Ex-goleiro e ex-presidente aprovam atitude de jogador que, após viagem com a seleção, não enfrentou o Santos na partida que tirou o Botafogo da Copa do Brasil
Em um momento no qual o Botafogo luta contra o rebaixamento com salários
atrasados há meses e crises subsequentes na gestão, Jefferson parece
ter saído ileso da decisão de não se apresentar para a partida na qual o
clube acabou eliminado da Copa do Brasil com goleada pelo Santos. Na
opinião do ex-presidente Carlos Augusto Montenegro e do ex-goleiro
Wagner, o atleta tem razão. Os dois compareceram ao lançamento de uma
das chapas que concorrerão na eleição marcada para 25 de novembro, do
candidato Thiago Alvim, e condenaram a exposição do goleiro - técnico e
diretor técnico o criticaram publicamente.
Para Montenegro, "ninguém deveria ter falado nada" e, com o constante e prolongado atraso nos pagamento, não "havia nada que o motivasse a esse sacrifício" de entrar em campo depois de uma desgastante viagem com a seleção brasileira. Wagner, por outro lado, usou a experiência como ídolo alvinegro na posição, e explicou que para um goleiro é mais complicado atuar nessas condições do que para um atleta de linha. Ele analisou que Jefferson foi correto e acredita que, apesar da troca pública de farpas, o goleiro se acertará com o clube.
- Vejo realmente como uma situação muito complicada. É uma viagem muito desgastante. Todos que já tiveram oportunidade de ir para a Ásia e voltar sabem que é muito desgastante. Para o goleiro jogar, na minha opinião, é muito mais complicado do que um jogador de linha. A gente sabe das dificuldades da posição, tem de estar em perfeitas condições para exercer aquilo que ele sabe que tem condições de fazer pelo Botafogo. Eu acho que ele foi correto, não deveria ter ido para o jogo. Como ele falou, não tinha condição. E agora vai voltar no próximo jogo para ajudar o Botafogo, isso que importa. Com certeza isso foi um mal-entendido. As partes vão sentar, conversar e aparar as arestas.
Montenegro não demonstrou tanto otimismo em um acerto entre Jefferson e Botafogo. Saiu em defesa do goleiro. Lembrou o atraso de salários para tirar do goleiro qualquer responsabilidade por não querer jogar "no sacrifício". Com vasta experiência como cartola do clube, ele condenou a exposição de Jefferson, que acabou criticado publicamente por Vagner Mancini e Wilson Gottardo.
- Ninguém deveria ter falado nada. O Jefferson foi um dos poucos a criticar abertamente o presidente. Se alguém tinha de ser afastado, era o Jefferson. Quem tinha de ser afastado é o Jefferson. A partir do momento que não foi, não pode exigir mais nada. Estava servindo o Brasil, fez uma viagem em 24 horas, não estava se sentindo bem e não tinha obrigação nenhuma de jogar no sacrifício. Se o presidente estivesse cumprindo com suas obrigações talvez ele fizesse o sacrifício, mas não havia nada que o motivasse a esse sacrifício.
Indagado sobre a atual situação da equipe, eliminada na Copa do Brasil e nas últimas colocações no Brasileiro, Montenegro não demonstrou otimismo, mas não jogou a toalha. Ele criticou o atual presidente Maurício Assumpção afirmando que o seu último ano de gestão destoou dos demais.
- É uma situação lamentável, já tinha falado na época do afastamento dos quatro. Acho que é um tiro no pé, é suicídio. Várias pessoas estavam tentando ajudar para tentar acalmar o ambiente e não adiantou nada. O presidente eu acho que está perdido. Resolveu arriscar, jogar tudo ou nada. É impressionante como uma pessoa consegue fazer uma administração de regular para boa durante cinco anos e, neste ano, por falta de planejamento, por ter dado chance a vários amigos, por ter priorizado amadores até para treinar o time, o Botafogo foi por água abaixo e a gente ainda está tentando salvar, mas está muito difícil.
FONTE:
http://glo.bo/1sXPN6V
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Para Montenegro, "ninguém deveria ter falado nada" e, com o constante e prolongado atraso nos pagamento, não "havia nada que o motivasse a esse sacrifício" de entrar em campo depois de uma desgastante viagem com a seleção brasileira. Wagner, por outro lado, usou a experiência como ídolo alvinegro na posição, e explicou que para um goleiro é mais complicado atuar nessas condições do que para um atleta de linha. Ele analisou que Jefferson foi correto e acredita que, apesar da troca pública de farpas, o goleiro se acertará com o clube.
Ao posar para foto com ídolos e candidato,
Montenegro brincou: "Várias gerações
juntas, menos o Sheik"
(Foto: Vicente Seda)
(Foto: Vicente Seda)
- Vejo realmente como uma situação muito complicada. É uma viagem muito desgastante. Todos que já tiveram oportunidade de ir para a Ásia e voltar sabem que é muito desgastante. Para o goleiro jogar, na minha opinião, é muito mais complicado do que um jogador de linha. A gente sabe das dificuldades da posição, tem de estar em perfeitas condições para exercer aquilo que ele sabe que tem condições de fazer pelo Botafogo. Eu acho que ele foi correto, não deveria ter ido para o jogo. Como ele falou, não tinha condição. E agora vai voltar no próximo jogo para ajudar o Botafogo, isso que importa. Com certeza isso foi um mal-entendido. As partes vão sentar, conversar e aparar as arestas.
Montenegro não demonstrou tanto otimismo em um acerto entre Jefferson e Botafogo. Saiu em defesa do goleiro. Lembrou o atraso de salários para tirar do goleiro qualquer responsabilidade por não querer jogar "no sacrifício". Com vasta experiência como cartola do clube, ele condenou a exposição de Jefferson, que acabou criticado publicamente por Vagner Mancini e Wilson Gottardo.
- Ninguém deveria ter falado nada. O Jefferson foi um dos poucos a criticar abertamente o presidente. Se alguém tinha de ser afastado, era o Jefferson. Quem tinha de ser afastado é o Jefferson. A partir do momento que não foi, não pode exigir mais nada. Estava servindo o Brasil, fez uma viagem em 24 horas, não estava se sentindo bem e não tinha obrigação nenhuma de jogar no sacrifício. Se o presidente estivesse cumprindo com suas obrigações talvez ele fizesse o sacrifício, mas não havia nada que o motivasse a esse sacrifício.
Indagado sobre a atual situação da equipe, eliminada na Copa do Brasil e nas últimas colocações no Brasileiro, Montenegro não demonstrou otimismo, mas não jogou a toalha. Ele criticou o atual presidente Maurício Assumpção afirmando que o seu último ano de gestão destoou dos demais.
- É uma situação lamentável, já tinha falado na época do afastamento dos quatro. Acho que é um tiro no pé, é suicídio. Várias pessoas estavam tentando ajudar para tentar acalmar o ambiente e não adiantou nada. O presidente eu acho que está perdido. Resolveu arriscar, jogar tudo ou nada. É impressionante como uma pessoa consegue fazer uma administração de regular para boa durante cinco anos e, neste ano, por falta de planejamento, por ter dado chance a vários amigos, por ter priorizado amadores até para treinar o time, o Botafogo foi por água abaixo e a gente ainda está tentando salvar, mas está muito difícil.
FONTE:
http://glo.bo/1sXPN6V
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