sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Hostilizado, Cristóvão mantém calma: “Isso só acaba quando time ganhar”

Chamado de “burro” e muito vaiado em novo empate do Flu, técnico lamenta perda de terreno e tenta explicar momento ruim do time das Laranjeiras


Por Rio de Janeiro

Nove empates no Campeonato Brasileiro. Sete deles nos últimos 10 jogos. Muito da explicação para o Fluminense ter estacionado na tabela está aí. O time de Cristóvão Borges perdeu terreno na briga pelo G-4 e está em oitavo, com 42 pontos, sua pior posição desde o início da disputa

Nesta quinta-feira, no 0 a 0 com o Atlético-MG, no Maracanã, o treinador novamente por hostilizado. Vaiado, chamado de burro e eleito culpado pelo momento difícil do Tricolor na competição. Após a partida, Cristóvão manteve a serenidade e disse entender as queixas.

- Em Brasília, também aconteceu isso. É a insatisfação pela equipe não ter ganho. Como estamos empatando muitas partidas, ainda mais em casa, isso acontece. Lá, foi a saída do Conca e o resultado (1 a 1 com o Bahia no Mané Garrincha). Aqui, já vai numa sequência. Só vai acabar quando o time ganhar. Temos de tentar ganhar para que todos fiquem satisfeitos – disse o técnico.


Cristóvão Borges Fluminense x Atlético-MG (Foto: Paulo Sergio / Photocâmera)
Cristóvão Borges orienta o time 
tricolor durante o empate 
contra o Galo (Foto: 
Paulo Sergio / Photocâmera)


Apesar do resultado ruim contra um adversário direto na briga pela Libertadores, o treinador elogiou a postura do Tricolor. Para o comandante, o time carioca foi quem tomou a iniciativa do confronto, o que não diminui a frustração. 
 

- Em termos de resultado, sim. Nós sabemos. Não adianta empatar, só vamos perdendo lugar na tabela, como perdemos uma posição para o Santos. Sabemos que temos que ganhar, e a equipe buscou isso. Proposta do Atlético-MG era o contra-ataque. Mesmo assim procuramos trabalhar a bola, ter paciência. Quem buscou o gol foi o Fluminense. Uma pena não ter saído.

Na próxima rodada, o Tricolor terá outro adversário direto pela frente. No Beira-Rio, vai enfrentar o Inter, que está no G-4. A partida será domingo, às 16h (de Brasília).


Confira a íntegra da entrevista:

Alternativas de jogo
- Isso depende das partidas. Na partida de hoje, nós conversamos no intervalo que seria necessário aumentar a velocidade do jogo. Começamos o segundo tempo assim, e o Atlético foi mais para trás. Por isso coloquei o Chiquinho. Depois, o Kenedy. Vi que era uma forma de chegarmos. As dificuldades aparecem a cada jogo, procuramos solucionar com o que temos. Às vezes, dá certo. Às vezes, não.


Meias agradaram?
- Eles foram muito, muito marcados. No primeiro tempo, a movimentação foi melhor. O Atlético estava inteiro no campo de defesa, os espaços foram menores. Tentamos pelas laterais para que eles abrissem um pouco. Por isso as mudanças. A última substituição não foi feita, pois estávamos mais abertos. Qualquer outra alteração facilitaria para o Atlético-MG.


Kenedy é mais rápido que Sobis? Experiência do Sobis não contaria?
- No jogo contra o Bahia, o Sobis pegou uma bola na pequena área e errou. Acontece. Kenedy é rápido, tem força. Ele decidiu passar a bola. Às vezes, a escolha é errada. Outras vezes escolhe bem, acerta e faz o gol. Desejo dele era facilitar para o companheiro (Fred) fazer gol. Já aconteceu o contrário com ele e com outros. É uma coisa de momento.


Fred e Jô não marcaram
- Fred não fez gol hoje, mas depois que voltou da Copa já fez bastante. Aqui, se encaixa bem e se sente bem. Ele vem dando alegrias para a gente.


Derrota do Inter, próximo adversário
- O Cruzeiro conseguiu retomar uma vantagem muito boa. A vantagem é boa pela qualidade do time e consistência. A gente está vendo a dureza do campeonato. Foi surpresa a vitória do Corinthians, mas com esses confrontos diretos que vão acontecer, ainda vai mexer bastante.


Insistência da torcida em pedir Biro Biro
- Tudo importa. O desejo da torcida é o desejo comum, é o mesmo nosso, que a equipe jogue bem e ganhe. Essa coisa de velocidade, a entrada do Kenedy foi para isso. O problema é que agora a gente resolveu colocar nos ombros do Biro Biro a solução dos problemas. É um grande jogador, vai entrar, mas não dá para colocar a solução de um problema que vem desde o ano passado sobre ele (falta de atacante de velocidade).


Jogo contra o Inter
- É uma equipe que está brigando, bem perto do Cruzeiro, de alta qualidade, tem grandes jogadores. Como todas as equipes que estão à frente do Fluminense. São fortíssimas. O Inter, em casa, é muito mais. Fica mais perigoso ainda pelo último resultado que eles tiveram.


Excesso de empates
- Minha aflição é igual a deles (jogadores) ou muito maior. Tenho que ter equilíbrio, observar o jogo para saber as coisas que tenho que fazer. A aflição, a vontade, o desespero de entrar para ajudar a botar a bola para dentro eu também tenho. A minha função exige outras observações.


Atitude e comportamento do time em campo
- O time teve atitude, sim. A equipe do Atlético estava atrás. Se a equipe acelera, muitos erros acontecem. Essa equipe teve equilíbrio, paciência e buscou.


FOMTE:
http://glo.bo/1pXcQcO

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