Equipe de Rubén Magnano oscila durante o amistoso, chega ao último quarto cinco pontos atrás, mas não resiste à atuação de Anthony Davis nos 10 minutos finais
Chegar ao último quarto apenas cinco pontos atrás dos Estados Unidos dava ao Brasil esperanças de que uma vitória sobre os melhores do mundo no basquete não seria algo impossível. Mas a atuação do ala-pivô Anthony Davis na primeira parte dos 10 minutos finais pôs fim ao sonho brasileiro, que sentiu a intensidade do rival no momento decisivo, caindo pelo placar de 95 a 78 (45 a 37). Na noite deste sábado, no United Center, ginásio do Chicago Bulls, a jovem seleção americana, que perdeu nomes de peso como Kevin Durant e Paul George ao longo do período de treinos, mostrou que tem elenco suficiente para chegar à Copa do Mundo na Espanha com o status de favorita intacto. Além de decisivo no período final, o substituto do machucado DeMarcus Cousins acabou o jogo como cestinha, com 20 pontos. James Harden veio em seguida, com 18.
De positivo para o Brasil, a atuação de Tiago Splitter - autor de 16 pontos e oito acertos dos nove arremessos tentados - e o bom terceiro quarto coletivo da equipe, que venceu a parcial por 31 a 23. Outro a se destacar foi Rafael Hettsheimer, preciso da linha de três, que saiu do banco para converter 13 pontos e um percentual de êxito de 83,3%. Agora, o pensamento está na Europa, para onde o grupo viaja neste domingo para um torneio na Eslovênia, na próxima semana. Daqui a duas semanas, a seleção brasileira estreia no Mundial diante da França, no dia 30 de agosto.
- É um treino de alto nível jogar contra caras de envergadura e talentos enormes. O time está bem e sabemos da dificuldade que era jogar contra os EUA. Não é por causa de um jogo contra eles que vamos perder nosso moral - analisou Tiago Splitter.
Tiago Splitter enterra para o Brasil na
derrota para os Estados Unidos, em
Chicago (Foto: Agência EFE)
Os primeiros minutos deram a falsa impressão de um quarto inicial parelho. A boa atuação de Splitter no garrafão era pouco diante da intensidade dos americanos, que pressionavam muito Marcelinho Huertas na armação, principalmente depois das entradas de Klay Thompson e Kyrie Irving, dois dos melhores marcadores da NBA. Os brasileiros perdiam bolas - foram sete erros no quarto - e mal conseguiam penetrar na área pintada. Quando o faziam, paravam nos tocos dos EUA – foram três em 10 minutos. Stephen Curry, com uma cesta de três e duas de dois, contribuía para o show americano, que teve seu ápice na ponte-aérea de Thompson-Anthony Davis. Mesmo com seis pontos de Splitter e quatro de Nenê, o Brasil foi para o segundo quarto no prejuízo: 29 a 15 para os donos da casa.
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Magnano cobrou, e seus comandados voltaram impondo uma defesa mais forte, que passou a incomodar. O aproveitamento dos EUA nos arremessos caiu de 55% para 25%. Os contra-ataques surgiram, e a diferença diminuiu. Uma bandeja de Splitter, depois de superar Anthony Davis no um contra um, fez o Brasil ficar só dois pontos atrás. O pivô campeão da NBA era o destaque da seleção no jogo com 10 pontos. Coach K pediu tempo e devolveu à quadra a dupla Thompson-Irving. Os EUA cresceram novamente, e a diferença, também, terminando o segundo quarto com oito de frente em uma linda jogada individual do “dono da festa” Derrick Rose, ídolo dos Bulls, para cima de Guilherme Giovannoni, levando os 21.309 fãs presentes ao delírio (45 a 37).
Tiago Splitter protege a bola da marcação deAnthony Davis (Foto: Agência EFE)
Anthony Davis desequilibrou no último quarto em Chicago (Foto: Agência AP)
Mesmo com o jogo definido, os EUA não afrouxaram e continuaram a impor sua forte marcação. O Brasil sentiu e cansou. No fim, a derrota por 95 a 78 ficou pior do que se anunciava. Já o torcedor americano teve uma amostra, apenas no primeiro amistoso contra um time classificado ao Mundial, do que pode esperar da sua equipe na competição.
Escalações e pontuações:
EUA: Derrick Rose (7), Stephen Curry (9), James Harden (18), Kenneth Faried (11) e Anthony Davis (20). Entraram: Kyrie Irving (6), Klay Thompson (10), Damian Lilliard (0), Kyle Korver (0), Rudy Gay (5), Chandler Parsons (0), Mason Plumlee (9). Tec: Mike Krzyzewski (Coach K)
Brasil: Marcelinho Huertas (6), Leandrinho (13), Marquinhos (2), Tiago Splitter (16) e Nenê (11). Entraram: Larry Taylor (3), Raulzinho (6), Alex (2), Marcelinho (0), Guilherme Giovannoni (0), Rafael Hettsheimeir (13) e Anderson Varejão (6). Tec: Rubén Magnano
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/basquete/noticia/2014/08/brasil-alterna-bons-e-maus-momentos-e-sucumbe-diante-dos-estados-unidos.html
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