta vez, a Macaca não vacilou. Na
primeira chance que teve de carimbar a vaga, foi lá e fez. Em Bragança
Paulista, passou pelo Bragantino por 2 a 0, chegou aos 67 pontos, na liderança isolada, e agora usará os quatro jogos restantes para buscar um título inédito.
O
fim tranquilo contrasta com o começo preocupante. Até a chegada de Guto
Ferreira, a Ponte não conseguia embalar sob o comando de Dado
Cavalcanti. Foram 12 rodadas frequentando a parte intermediária da
tabela. O acesso ficava mais distante a cada tropeço.
Círculo mostra momento de união em meio
à comemoração do acesso da Macaca
(Foto: Marcos Ribolli)
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A derrota por 1 a 0 para o Avaí, em Florianópolis, no segundo jogo após o retorno do recesso da Copa do Mundo, foi decisivo para a diretoria alvinegra apostar na troca do comando. Saiu Dado e entrou Guto, não sem antes os nomes de Silas e Ricardinho terem sido cogitados no Majestoso.
Em
sua segunda passagem pelo clube, pouco mais de um ano depois de ser
demitido, Guto acertou a equipe. Contou também com a contratação de
reforços pontuais, como Renato Cajá, Tiago Alves, Roni e Rafael Costa.
Ainda assim, demorou 10 jogos para entrar no G-4. Era preciso tirar o
prejuízo do início negativo. O lugar no grupo de acesso só chegou na 23
rodada, quando a Macaca fez 2 a 0 no ABC e assumiu a terceira
colocação.
De lá para cá, só subiu na tabela. O
último susto foi a derrota por 4 a 3 para o Atlético-GO, quando ganhava
por 3 a 1 em casa até os 37 minutos, mas levou a virada. Um mal que
aconteceu para o bem.
Autor do primeiro gol, Alexandro cai nos
braços da torcida pontepretana após o
apito final (Foto: Marcos Ribolli)
Depois
disso, a Ponte não perdeu mais nenhum jogo, alcançou a liderança e
carimbou o acesso após o 13º jogo seguido sem derrota, com 10 vitórias e
três empates na série invicta. Uma arrancada que já coloca o atual
grupo entre as cinco melhores campanhas da história do clube, com
aproveitamento de 65,68%.
Para ser o primeiro elenco
a faturar um título de expressão para a Ponte, faltam quatro jogos. O
próximo compromisso tem ar de final antecipada. Será contra o Joinville,
sábado que vem, em Santa Catarina. Apenas um ponto separa as equipes,
com a Macaca na frente.
Resta saber se o caminho até
a taça será seguro como foi o do acesso ou a tradição de sofrer até o
fim voltará a fazer companhia para a Macaca.
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