Com Drogba e Yaya Touré em campo, africanos começam caminhada em busca da primeira classificação à segunda fase. Japão aposta na maturidade para surpreender
Passar da primeira fase é o objetivo principal de Japão e Costa do Marfim nesta Copa do Mundo. Exatamente a mesma meta das outras participações - os asiáticos comparecem desde 1998, os africanos desde 2006. A grande diferença: desta vez, não há nenhuma grande potência pelo caminho no equilibrado Grupo C, que ainda conta com Colômbia e Grécia. A ausência de um favorito aumenta a esperança dos adversários da noite deste sábado, às 22h, na Arena Pernambuco.
Em sua terceira participação consecutiva em Copas, a Costa do Marfim se vê em condições de, pela primeira vez, brigar de igual para igual pela inédita classificação. Feito alcançado duas vezes pelo Japão: em 2002 e 2010, quando foi até as oitavas de final. Na África do Sul, há quatro anos, desbancando Dinamarca e Camarões para se classificar ao lado da Holanda.
Elenco da Costa do Marfim faz treino de
reconhecimento na Arena Pernambuco
(Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)
A Costa do Marfim sempre dera azar nos sorteios: em 2006, caiu no mesmo grupo de Argentina e Holanda. Quatro anos depois, encarou Brasil e Portugal. Ainda assim, a seleção de Didier Drogba conseguiu vencer um jogo em cada edição. Sempre o último, contra o adversário mais frágil (Sérvia e Montenegro e Coreia do Norte, respectivamente), quando já não havia mais nenhuma chance de classificação.
Todos os jogadores estão preparados para jogar. Se estão 100%, não posso afirmar.
Sabri Lamouchi
- Todos os jogadores estão preparados para jogar. Se estão 100%, não posso afirmar. Tivemos alguns problemas de saúde, mas todos estão disponíveis. Nossos médicos fizeram um excelente trabalho, e ele (Drogba) se esforçou muito para chegar ao melhor nível. É um grande jogador e sua experiência nos será muito útil. Posso dizer que ele está bem – disse Sabri Lamouchi, na coletiva desta sexta-feira.
Japão também realizou um treino leve
na Arena Pernambuco (Foto: Aldo
Carneiro / Pernambuco Press)
Apesar de não ter nenhuma estrela do quilate de Droga ou Touré, o Japão possui nomes de destaque no futebol europeu, como os meias Honda, do Milan, e Kagawa, do Manchester United. Trata-se de uma seleção cada vez mais amadurecida. Detalhe: 12 jogadores do atual grupo atuam no futebol europeu, o dobro em relação a 2010, quando só foi eliminado nos pênaltis pelo Paraguai. Na noite deste sábado, os japoneses esperam repetir a exibição diante da Itália, na Copa das Confederações do ano passado, na mesma Arena Pernambuco. Um 4 a 3 que, apesar da derrota, foi inesquecível e inspirador.
A Costa do Marfim tem grandes jogadores, e precisamos pará-los.
Nagatomo
Antes de viajar para o Brasil, o Japão fez um jogo amistoso contra a Zâmbia. O placar apertado em 4 a 3, com o gol da vitória marcado nos acréscimos, expôs problemas, principalmente no setor defensivo. A expectativa é que o técnico Alberto Zaccheroni tenha corrigido as falhas para a tão aguardada estreia na Copa do Mundo.
- Claro que começar bem é importante, mas haverá mais dois jogos. Perder na estreia não significa o fim. Um time que não tenha um bom resultado na estreia não está fora. Lembro-me da Espanha, em 2010. Começaram perdendo e foram os campeões – disse Alberto Zaccheroni, lembrando a derrota da Roja para a Suíça, por 1 a 0.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/pe/copa-do-mundo/noticia/2014/06/sem-favoritos-por-perto-japao-e-costa-do-marfim-iniciam-missao.html
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