terça-feira, 19 de agosto de 2014

Destaque do Sul-Americano, Clarissa ressalta dificuldade de jogar na altitude

Eleita a MVP da competição, pivô da seleção brasileira elogia comissão técnica por conseguir minimizar efeitos dos 2.600 metros da cidade de Ambato, no Equador


Por Ambato, Equador



Os 2.600 metros acima do nível do mar foram um dos maiores adversários do Brasil no Sul-Americano de basquete feminino, encerrado nesta segunda-feira com o 25º título da seleção brasileira. Eleita a melhor jogadora do torneio (MVP), a pivô Clarissa ressaltou a dificuldade do grupo em superar a altitude enquanto esteve na cidade de Ambato, no Equador. Mesmo com a sua capacidade física limitada por fatores naturais, a equipe comandada por Luiz Antônio Zanon conquistou o título de forma invicta, derrotando a Argentina por 59 a 47 na final.

- Foi bastante pesado e cansativo jogar com altitude. É impressionante como sentimos a diferença no nosso corpo. Mas viemos bastante preparadas para enfrentar essa adversidade. A nossa nutricionista fez todo um trabalho de suplementação e alimentação, além da preparação física e a fisiologia que da mesma forma nos preparou para alcançarmos o limite máximo do nosso físico. A comissão técnica trabalhou muito para nos ajudar a alcançar esse resultado. Deu certo e conquistamos o título - ressaltou a atleta do Americana.

Clarissa basquete brasil sul-americano (Foto: Divulgação/CBB)
Clarissa vibra com a conquista do Sul
-Americano (Foto: Divulgação/CBB)

Aos 26 anos, Clarissa justifica o troféu de MVP com o seu empenho e dedicação aos treinamentos. Disciplinada, a pivô costuma a ser uma das primeiras atletas da seleção a acordar quando o grupo está concentrado para competições.

- Eu acordo cedo naturalmente, então já inicio todos esses trabalhos que faria na quadra. Mesmo que pouco, ganho um tempo a mais para ir trabalhando a bola e fazendo antes as atividades. Para mim são muito importantes os exercícios de fortalecimento por causa das lesões que já tive, para manter uma qualidade física um pouco melhor e não ter dificuldade de me manter no peso. Na parte médica as fisioterapeutas me ajudam muito nesse processo de entendimento do meu corpo, pois sempre passam exercícios novos que vou agregando à rotina - destacou.

Com 79 pontos anotados nas cinco partidas do Sul-Americano (uma média de 15.8 pontos por jogo), Clarissa afirmou que se sente feliz pelo reconhecimento do seu trabalho. Entretanto, ela lembrou que ainda tem muito a evoluir no basquetebol.

Brasil sul-americano basquete feminino (Foto: Divulgação/Fiba-Américas)
Seleção feminina conquistou o título 
de forma invicta (Foto: Divulgação/
Fiba-Américas)

- Sei que preciso melhorar muito ainda, e venho me dedicando todos os dias para alcançar o meu máximo. Penso que já que escolhi ser jogadora de basquete, então tenho que tentar ser a melhor. É preciso estar pronto todos os dias, pois quando a dificuldade chegar você saberá como encarar - frisou.

A seleção feminina do Brasil embarca, nesta terça-feira, para a Europa, onde irá disputar os Torneios Internacionais em Istambul, na Turquia, de 22 a 24 de agosto, e em Limoges, na França, de 26 a 30. Os amistosos servem de preparação para a Copa do Mundo da Turquia, de 27 de setembro a 5 de outubro.  


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/basquete/noticia/2014/08/destaque-do-sul-americano-clarissa-ressalta-dificuldade-de-jogar-na-altitude.html

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