Após perder o primeiro set, virar o jogo e sofrer empate, time de Bernardinho supera equipe de Zé Roberto no tie-break e garante vaga na decisão contra Sesi ou Osasco
- Estou muito feliz. Foi muito no mérito do Bernardo, que é um treinador que nunca está satisfeito. A gente reclama que ele critica muito, mas sabemos que precisamos disso. Sabemos que oscilamos demais no campeonato. Ficamos até sem ter o que falar em um momento desses, então eu entendo que a Fofão não queira parar, porque é muito gratificante. Alguma coisa muito certa está sendo feita aqui - comemorou a líbero Fabi.
Jogadoras do Rio de Janeiro comemoram
vitória sobre o Campinas (Foto: Celso
Pupo / Agência Estado)
Pelo lado do Rio de Janeiro, Carol fez 16, seguida por Mihajlovic, com 13.
- Fizemos um ótimo primeiro set, nosso saque parou de entrar no segundo e no terceiro, o passe oscilou demais. Voltamos para o jogo no quarto, voltamos a ter lucidez, e no quinto, o time pecou nos momentos decisivos. No final, elas tiveram mais tranquilidade para fechar - disse Zé Roberto.
Na outra semifinal, o Sesi-SP saiu na frente do Osasco com uma vitória por 3 sets a 1 na noite de sexta-feira, em São Paulo. As duas equipes se reencontram no próximo sábado, às 10h, com transmissão ao vivo da TV Globo.
José Roberto Guimarães orienta suas
jogadoras durante a semifinal (Foto:
Pedro de Souza / Vôlei Amil)
o jogo dos apagões
Forçando o saque desde o início e com Natália comandando as ações ofensivas – a ponteiro anotou cinco pontos, todos de ataque -, o time do técnico José Roberto Guimarães passeava em quadra.
Gabi ataca para o Rio (Foto: Pedro de Souza / Vôlei Amil)
O panorama mudou completamente na parcial seguinte, e o troco veio na mesma moeda. Desta vez, o apagão foi paulista. Com um saque mais potente e as atacantes Mihajlovic e Gabi se revezando no bombardeio, o Rio abriu 14 a 7 antes da segunda parada técnica. A recepção do time paulista parou de funcionar e facilitou ainda mais o trabalho do time de Bernardinho. Zé Roberto parou o jogo duas vezes, colocou em quadra Priscila e Jú Nogueira, mas nada adiantou.
Campinas até esboçou uma reação, fez três pontos seguidos e obrigou Bernardinho a parar o jogo. Mas ficou por aí. Comandada pela central Carol, maior pontuadora do segundo set com quatro pontos, as donas da casa fizeram 21 a 15 e empataram a partida: 1 a 1.
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O time paulista começou o terceiro set na frente. Fez dois a zero de cara e deu a impressão de que o fraco desempenho no segundo set tinha sido um acaso. Mas foi só impressão. Numa sequência incrível, o Rio fez 5 a 1 e virou para 7 a 3 antes da primeira parada técnica. Zé Roberto falou, gesticulou e as jogadoras entenderam o recado. Na volta, a diferença rapidamente caiu para dois pontos. Mas a irregularidade parecia mesmo o maior adversário do Campinas. Em outro apagão, principalmente no passe, as donas da casa aproveitaram para abrir 14 a 8 graças ao paredão formado por Carol e Sarah Pavan.
O bloqueio e o
ataque carioca funcionavam, a diferença foi aumentando e chegou a sete
pontos (18 a 11). Mas como o dia parecia ser dos apagões, o passe do Rio
travou na passagem de Tandara pelo saque. Foram três pontos seguidos e
uma reação inesperada. Aí foi a vez de Bernardinho parar o jogo.
O tempo
acertou o time carioca e esfriou a reação paulista. Pelas mãos de
Mihajlovic, o Rio repetiu o placar da parcial anterior (21/15) e virou o
jogo: 2 a 1.
Campinas reage e empata o jogo no
Maracanãzinho (Foto: Pedro de
Souza / Vôlei Amil)
O
quarto set começou nervoso e, consequentemente, com erros dos dois
lados.
O Rio saiu na frente, ameaçou abrir vantagem, mas foi perseguido
de perto. O set foi o mais equilibrado do jogo e seguiu assim até a
segunda parada técnica. Na volta, o Rio fez dois pontos seguidos e abriu
três de frente.
Parecia que a vitória não demoraria muito. Mas o
Campinas reagiu e deixou tudo igual: 16 a 16). A partida ganhou emoção.
No ataque de Tandara, a equipe de Zé Roberto fez 18 a 17 e passou à
frente no set pela primeira vez.
Estrategistas,
Bernardinho mexia de um lado, Zé Roberto, do outro. A diferença foi que o
"branco" dessa vez foi do lado carioca. Principalmente de Mihjlovic,
que parou de virar as bolas. E num dos erros de ataque da sérvia, o time
paulista fez 21 a 18 e levou o jogo para o tie-break.
Paredão do Rio funciona e para ataque do Campinas (Foto: Celso Pupo / Agência Estado)
O
quinto set começou igual. A diferença era apenas Tandara. A oposto do
time de Campinas estava impossível e virava todas as bolas. A sorte do
Rio é que Natália errou duas bolas fáceis seguidas, e Mihajlovic e Sarah
Pavan voltaram a pontuar. Essa combinação de fatores deu ao time da
casa uma vantagem de três pontos.
Bernardinho só não
esperava que suas jogadoras errassem três ataques seguidos e entregassem
de bandeja a liderança. Com um ataque sem força de Natália, a equipe
paulista assumiu a ponta na virada de quadra. Na sequência, um toque na
rede e mais um ponto de Campinas.
Mas o Rio não
queria perder a chance de fechar a série e deixou tudo igual em um
ataque de Juciely e um bloqueio duplo de Sarah Pavan e Carol. Em dois
erros de ataque de Natália e Kristen e mais um bloqueio de Carol, as
donas da casas reassumiram a diferença e fizeram 14 a 10. Numa reação
espetacular, Campinas salvou quatro match points e empatou, mas num
ataque de Mihajlovic e um erro de passe da equipe paulista, o Rio
confirmou a vitória e a vaga em mais uma final de Superliga.
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