sábado, 26 de julho de 2014

Vitória desencanta, marca três sobre o Criciúma fora de casa e deixa o Z-4



Com um gol em cada tempo, Caio mostra oportunismo, e Ayrton completa o 3 a 1 para os baianos, que igualam a pontuação do Tigre no Brasileirão


 A CRÔNICA

por João Lucas Cardoso


O Vitória surpreendeu o Criciúma ao fazer prevalecer a proposta de jogo que levou para o Heriberto Hülse, de marcação forte para jogar no erro rival. E o Rubro-Negro, que tem poucos gols marcados, fez da sua segunda vitória no Campeonato Brasileiro a de maior vantagem. Com dois de Caio e um de Ayrton, os baianos venceram por 3 a 1 e se igualaram ao Tigre na tabela de classificação, com os mesmos 11 pontos (contabilizados os três perdidos pelos catarinenses no STJD). Uma noite para esquecer por parte de quem vestiu tricolor.

Disposto a marcar e a explorar uma falha do adversário, o Vitória foi eficiente em sua estratégia. Resolveu o jogo cedo e manteve a escrita de somar mais pontos fora do que em casa. Com 18 minutos passou à frente no placar e fortaleceu a marcação. O susto descontrolou o Criciúma, que viu seus jogadores receberem quatro cartões em quatro minutos, sendo o último deles o vermelho para Escudero. Com a defesa reforçada por mais um zagueiro, os baianos passaram o segundo tempo tocando bola até chegar ao segundo, novamente com Caio, e ainda fizeram mais um com Ayrton antes de o Tigre deixar o seu de honra, marcado por Serginho.



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Resultado importante para o time rubro-negro, que saiu da zona de rebaixamento e foi aos 11 pontos, os mesmos do Criciúma, contabilizado os três perdidos no STJD. O Tigre joga a próxima rodada novamente no sábado, mas fora de casa. A equipe catarinense enfrenta o São Paulo, no Morumbi. O Vitória tenta melhorar o aproveitamento em casa, no Barradão, e se afastar do Z-4 diante do Grêmio, também no sábado.

Caio comemora gol do Vitória contra o Criciúma (Foto: Fernando Ribeiro / Futura Press)
Caio comemora gol do Vitória contra o 
Criciúma (Foto: Fernando Ribeiro 
/ Futura Press)
 
Vai melhor fora mesmo
As propostas de jogo apresentadas pelos times no Campeonato Brasileiro até agora foram as mesmas quando a bola começou a rolar. O Criciúma tentava a máxima compactação na defesa para jogar em velocidade, principalmente com Eduardo, na lateral direita. O Vitória priorizava a marcação, mas eventualmente a fazia a partir do campo de ataque. Cenário nítido de que jogariam em falhas do adversário. Aos 18, Euller deu início à jogada que terminou em gol de Caio. A vantagem parcial fez o time baiano se fechar mais.


Por isso, a melhor chance dos mandantes na etapa foi numa descida surpresa do volante Serginho, que deixou de resguardar os zagueiros para possibilitar a jogada. Mas o Vitória tinha Wilson, que evitou dois arremates à queima-roupa de forma seguida. O goleiro aumentou a angústia dos tricolores, que ainda no primeiro tempo tiveram que queimar duas alterações. O centroavante Michael saiu de campo lesionado, e Danilo Alves entrou em seu lugar. A estreia dele durou 26 minutos, porque cedeu espaço para que o Criciúma pudesse recompor a defesa com Ronaldo Alves, uma vez que o zagueiro Escudero foi expulso por reclamação. Em pouco tempo, o Vitória fez o jogo à sua feição.

Só na vontade
Mesmo com um a menos, o time da casa tentou transpor na vontade a defesa rubro-negra, reforçada pelo terceiro zagueiro, Luiz Gustavo, na vaga do meia Marcelo. Naturalmente, pelo fator numérico, as melhores chances do Tigre não passaram de bolas paradas, também principal trunfo da equipe na competição. No entanto, parou em Wilson, em sua segunda boa atuação seguida no Brasileirão, ou em lances bem anulados pela arbitragem. Ainda assim, o Vitória não abdicou da proposta de tentar marcar em falhas do rival.

A segunda, igualmente fatal, ocorreu aos 21 da etapa final. Após escanteio, a bola ficou na pequena área do Criciúma, e Caio, novamente no oportunismo, empurrou para o fundo das redes. O veterano Paulo Baier, muito acionado, não suportou e deu lugar a Lucca. Com o time devastado pela expulsão, o jogador pouco apareceu. Com o jogo resolvido, o Vitória não teve piedade. De falta, Ayrton mandou bala no gol, Luiz aceitou, e o placar só não foi sacramentado porque Serginho marcou o de honra para o Carvoeiro no fim. A derrota por 3 a 1 coloca em xeque a força do Tigre em sua casa e reforça o aproveitamento melhor dos baianos quando jogam como visitantes.




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