quinta-feira, 17 de julho de 2014

Ney Franco pede equilíbrio para reagir mas admite: "Chegamos lá no fundo"

Técnico reconhece que o momento é de sofrer cobranças, mas ressalta confiança em reação contra o Internacional, em Porto Alegre


Por Macaé, RJ

A derrota por 2 a 1 para o Atlético-PR, nesta quarta-feira, determinou a queda do Flamengo para a lanterna do Campeonato Brasileiro. Depois do jogo, disputado em Macaé, o técnico Ney Franco demonstrou toda a sua preocupação com a situação vivida pelo time no momento. Imediatamente no vestiário, procurou levantar o astral dos jogadores e destacar pontos positivos, recusando-se a aceitar a avaliação de um trabalho de 30 dias em apenas um confronto.

Com apenas sete pontos na tabela, o Flamengo foi ultrapassado pelo Figueirense nessa rodada. Na próxima, o time vai enfrentar o Internacional, no Beira-Rio. Ney Franco espera que o time saia do fundo do poço já no próximo compromisso.

- Existe o desgaste e o peso da cobrança, mas é o momento de termos equilíbrio. É o momento de termos persistência e fazer os ajustes. Tomara que contra o Inter a gente comece a reverter a situação. Nós chegamos lá no fundo. Agora é hora de firmar o pé e tentar reverter a situação.


Ney Franco, técnico do Flamengo, orienta Alecsandro (Foto: Reprodução/Premiere FC)
Ney Franco, técnico do Flamengo, 
orienta Alecsandro durante derrota 
em Macaé (Foto: Reprodução/
Premiere FC)

Para esse jogo contra o Internacional, Ney Franco já não contará com o zagueiro Samir, que sofreu uma lesão na coxa esquerda. Já o atacante Paulinho será reavaliado para saber a gravidade da pancada que levou no tornozelo direito.

A expectativa é de que o treinador possa contar com o argentino Canteros, à espera da regularização para fazer a sua estreia pelo Flamengo. Nesta quinta-feira, o clube deve anunciar oficialmente a contratação do atacante Eduardo da Silva, que defendeu a Croácia na Copa do Mundo.


Confira na íntegra a entrevista concedida por Ney:


ANÁLISE
- Acho que no jogo em si, atuamos no segundo tempo em um nível que a gente quer. O primeiro tempo não foi bom. Principalmente, nos 25 minutos iniciais, quando levamos o gol. Depois, trabalhamos em cima do Atlético-PR, criamos, mas a bola não entrou. Cabe manter essa forma de trabalhar. No vestiário, já conversamos com os jogadores. Nos encontramos em uma situação delicada e esperamos apresentar algo melhor contra o Internacional. Normalmente, conversamos no dia seguinte, mas já tentamos antecipar isso.

ERROS

- A gente pagou principalmente pelos primeiros 20 minutos. Tomamos o primeiro gol e a equipe deu uma desestruturada. Mudamos o posicionamento com a entrada do Mugni e o jogo ficou mais disputado. Criamos chances no segundo tempo, mas nossa bola não entrou. vamos dar continuidade para que possamos apresentar um futebol melhor.

ALECSANDRO ISOLADO

- Não tivemos força ofensiva no primeiro tempo. No segundo, o ataque ficou mais abastecido. Criamos chances. Em uma delas o goleiro fez uma grande defesa e a outra foi na trave.

SUBSTITUIÇÕES POR LESÃO
- Prejudicou em perder o jogador por lesão. A entrada do Nixon já seria no lugar de um zagueiro e coincidentemente o Samir se machucou naquele momento. Na do Paulinho, sim, perdemos nossa velocidade, mas adiantamos o Everton e colocamos um jogador para cadenciar o jogo no meio, conseguindo mais força no ataque.

DESFALQUES
- Não perdemos o Samir apenas contra o Internacional. Por ter sido muscular, acredito que ficará fora um tempo. Vamos ter rever esse posicionamento do time. Quanto ao Paulinho foi uma pancada, vamos ver como vai estar.


TRABALHO NA PARADA
- Logicamente, a expectativa era de vitória. Sai todo mundo frustrado. Dentro do trabalho, a gente tinha essa possibilidade de mudar nossa situação, mas com um mando de campo nosso deixamos três pontos para trás. A parada foi benéfica, mas não pode avaliar em cima de um resultado negativo. Não pode avaliar um trabalho pelo resultado de um jogo apenas. Vamos esperar o próximo jogo para ver uma evolução.

O QUE  MUDOU?
- A gente finalizou antes da parada com o time sofrendo muito no fim dos jogos, levando pressão. Aqui, contra o Bahia, se tivesse mais algumas minutos, a gente poderia ter perdido o jogo. Agora, foi de forma diferente, com a gente em cima, tentando mudar o placar, com uma força maior para finalizar o jogo.

REMÉDIO
- O papel da  comissão é reunir os atletas e mostrar que temos que mudar isso. Jogamos o grupo para cima. A equipe vai sofrer alterações  automaticamente pelas lesões, mas quem está aqui sabe que o Flamengo ou qualquer outro clube grande tem esse tipo de pressão. Não podemos nos conformar com a situação em que estamos.

FELIPE
- O Felipe atuou bem, no nível dos outros jogadores. Temos um elenco forte em condições de estar em uma situação melhor no Brasileiro. Precisamos resgatar esse elenco.


SAÍDA DE ELANO
- Elano foi direto para o vestiário, mas saiu numa boa, acenou para o banco no momento em que deixou o banco. Achei que deveria colocar mais um jogador pelo centro, mais descansado, e ele havia levado um cartão jogando como volante. Não tem problema.

SEQUÊNCIA NEGATIVA
- Preocupa muito. É difícil explicar uma sequência negativa como essa. Algo inédito para mim, mas tenho que saber passar tranquilidade para os jogadores.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2014/07/ney-franco-pede-equilibrio-para-reagir-mas-admite-chegamos-la-no-fundo.html

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