A CRÔNICA
por
Amanda Kestelman
A esperança dividiu espaço com a dor de uma despedida na Arena
Pantanal. A Nigéria venceu em uma Copa do Mundo pela primeira vez desde
1998, dando fim a uma sequência que incluiu dois empates e sete
derrotas. E não foi fácil. Com 1 a 0 sobre a Bósnia, o time chega à
última rodada da fase de grupos com esperança de se classificar às
oitavas de final - algo que também não acontece desde o Mundial na
França. O único gol foi marcado por Odemwingie.
Do lado bósnio, um cartão de visitas frustrante. Em sua primeira participação em Copas do Mundo, os europeus se despedem com uma rodada de antecipação, somando duas derrotas. Em Cuiabá, ainda tiveram um gol mal anulado, de Dzeko. A defesa nigeriana divide com a do México o mérito de não ter sofrido gol neste Mundial.
A decisão do Grupo F será na próxima quarta-feira, às 13h. Para a Nigéria, basta um empate com a Argentina, no Beira-Rio. Se perder, terá de torcer para o Irã não vencer a Bósnia na Fonte Nova, no mesmo horário.
A torcida compareceu em bom número ao jogo (40.499 espectadores), colorindo a Arena Pantanal. Vestindo o amarelo, a maioria brasileira dividia o espaço com bósnios e nigerianos. Também dividiam a preferência. Ora apoiavam os africanos, ora os europeus. Empolgados, fizeram várias olas.
Contra-ataque decide o jogo
O técnico nigeriano Stephen Keshi surpreendeu na escalação. Uma das estrelas do elenco, o atacante Victor Moses, do Liverpool, foi para o banco de reservas, e Michael Babatunde formava o quarteto ofensivo com Odemwingie, Musa e Emenike. Os quatro começaram a partida dando trabalho aos zagueiros bósnios. Mais atrás, o meia Obi Mikel também apoiava o ataque e arriscava de longe. Mas faltava um chute mais preciso. Do lado dos europeus, o atacante Dzeko enfrentava a marcação dura do capitão Yobo.
Os africanos dominavam as ações. Mas, quando parecia que o controle era nigeriano, um lance de insistência de Hajrovic, que brigou pela bola no meio de campo, resultou na resposta da Bósnia. Aos 21 minutos, ele encontrou Misimovic, que logo passou para Dzeko, livre. O atacante bateu na saída do goleiro e balançou a rede na Arena Pantanal. No entanto, o auxiliar viu impedimento e anulou o gol. A posição era legal. A partir daí, os zagueiros da Nigéria tiveram ainda mais trabalho com Edin Dzeko, que aparecia de forma perigosa no ataque.
O jogo estava lá e cá. As chances criadas pelos dois lados empolgavam a torcida - em grande maioria formada por brasileiros - na arquibancada. Sem desanimar, o time da Nigéria foi para cima para tentar se manter vivo no Mundial. Em um contra-ataque, o atacante Emmanuel Eminike encontrou o espaço que precisava. Foi até a linha de fundo, disputou com Spahic e, enquanto os bósnios reclamavam de falta, encontrou Odemwingie na área. O atacante mandou para o fundo da rede: 1 a 0, aos 29 minutos.
Bósnia arrisca, mas não leva
Atrás no placar, a Bósnia via a eliminação mais perto no segundo tempo. Foi para cima nos primeiros minutos. Omeruo e Yobo tratavam de evitar que a bola chegasse nos pés do atacante Dzeko. Naquele momento, o relógio não ajudava os europeus. O técnico Susic então jogou o time para frente. Tirou o meia Hajrovic e colocou mais um atacante, Ibisevic. A busca pelo gol, no entanto, cedia espaços para os nigerianos, que desperdiçaram bons contra-ataques.
Cada lance afastado pela defesa nigeriana resultava em uma resposta perigosa de seu ataque. Emenike permanecia na frente, enquanto seu time voltava para defender. Mesmo apostando nos cruzamentos na área, ficava cada vez mais difícil para a Bósnia encontrar espaço. O cansaço também não ajudava os europeus, que ainda viram o time da Nigéria amarrando o jogo para garantir os três pontos.
Ainda assim, Dzeko teve duas boas chances no fim da partida. Na primeira, subiu mais do que a marcação após cobrança de escanteio e cabeceou nas mãos do goleiro. Já nos acréscimos, chutou forte e viu Enyeama espalmar a bola na trave.
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Do lado bósnio, um cartão de visitas frustrante. Em sua primeira participação em Copas do Mundo, os europeus se despedem com uma rodada de antecipação, somando duas derrotas. Em Cuiabá, ainda tiveram um gol mal anulado, de Dzeko. A defesa nigeriana divide com a do México o mérito de não ter sofrido gol neste Mundial.
A decisão do Grupo F será na próxima quarta-feira, às 13h. Para a Nigéria, basta um empate com a Argentina, no Beira-Rio. Se perder, terá de torcer para o Irã não vencer a Bósnia na Fonte Nova, no mesmo horário.
A torcida compareceu em bom número ao jogo (40.499 espectadores), colorindo a Arena Pantanal. Vestindo o amarelo, a maioria brasileira dividia o espaço com bósnios e nigerianos. Também dividiam a preferência. Ora apoiavam os africanos, ora os europeus. Empolgados, fizeram várias olas.
Odemwingie comemora o gol que mantém vivas
as chances nigerianas na Copa (Foto: Reuters)
O técnico nigeriano Stephen Keshi surpreendeu na escalação. Uma das estrelas do elenco, o atacante Victor Moses, do Liverpool, foi para o banco de reservas, e Michael Babatunde formava o quarteto ofensivo com Odemwingie, Musa e Emenike. Os quatro começaram a partida dando trabalho aos zagueiros bósnios. Mais atrás, o meia Obi Mikel também apoiava o ataque e arriscava de longe. Mas faltava um chute mais preciso. Do lado dos europeus, o atacante Dzeko enfrentava a marcação dura do capitão Yobo.
Os africanos dominavam as ações. Mas, quando parecia que o controle era nigeriano, um lance de insistência de Hajrovic, que brigou pela bola no meio de campo, resultou na resposta da Bósnia. Aos 21 minutos, ele encontrou Misimovic, que logo passou para Dzeko, livre. O atacante bateu na saída do goleiro e balançou a rede na Arena Pantanal. No entanto, o auxiliar viu impedimento e anulou o gol. A posição era legal. A partir daí, os zagueiros da Nigéria tiveram ainda mais trabalho com Edin Dzeko, que aparecia de forma perigosa no ataque.
O jogo estava lá e cá. As chances criadas pelos dois lados empolgavam a torcida - em grande maioria formada por brasileiros - na arquibancada. Sem desanimar, o time da Nigéria foi para cima para tentar se manter vivo no Mundial. Em um contra-ataque, o atacante Emmanuel Eminike encontrou o espaço que precisava. Foi até a linha de fundo, disputou com Spahic e, enquanto os bósnios reclamavam de falta, encontrou Odemwingie na área. O atacante mandou para o fundo da rede: 1 a 0, aos 29 minutos.
Dzeko teve gol mal anulado: assistente viu
impedimento do atacante (Foto: Reuters)
Atrás no placar, a Bósnia via a eliminação mais perto no segundo tempo. Foi para cima nos primeiros minutos. Omeruo e Yobo tratavam de evitar que a bola chegasse nos pés do atacante Dzeko. Naquele momento, o relógio não ajudava os europeus. O técnico Susic então jogou o time para frente. Tirou o meia Hajrovic e colocou mais um atacante, Ibisevic. A busca pelo gol, no entanto, cedia espaços para os nigerianos, que desperdiçaram bons contra-ataques.
Cada lance afastado pela defesa nigeriana resultava em uma resposta perigosa de seu ataque. Emenike permanecia na frente, enquanto seu time voltava para defender. Mesmo apostando nos cruzamentos na área, ficava cada vez mais difícil para a Bósnia encontrar espaço. O cansaço também não ajudava os europeus, que ainda viram o time da Nigéria amarrando o jogo para garantir os três pontos.
Ainda assim, Dzeko teve duas boas chances no fim da partida. Na primeira, subiu mais do que a marcação após cobrança de escanteio e cabeceou nas mãos do goleiro. Já nos acréscimos, chutou forte e viu Enyeama espalmar a bola na trave.
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