A CRÔNICA
por
Fabrício Marques
Eles fizeram de novo. Assim como há cinco dias, no Mineirão, os
colombianos invadiram o Mané Garrincha. Um desavisado poderia achar que a
partida contra a Costa do Marfim estava sendo disputada no Estádio
Metropolitano de Barranquilla – casa da Colômbia nas eliminatórias para a
Copa do Mundo. E se fora de campo a torcida fez a sua parte, dentro
dele os cafeteros corresponderam à altura: vitória por 2 a 1 e um passo
enorme rumo à classificação.
Os gols da vitória colombiana saíram no segundo tempo, com James Rodríguez, de cabeça, e Juan Quintero, em vacilo da defesa dos Elefantes. O time africano descontou com Gervinho e pressionou bastante pelo empate nos minutos finais, mas não foi capaz de estragar a festa cafetera nas arquibancadas – reforçada até pela presença do presidente Juan Manuel Santos, reeleito no último domingo. Nem mesmo a entrada de Drogba deu resultado desta vez. Curiosamente, os africanos sofreram os gols com a estrela em campo, contrastando com a virada sobre os japoneses na estreia.
Com o resultado, os cafeteros ficaram mais próximos das oitavas de
final, e a vaga pode vir ainda nesta quinta, caso o Japão não supere a
Grécia na Arena das Dunas, em Natal, em jogo que começa às 19h. Um
tropeço nipônico também é favorável aos marfinenses, que jogariam por
uma vitória para avançar – a terceira e última rodada da fase de grupos
acontece na próxima terça-feira, dia 24, às 17h (de Brasília). Gregos e
marfinenses se enfrenta na Arena Castelão, em Fortaleza, e japoneses e
colombianos entram em campo na Arena Pantanal, em Cuiabá.
Muita movimentação, mas nada de gols
Logo no aquecimento dos times, a torcida cafetera deu uma mostra do que estava por vir. Os gritos de "Colômbia" ecoaram forte no momento da entrada dos jogadores, enquanto os marfinenses foram recebidos por uma sonora vaia. A "onda amarela" rapidamente contagiou grande parte dos brasileiros que estavam no estádio – muitos com camisas amarelas da Seleção –, e o domínio colombiano nas arquibancadas ficou ainda maior. Quando o jogo começou, o trio James Rodríguez, Cuadrado e Teo Gutiérrez tratou de incendiar ainda mais a torcida. Aberto pelo lado direito, o camisa 11 de cabelo invocado foi o responsável pelas melhores chegadas dos "donos da casa", sempre buscando o centroavante substituto de Falcao.
Em 15 minutos, os dois já tinham criado três boas chances. Em uma delas, Gutiérrez finalizou com perigo à esquerda da meta de Boubacar Barry. Pouco depois, o camisa 9 perdeu a melhor oportunidade de gol do primeiro tempo: Cuadrado puxou contra-ataque e lançou na esquerda para James Rodrígues, que passou a Teo, mas o atacante, sozinho na área, acabou finalizando mal. Apesar do erro, o jogador recebeu o apoio da torcida, que cantou seu nome logo na sequência.
O susto pareceu acordar o time da Costa do Marfim. Ainda sem Didier
Drogba, que ficou mais uma vez no banco por opção do técnico Sabri
Lamouchi, os Elefantes tentaram explorar no início, sem muito sucesso,
as velocidades de Gervinho e Max Gradel (que começou o jogo no lugar de
Kalou, única mudança em relação à vitória sobre o Japão). No entanto, na
segunda metade do primeiro tempo, o time passou a tocar mais a bola e
buscar sua principal estrela, Yaya Touré, no meio-campo.
Sob comando do jogador do Manchester City, os africanos chegaram bem ao ataque e levaram perigo em chutes de Aurier e Gradel, esfriando um pouco a torcida colombiana nas arquibancadas. Pouco antes do intervalo, o zagueiro Mario Yepes, sentado no chão, fez ótima jogada ao roubar a bola de Gradel, trazendo os torcedores de volta para o jogo. Mas a Colômbia não conseguiu retomar o bom momento do início da partida, e o primeiro tempo terminou mesmo sem gols.
Colômbia abre vantagem, sofre pressão, mas vence
O segundo tempo começou equilibrado e movimentado. As duas equipes se lançavam ao ataque e deixavam espaços na defesa. Em uma boa descida colombiana, Cuadrado, sempre ele, fez boa jogada pela direita e cruzou rasteiro, mas James Rodríguez não conseguiu escorar para o gol. A resposta dos Elefantes veio com Yaya Touré, em cobrança de falta, e Bony, em tentativa de bicicleta dentro da área. Mas foi a seleção cafetera que esteve mais perto de marcar: Cuadrado mais uma vez recebeu na direita, limpou a marcação e bateu firme. O goleiro espalmou, e a bola carimbou o travessão.
Aos 12 minutos, a torcida brasileira, que no início apoiava a Colômbia, começou a gritar o nome de Drogba. Apelo atendido dois minutos depois por Sabri Lamouchi, mas o que o técnico dos Elefantes não esperava era ver seu time sofrer um gol logo na sequência. Aos 18, James Rodrígues se apresentou para cobrar escanteio para a Colômbia, mas preferiu deixar Cuadrado na bola e foi para a área. Sábia decisão. A bola foi na cabeça do camisa 10, que ganhou de Drogba e Zokora no alto e testou para a rede: 1 a 0.
A Costa do Marfim se lançou imediatamente ao ataque, apostando na
presença de Drogba na frente. Mas os Elefantes acabaram sofrendo o
segundo gol pouco depois. Serey Die bobeou e perdeu dividia para Teo,
James Rodríguez pegou a sobra e passou para Juan Quintero, que havia
entrado no início do segundo tempo, marcar o segundo. Delírio dos
colombianos no Mané Garrincha. O time africano não se deixou abater com o
segundo gol e respondeu três minutos depois: Gervinho fez ótima jogada
individual pela esquerda, invadiu a área e fuzilou o goleiro Ospina.
Os colombianos poderiam ter matado o entusiasmo dos marfinenses aos 43, quando Quintero viu Barry adiantado e mandou de longe, mas o goleiro se recuperou e evitou o que seria um golaço. Daí para a frente, foi pressão total dos africanos, com direito a Ospina saindo do gol para salvar aos pés de Drogba já nos acréscimos, mas com o apoio da torcida a Colômbia conseguiu segurar a vitória: 2 a 1.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogo/copa-do-mundo-2014/19-06-2014/colombia-costa-do-marfim.html
Os gols da vitória colombiana saíram no segundo tempo, com James Rodríguez, de cabeça, e Juan Quintero, em vacilo da defesa dos Elefantes. O time africano descontou com Gervinho e pressionou bastante pelo empate nos minutos finais, mas não foi capaz de estragar a festa cafetera nas arquibancadas – reforçada até pela presença do presidente Juan Manuel Santos, reeleito no último domingo. Nem mesmo a entrada de Drogba deu resultado desta vez. Curiosamente, os africanos sofreram os gols com a estrela em campo, contrastando com a virada sobre os japoneses na estreia.
Tem gol da Colômbia, tem dancinha no gramado.
Cafeteros fazem a festa da e com a torcida
(Foto: AP)
Muita movimentação, mas nada de gols
Logo no aquecimento dos times, a torcida cafetera deu uma mostra do que estava por vir. Os gritos de "Colômbia" ecoaram forte no momento da entrada dos jogadores, enquanto os marfinenses foram recebidos por uma sonora vaia. A "onda amarela" rapidamente contagiou grande parte dos brasileiros que estavam no estádio – muitos com camisas amarelas da Seleção –, e o domínio colombiano nas arquibancadas ficou ainda maior. Quando o jogo começou, o trio James Rodríguez, Cuadrado e Teo Gutiérrez tratou de incendiar ainda mais a torcida. Aberto pelo lado direito, o camisa 11 de cabelo invocado foi o responsável pelas melhores chegadas dos "donos da casa", sempre buscando o centroavante substituto de Falcao.
Em 15 minutos, os dois já tinham criado três boas chances. Em uma delas, Gutiérrez finalizou com perigo à esquerda da meta de Boubacar Barry. Pouco depois, o camisa 9 perdeu a melhor oportunidade de gol do primeiro tempo: Cuadrado puxou contra-ataque e lançou na esquerda para James Rodrígues, que passou a Teo, mas o atacante, sozinho na área, acabou finalizando mal. Apesar do erro, o jogador recebeu o apoio da torcida, que cantou seu nome logo na sequência.
Cuadrado tenta se livrar de Boka, Cheick Tiote
e Serey Die. Colombiano teve grande atuação
(Foto: AFP)
Sob comando do jogador do Manchester City, os africanos chegaram bem ao ataque e levaram perigo em chutes de Aurier e Gradel, esfriando um pouco a torcida colombiana nas arquibancadas. Pouco antes do intervalo, o zagueiro Mario Yepes, sentado no chão, fez ótima jogada ao roubar a bola de Gradel, trazendo os torcedores de volta para o jogo. Mas a Colômbia não conseguiu retomar o bom momento do início da partida, e o primeiro tempo terminou mesmo sem gols.
Colômbia abre vantagem, sofre pressão, mas vence
O segundo tempo começou equilibrado e movimentado. As duas equipes se lançavam ao ataque e deixavam espaços na defesa. Em uma boa descida colombiana, Cuadrado, sempre ele, fez boa jogada pela direita e cruzou rasteiro, mas James Rodríguez não conseguiu escorar para o gol. A resposta dos Elefantes veio com Yaya Touré, em cobrança de falta, e Bony, em tentativa de bicicleta dentro da área. Mas foi a seleção cafetera que esteve mais perto de marcar: Cuadrado mais uma vez recebeu na direita, limpou a marcação e bateu firme. O goleiro espalmou, e a bola carimbou o travessão.
Aos 12 minutos, a torcida brasileira, que no início apoiava a Colômbia, começou a gritar o nome de Drogba. Apelo atendido dois minutos depois por Sabri Lamouchi, mas o que o técnico dos Elefantes não esperava era ver seu time sofrer um gol logo na sequência. Aos 18, James Rodrígues se apresentou para cobrar escanteio para a Colômbia, mas preferiu deixar Cuadrado na bola e foi para a área. Sábia decisão. A bola foi na cabeça do camisa 10, que ganhou de Drogba e Zokora no alto e testou para a rede: 1 a 0.
Presidente reeleito da Colômbia, Juan Manuel
Santos assiste à partida ao lado da esposa,
Maria Clemência,em um dos camarotes do
Mané Garrincha. Reforço na torcida da
seleção cafetera (Foto: Agência Reuters)
Os colombianos poderiam ter matado o entusiasmo dos marfinenses aos 43, quando Quintero viu Barry adiantado e mandou de longe, mas o goleiro se recuperou e evitou o que seria um golaço. Daí para a frente, foi pressão total dos africanos, com direito a Ospina saindo do gol para salvar aos pés de Drogba já nos acréscimos, mas com o apoio da torcida a Colômbia conseguiu segurar a vitória: 2 a 1.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogo/copa-do-mundo-2014/19-06-2014/colombia-costa-do-marfim.html
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