domingo, 17 de agosto de 2014

Kleina divide mérito com auxiliar e celebra ponto “super importante”

Treinador ressalta trabalho de Charles Fábian, que era interino até a sua chegada, e diz que ponto conquistado é importante para devolver a moral aos jogadores do Bahia


Por São Paulo


Após a sua primeira partida no comando do Bahia, o técnico Gilson Kleina demonstrou muito humildade para dividir os méritos da noite. O empate em 1 a 1 com o Corinthians foi motivo de comemoração. Para o treinador, o resultado dá confiança ao grupo para o decorrer da competição. 
  
- Conseguimos um ponto super importante com esse resultado de empate, levando um ponto para casa. Correspondemos na estratégia, mas é um resultado que aumenta a autoestima e a confiança. Conseguimos ponto diante de uma equipe que vai brigar pelo título. Fomos competentes em todos os setores. Temos que enaltecer o espírito dos jogadores que conseguiram levar esse ponto para a Bahia – disse.  

Gilson Kleina (Foto: Nelson Barros Neto/ Divulgação/ Esporte Clube Bahia)
Gilson Kleina (Foto: Nelson Barros 
Neto/ Divulgação/ 
Esporte Clube Bahia)

Kleina também fez questão de dividir os méritos com Charles Fabian, auxiliar técnico, que em muitos momentos passou instruções para os jogadores.  

- Desde a minha chegada sempre falei para que tenham que ficar desprovidos de vaidade. Não tem importância cada um dar uma importância. Conversamos com quarto arbitro e avisei que em alguns momentos seria o Charles quem passaria instruções. Ele só disse que não poderíamos ficar os dois ao mesmo tempo. Quando eu cheguei na quinta, eu pedi que ele mantivesse o trabalho. Faz quase quatro anos que estamos jogando a Série A e conhecemos muitos elencos e equipes paulistas, então foi uma coisa trabalhada entre nós. Em relação ao time, nós temos de ter ambição, isso aconteceu. Fomos ousados. A proposta era marcar mais, e nos momentos que oscilamos, foi mérito do Corinthians. Também tivemos mérito das defesas do Marcelo Lomba. Um ponto, em pontos corridos, foi importante, desde que façamos o dever de casa.  


Confira outros pontos da entrevista

Passado recente no Palmeiras
Pergunta delicada, mas vou ser sincero. Hoje, faz praticamente três meses que não estou com aquele grupo, mas tive jogadores com muito respeito, trabalho árduo em todos os sentidos. Eu trabalhei no extremo, com 15 e até com 48 jogadores. Mesmo assim atingimos os objetivos. O que eu falo é seguro e de coração: vai ter que dar tempo para os profissionais que chegaram. Eles vêm de outros pais, e o futebol brasileiro é bem diferente. Tem de abastecer de informações. Eu não tive a sorte do investimento que eles tiveram. Perdemos jogadores importantes, outros machucaram, e o resultado não veio. Tanto a diretoria quanto jogadores sempre me respeitaram. Não posso falar do dia a dia. Mas sempre fomos transparentes, dia 26 será uma instituição centenária. Marquei uma pequena historia lá, querendo ou não, mas hoje estou focando as cores do Bahia. É o que tenho de me mobilizar. 

    
Nível de trabalho atual
O Palmeiras me colocou em um patamar de maturidade. O que vivenciamos no clube trouxe grande crescimento. O maior mérito naquele momento foi a reconstrução. Passei por três reconstruções no Palmeiras desde 2012. O momento em que conseguimos mobilizar e colocar os jogadores em condições, não só fizemos uma serie b como nos destacamos bem. Neste ano, em 16 jogos, perdemos duas no paulista. Uma foi a que não fomos pra final do paulista. Isso foi o maior desgaste, perdemos jogadores importantíssimos. Depois, quando inicia brasileiro, sabíamos da qualidade. A mobilização que a diretoria estava tentando era pra trazer reforços, mas não estávamos conseguindo. Tivemos dificuldade para manter. Não tinha tempo pra reagir. Na parada, poderia corrigir. Jogando quarta e domingo, em se tratando de palmeiras, torcida exigente... isso me credenciou para trabalhar em qualquer clube do brasil. Estou muito contente por trabalhar no Bahia, uma camisa de tradição, uma torcida apaixonada, de jogadores consagrados, que fizeram historia... 

  
Culpado pela má fase no Palmeiras?
No fracasso e no sucesso é uma somatória. Você não consegue ter êxito de sucesso sozinho, nem fracasso. Eu tenho minha parcela. Nunca me isentei, sempre fui franco com o torcedor. Quando tivemos o período mais difícil, com a queda do Palmeiras, eu vi o que era cobrança e pressão. Ao mesmo tempo reconstruimos e estabilizamos. Viemos com uma serie b, entramos forte no Paulista, já falamos, tínhamos uma equipe qualificada, mas infelizmente perdemos jogadores importantes. Alan Kardec, Márcio, Vilson... além dos jogadores por lesão. Temos de entender. Sem demagogia, tem de dar condição e respaldo pra essa comissão, pra que ele possa implementar sua filosofia.




FONTE:

Nenhum comentário: