domingo, 17 de agosto de 2014

Éverton Ribeiro rege o líder Cruzeiro na vitória de 3 a 0 sobre o Santos

No 100º jogo sob comando de Marcelo Oliveira, time joga como orquestra afinada e mina chances de reação do Peixe, que perde terceira seguida


 A CRÔNICA


por GloboEsporte.com


Os 90 minutos de bola no Mineirão fizeram jus às expectativas de uma boa partida. Com seu inconfundível toque de bola,  no 100º jogo de Marcelo Oliveira no comando, o Cruzeiro parecia uma orquestra afinadíssima. Os 3 a 0 sobre o Santos neste domingo espantaram os dois últimos empates que deixaram o Inter encostar na tabela e até tomar a liderança por um dia. Mas no fim da 15ª rodada do Brasileirão a liderança ficou mantida com os 33 pontos e mostras mais uma vez de superioridade técnica e tática. 

Éverton Ribeiro, novamente ele, regeu a equipe como um grande maestro, com série de toques rápidos e deslocamentos em velocidade que confundem sempre a defesa adversária. Marcelo Moreno, Ricardo Goulart e Julio Baptista marcaram os gols. O de Julio Baptista surgiu após arrancada sensacional de Éverton.


O Santos saiu do Mineirão amargando a terceira derrota seguida e fica no décimo lugar, com 20 pontos ganhos. E o time, que melhorou com Robinho, já começou pressionado no Mineirão. Desde o começo a Raposa avisou ao Peixe que iria à caça. E Éverton Ribeiro, mais à direita, encontrou em Mayke um bom parceiro por aquele setor. Antes do polêmico primeiro gol, Egídio mostrava bastante vigor pela esquerda. No meio de campo, Lucas Silva e Henrique eram soberanos no desarme e distribuição de jogo. Dedé garantia segurança à zaga.

O Santos não conseguia encaixar o contra-ataque. Robinho tentava, mas não desenvolvia as tramas com Cicinho pela direita e Mena pela esquerda. Bom para a Raposa. Éverton Ribeiro já havia desperdiçado um lance de perigo logo aos oito minutos. Depois, Marcelo Moreno desperdiçou a primeira boa chance ao bater fraco em cima de Aranha. Éverton Ribeiro, ele novamente, mandou a bola para a rede mas tocou a mão na bola. O gol foi bem anulado pelo árbitro.

E dos pés do camisa 17 saiu o lance polêmico e decisivo da primeira etapa. Aos 24 minutos, ele cobrou falta na área. Marcelo Moreno raspou de cabeça, e Ricardo Goulart, à frente da linha da zaga, tentou tocar na bola, mas não conseguiu. Aranha falhou, a bola morreu na rede, e o gol valeu. O comentarista de arbitragem da TV Globo Paulo César de Oliveira achou correta a validação do lance.

O gol deu mais segurança ao Cruzeiro, que no entanto passou a assistir ao despertar de Robinho. Na companhia do veloz  Lucas Lima e Thiago Ribeiro, o Peixe começou a assustar e teve duas boas chances, a principal com o camisa 11. A bola foi para fora. Assustou, mas ainda era pouco para parar o Cruzeiro.

Marcelo Moreno cruzeiro gol santos  (Foto: Washington Alves / Light Press )
Moreno comemora após abrir o placar 
em lance polêmico porém legal (Foto: 
Washington Alves/Light Press )

No segundo tempo repetiu-se a estratégia da primeira etapa. Com uma vantagem: o Cruzeiro chegou rápido ao segundo gol. Demorou dois minutos para o Santos ver mais minadas as chances de reação na veloz  jogada que começou com Egídio e teve o ponto forte no toque na medida de Willian, de volta com boa atuação, para Ricardo Goulart mandar com violência para o fundo da rede. O Peixe, que já entrara com duas mexidas no time, ficou confuso. Até tentou, tanto com as arrancadas de Cicinho ou com as ultrapassagens de Lucas Lima para Mena. A bola ia ao fundo, mas encontrava uma zaga do Cruzeiro bem colocada. Quando Thiago Ribeiro conseguiu se livrar, perdeu a chance. Fábio brilhou.

Julio Baptista entrou no lugar do cansado Marcelo Moreno. Willian ainda perdeu chance numa linda jogada de toques. Robinho também fez das suas e assustou Fábio. Quando o Peixe ensaiava reação no fim, o golpe de misericórdia: Éverton Ribeiro arrancou, arrancou, arrancou. E tocou para Julio Batista. O camisa 10 se livrou de Arouca e, aos 42, fez o gol que deu fecho à partida e mandou pelos ares as chances do Peixe de reagir. Mais uma vitória de luxo. No centésimo jogo sob comando de Marcelo Oliveira, o Cruzeiro parece uma orquestra cada vez mais afinada.




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