quinta-feira, 17 de julho de 2014

Lopes aprova luta do Criciúma, mas alerta para falta de atenção no fim

Os dois gols do Fluminense no finalzinho da vitória de 3 a 2 do Tigre não tira a satisfação do treinador pelo resultado positivo na volta do Campeonato Brasileiro


Por Criciúma, SC

Motivos para comemorar não faltam. Pela primeira vez no Campeonato Brasileiro o Criciúma marcou mais de um gol numa única partida e ainda bateu um adversário que tem como candidato ao título. O triunfo, para o técnico Wagner Lopes, é mérito da coletividade do Tigre - ainda que Paulo Baier tenha "resolvido" boa parte da partida. Porém, os dois gols do Fluminense no final da preocuparam a torcida no Heriberto Hülse tanto quanto o treinador. Porém, em sua análise em entrevista coletiva após o jogo, nada que tire mérito de mais três pontos na tabela.

- Acho que tem que ressaltar o espírito de luta dos jogadores. Conseguimos fazer três gols, criar várias oportunidades e tem que fortalecer isso. Claro que quando você está ganhando de 3 a 0 é muito melhor, e tivemos dois lances de falta de concentração e vamos corrigir para que não haja mais. Enquanto juiz não apitar, tem que manter equilíbrio e estar concentrado. Desconcentramos, tomamos os gols e, mais importante, vencemos  Não vencemos apenas um time grade, mas uma equipe que tem possibilidade de ser candidata ao título, muito bom, com técnica, velocidade e variações, uma equipe difícil de marcar, com peças que se movimentam muito. Mas fico com a luta e a entrega dos nossos jogadores. Deu orgulho. A torcida apoiou o tempo todo. Num campeonato difícil, o importante é vencer.

Preparação para a partida
Neutralizamos jogadas e tivemos falhas na marcação. Mostramos e repetimos que não podíamos dar as costas um segundo. Eles fizeram as jogadas e o combinado era em que encurtássemos a marcação. Às vezes se perde um pouco de concentração e ocorre o lance. Mas nosso trunfo foi de um brigar pelo outro, com todos correndo e ajudando, isso nos deixa satisfeitos. Foi uma grande vitória e com muita propriedade.

Wagner Lopes técnico Criciúma (Foto: Fernando Ribeiro / Criciúma EC)
Wagner Lopes não esconde apreensão 
com o andamento do jogo no fim, mas 
gosta do Tigre em campo
(Foto: Fernando Ribeiro / 
Criciúma EC)

Estreante Rafael Costa
Acho que ele foi bem. Esforçou-se  muito, taticamente fez o que o treinador pedir. Pelo esforço, no final não conseguia mais. Foi uma estreia difícil e contra um adversário difícil, está de parabéns.

Dois gols sofridos e pressão
Ninguém quer passar susto, mas faz parte do jogo. Tinha do outro lado um grande time. Vamos corrigir os erros para vencer com mais tranquilidade. Mas o mais importante é vencer. Ganhar de um gigante tem sabor especial. Tem que valorizar a vitória e o espírito de luta de jogadores que foram sensacionais.


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Entendo que no calor do jogo é natural torcida gritar “olé”, talvez isso tenha desconcentrado a gente, nos deixado nervosos por vitória larga. Mas o time tem humildade, e um se doa pelo outro. Na hora fica assim porque se quer ganhar. A cobrança interna é grande, e tem que aceitar quando cobrado. Não se pode entrar na onda e perder a concentração. Vamos conversar internamente para resolver isso.

Baierdependência
Ele dita o ritmo. Fico feliz com a performance do Paulo. Mas não é só ele, mas com lutando pelo outro. Assim o conjunto está ficando muito forte e unido. O departamento de marketing fez uma arte muito bonita com a frase “Nenhum de nós é tão forte quanto nós todos juntos”, que está no nosso vestiário. Juntos, somos forte. Podemos até perder, mas vamos vender caro a derrota. União tem que fazer a diferença. Queria que tivéssemos 11 Paulos, 11 guerreiros em campo, com um cobrando do outro e orientando. Ele  tem experiência, corta caminho no campo e tem um físico privilegiado pela idade. Tem que valorizar ele e servir de exemplo aos jovens para que o sigam.

Primeiro jogo com mais de um gol
Acho que nesta parada conseguimos treinar bem, fizemos três semanas aqui (em Criciúma) e uma fora. Conseguimos fazer ajustes físicos que queríamos. Conseguimos sair e tivemos uma boa convivência, muita conversa e tempo bom para ajustar algumas coisas. Fizemos a dinâmica de grupo que queríamos. Hoje mostramos que realmente foi produtivo o período fora. Criamos várias oportunidades na partida. O espírito de luta e vontade não deixou dúvidas de que foi bom.

Cartões amarelos Eduardo e Escudero - suspensos
Ao próximo jogo a preparação é a partir de agora. Agora, os jogadores estão no gelo se recuperando o mais rápido o possível. Ninguém quer ficar de fora, porque quando sai dá a chance de companheiro entrar e fazer bom jogo. A maneira que tomamos o cartão tem que ser avaliada. A gente explica que não pode ficar de reclamação e empurra-empurra. Com certeza vou começar a queimar a cabeça hoje, assistindo o vídeo do nosso jogo para trabalharmos nos erros e acertos.

Luiz
Ele passa tranquilidade, e temos bons jogadores para a posição. Mas a postura e maneira dele se comunicar nos ajudou muito. 

Dois atacantes de lado e Zé Carlos no futuro
Hoje jogamos no 4-2-3-1, e a ideia do atacante referência é que ele se movimente bastante e segure zagueiro. Com a bola, vai ele brigar para acionar os meias e as beiradas, e a recomposição é importante. Com o Zé estando bem fisicamente e em forma pode girar e finalizar. Para ter um rendimento bom tem que estar voando e bem. Ele tem buscado isso e espera que a documentação fique pronta. Euquanto isso, ele se esforça para estar em forma.  

Apagão como o da Seleção
Não gosto desta história. Prefiro assumir a responsabilidade por erros. Temos homens altos e não se pode deixa cruzar na área, tenho que cobrar isso. Não vou apontar com o dedo. Não é quando ganha tudo certo e perde está tudo errado. Acho que foi falta concentração, como contra Botafogo e ocorreu com o Brasil. Mas o treinador tem que assumir o erro para que isso não ocorra mais. Jogadores não quer errar, mas são seres humanos e vão errar. O mais importante são os três pontos.

Reforços
Temos conversando muito e a qualquer oportunidade estamos atentos.


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