A CRÔNICA
por
Marcelo Russio
O empate em 0 a 0 entre Grécia e Japão nesta quinta-feira, na Arena das
Dunas, deixou as duas seleções em situação difícil no Grupo C da Copa
do Mundo – 39.485 torcedores compareceram ao estádio em Natal. Com
apenas um ponto somado em dois jogos, as equipes veem suas chances de
classificação às oitavas de final divididas nos dois derradeiros jogos
da chave. Os japoneses precisam vencer a Colômbia e torcer para que a
Costa do Marfim não vença a seleção helênica.
Assim, a segunda vaga seria decidida no critério de desempate. Os gregos precisam derrotar os marfinenses e torcer por um empate ou uma vitória dos colombianos diante do time nipônico.
Os resultados desta quinta-feira já asseguraram à Colômbia uma das duas vagas do grupo – mais cedo, no Mané Garrincha, em Brasília, os sul-americanos bateram os africanos por 2 a 1 e, com seis pontos ganhos, têm pelo menos o segundo lugar garantido. A terceira e última rodada acontece na próxima terça-feira, dia 24, às 16h (de Brasília). Colômbia e Japão se enfrentam na Arena Pantanal, em Cuiabá, e Grécia e Costa do Marfim entram em campo na Arena Castelão, em Fortaleza.
Japão domina, Grécia reage com um a menos
O jogo começou com o Japão comandando as ações de ataque e criando a primeira boa jogada com menos de dois minutos. Okubo passou por Cholevas, entrou na área e cruzou para Osako, que chutou em cima da marcação. Os gregos responderam em seguida, aos quatro, quando Mitroglou recebeu na área e chutou prensado com a zaga, facilitando a defesa de Kawashima.
Mais bem organizados taticamente, os japoneses tocavam melhor a bola, principalmente Honda e Okubo, e aos poucos se aproximavam da área adversária. A Grécia, por sua vez, tinha problemas em fazer a ligação entre o meio do campo e o ataque. Tentava carregar a bola em vez de tocá-la em velocidade, facilitando a marcação japonesa, cuja defesa levava a melhor na maioria das disputas.
No primeiro contra-ataque bem executado pela Grécia, aos 10, Kone recebeu em velocidade no meio, avançou e chutou forte de fora da área. Kawashima defendeu sem dificuldade. A seleção helênica não mostrava jogadas ensaiadas, avançava apenas em jogadas individuais, enquanto o Japão mantinha a postura tática e ia em bloco à frente, tocando a bola com rapidez. No entanto, esbarrava na sólida defesa grega na hora de definir as jogadas. Percebendo a dificuldade de penetrar tocando a bola, os japoneses passaram a buscar os chutes de fora da área. Aos 18, Okubo tentou, e Karnezis fez boa defesa.
O mesmo Osako fez bela jogada individual pela esquerda, aos 20, e da
entrada área chutou com categoria. A bola saiu à esquerda do goleiro
grego, levantando a torcida japonesa, que fazia bela festa. Em cobrança
de falta aos 27, Honda obrigou Karnezis a fazer boa defesa. Os japoneses
jogavam melhor, mas não traduziam em gols sua superioridade. Os gregos
jogavam na defesa, fiéis ao seu estilo, e buscando os contra-ataques,
principalmente com Kone, o único jogador que buscava atuar em
velocidade. Aos 32, Okubo cabeceou por cima do gol a bola cruzada por
Nagatomo.
Os japoneses mantinham o domínio das ações ofensivas. Capitão da Grécia, Katsouranis recebeu o segundo cartão amarelo por falta dura em Hasebe, aos 37, e acabou expulso. A partir daí, ao contrário do que se poderia esperar, os gregos passaram a levar perigo ao gol japonês e conseguiram a sua melhor oportunidade. Torosidis completou de fora da área para excelente defesa de Kawashima. Nervosos, os heleênicos reclamavam da arbitragem e pressionavam Joel Aguilar a cada lance faltoso contra sua equipe. Mesmo com a melhora ofensiva dos europeus, a partida foi para o intervalo com os dois zeros no placar.
Praticamente um ataque japonês x defesa grega
O segundo tempo começou com Samaras tentando surpreender o goleiro Kawashima logo na saída de bola, mas o chute do meio do campo acabou indo para fora. O Japão continuava a tocar a bola e buscar o ataque em bloco, e os gregos, nervosios em campo, perdiam muito tempo reclamando com o árbitro. Mesmo o técnico Fernando Santos chegou a levantar-se do banco e correr em direção ao auxiliar por conta de um lateral que achou ter sido apontado erradamente para o adversário.
Enquanto os europeus mantinham a postura defensiva tradicional, o Japão mostrava mais vocação para o ataque, com o time postado para os contra-ataques sempre que roubava a bola. Honda e Okubo se apresentavam imediatamente nas laterais para tentar surpreender os adversários. Aos 11, o técnico Alberto Zaccheroni substituiu o atacante Osako pelo astro Kagawa, arrancando aplausos e gritos da torcida japonesa, que tinha o apoio dos brasileiros. A mudança visava a dar mais poder de conclusão ao time, que pecava exatamente na finalziação das jogadas. Mas foi o adversário que ameaçou o gol dos japoneses, três minutos depois. Após cobrança de escanteio pela direita, Gekas cabeceou para bela defesa de Kawashima.
Apostando na velocidade, o Japão quase abriu o placar. Em contra-ataque
pelo meio, aos 21, Honda lançou Uchida na grande área. O lateral cruzou
de primeira para Okubo, que, no bico da pequena área, chutou por cima.
Com um homem a mais em campo, os nipônicos começavam a dominar o jogo,
diante de uma Grécia desgastada fisicamente. Aos 26, após cruzamento na
área e a perda da bola por Okazaki, Uchida apareceu livre e chutou para
fora, na melhor chance de sua seleção até então. Nos últimos 15 minutos
de jogo, a Grécia se preocupava mais em defender e evitar a derrota,
dando espaço para o Japão avançar em seu campo. Aos 31, de fora da área,
Okubo obrigou Karnezis a fazer uma bela defesa.
Os gregos buscavam ameaçar nas bolas paradas e, aos 35, após escanteio cobrado por Karagounis, Samaras cabeceou para fora da risca da pequena área. O Japão voltou a pressionar, e o clima esquentou em campo. Maniatis e Yoshida trocaram empurrões na linha lateral após uma disputa de bola. Os japoneses sabiam que tinham mais chances de sair com a vitória, pela superioridade numérica, mas não conseguiam furar o bloqueio grego. Aos 39, em jogada pela esquerda da grande área, Nagatomo chutou forte, e a bola bateu na cabeça de Yoshida, de frente para o gol, indo para fora.
A Grécia recuou ainda mais após desperdiçar uma grande chance de gol em chute de Gekas defendido por Kawashima, e o Japão se lançou de vez ao ataque, quase fazendo o gol da vitória aos 44, em bela cobrança de falta de Endo. Karnezis mergulhou e fez linda defesa no canto esquerdo. Os japoneses ainda mantiveram a posse de bola no campo rival, mas a pressão não surtiu efeito. O empate sem gols acabou sendo prejudicial para ambos, e os jogadores deixaram o campo cabisbaixos, cientes de que a classificação depende também do que acontecer no outro jogo da chave.
Assim, a segunda vaga seria decidida no critério de desempate. Os gregos precisam derrotar os marfinenses e torcer por um empate ou uma vitória dos colombianos diante do time nipônico.
Os resultados desta quinta-feira já asseguraram à Colômbia uma das duas vagas do grupo – mais cedo, no Mané Garrincha, em Brasília, os sul-americanos bateram os africanos por 2 a 1 e, com seis pontos ganhos, têm pelo menos o segundo lugar garantido. A terceira e última rodada acontece na próxima terça-feira, dia 24, às 16h (de Brasília). Colômbia e Japão se enfrentam na Arena Pantanal, em Cuiabá, e Grécia e Costa do Marfim entram em campo na Arena Castelão, em Fortaleza.
Japão domina, Grécia reage com um a menos
O jogo começou com o Japão comandando as ações de ataque e criando a primeira boa jogada com menos de dois minutos. Okubo passou por Cholevas, entrou na área e cruzou para Osako, que chutou em cima da marcação. Os gregos responderam em seguida, aos quatro, quando Mitroglou recebeu na área e chutou prensado com a zaga, facilitando a defesa de Kawashima.
Mais bem organizados taticamente, os japoneses tocavam melhor a bola, principalmente Honda e Okubo, e aos poucos se aproximavam da área adversária. A Grécia, por sua vez, tinha problemas em fazer a ligação entre o meio do campo e o ataque. Tentava carregar a bola em vez de tocá-la em velocidade, facilitando a marcação japonesa, cuja defesa levava a melhor na maioria das disputas.
No primeiro contra-ataque bem executado pela Grécia, aos 10, Kone recebeu em velocidade no meio, avançou e chutou forte de fora da área. Kawashima defendeu sem dificuldade. A seleção helênica não mostrava jogadas ensaiadas, avançava apenas em jogadas individuais, enquanto o Japão mantinha a postura tática e ia em bloco à frente, tocando a bola com rapidez. No entanto, esbarrava na sólida defesa grega na hora de definir as jogadas. Percebendo a dificuldade de penetrar tocando a bola, os japoneses passaram a buscar os chutes de fora da área. Aos 18, Okubo tentou, e Karnezis fez boa defesa.
Já tinha amarelo: capitão da Grécia, Katsouranis
é expulso após falta em Hasebe (Foto: Reuters)
Os japoneses mantinham o domínio das ações ofensivas. Capitão da Grécia, Katsouranis recebeu o segundo cartão amarelo por falta dura em Hasebe, aos 37, e acabou expulso. A partir daí, ao contrário do que se poderia esperar, os gregos passaram a levar perigo ao gol japonês e conseguiram a sua melhor oportunidade. Torosidis completou de fora da área para excelente defesa de Kawashima. Nervosos, os heleênicos reclamavam da arbitragem e pressionavam Joel Aguilar a cada lance faltoso contra sua equipe. Mesmo com a melhora ofensiva dos europeus, a partida foi para o intervalo com os dois zeros no placar.
Praticamente um ataque japonês x defesa grega
O segundo tempo começou com Samaras tentando surpreender o goleiro Kawashima logo na saída de bola, mas o chute do meio do campo acabou indo para fora. O Japão continuava a tocar a bola e buscar o ataque em bloco, e os gregos, nervosios em campo, perdiam muito tempo reclamando com o árbitro. Mesmo o técnico Fernando Santos chegou a levantar-se do banco e correr em direção ao auxiliar por conta de um lateral que achou ter sido apontado erradamente para o adversário.
Enquanto os europeus mantinham a postura defensiva tradicional, o Japão mostrava mais vocação para o ataque, com o time postado para os contra-ataques sempre que roubava a bola. Honda e Okubo se apresentavam imediatamente nas laterais para tentar surpreender os adversários. Aos 11, o técnico Alberto Zaccheroni substituiu o atacante Osako pelo astro Kagawa, arrancando aplausos e gritos da torcida japonesa, que tinha o apoio dos brasileiros. A mudança visava a dar mais poder de conclusão ao time, que pecava exatamente na finalziação das jogadas. Mas foi o adversário que ameaçou o gol dos japoneses, três minutos depois. Após cobrança de escanteio pela direita, Gekas cabeceou para bela defesa de Kawashima.
Okubo lamenta um dos gols perdidos pelo Japão
contra a Grécia (Foto: EFE)
Os gregos buscavam ameaçar nas bolas paradas e, aos 35, após escanteio cobrado por Karagounis, Samaras cabeceou para fora da risca da pequena área. O Japão voltou a pressionar, e o clima esquentou em campo. Maniatis e Yoshida trocaram empurrões na linha lateral após uma disputa de bola. Os japoneses sabiam que tinham mais chances de sair com a vitória, pela superioridade numérica, mas não conseguiam furar o bloqueio grego. Aos 39, em jogada pela esquerda da grande área, Nagatomo chutou forte, e a bola bateu na cabeça de Yoshida, de frente para o gol, indo para fora.
A Grécia recuou ainda mais após desperdiçar uma grande chance de gol em chute de Gekas defendido por Kawashima, e o Japão se lançou de vez ao ataque, quase fazendo o gol da vitória aos 44, em bela cobrança de falta de Endo. Karnezis mergulhou e fez linda defesa no canto esquerdo. Os japoneses ainda mantiveram a posse de bola no campo rival, mas a pressão não surtiu efeito. O empate sem gols acabou sendo prejudicial para ambos, e os jogadores deixaram o campo cabisbaixos, cientes de que a classificação depende também do que acontecer no outro jogo da chave.
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