Emprestado pelo Corinthians, atacante é apresentado no Engenhão, diz que proposta do Bota foi tentadora e apresenta credenciais: "Título é o que marca minha a carreira"
Após um ano guardada, a camisa 7 alvinegra eternizada por Garrincha tem um novo dono: Emerson
Sheik. Reforço do Botafogo para a disputa do Campeonato Brasileiro, o
atacante chega ao clube emprestado pelo Corinthians até o fim do ano e,
nas palavras, bastante motivado. Ele explicou que escolheu o clube que
lhe apresentou uma proposta tentadora e que visa título no segundo
semestre de 2014. Confiante, o jogador se ampara no currículo vitorioso,
com conquistas recente de dois Campeonatos Brasileiros, uma
Libertadores e um Mundial de Clubes, para se apresentar e se credenciar
aos torcedores.
Emerson Sheik vai usar a camisa 7, que
teve o último dono Bruno Mendes em
2013 (Foto: Satiro Sodre / SSPress)
-
Quando decidi sair do Corinthians, apareceram algumas equipes para me
contratar, e uma delas foi o Botafogo. O projeto e a proposta bem
tentadoras.
Assim como aconteceu na minha saída do Fluminense, sentei
junto com meus empresários, analisamos uma maneira tranquila e sensata e
entendemos que a ideia do Botafogo, principalmente para o segundo
semestre, é tentadora e visa título. E título é o que marca muito da
minha carreira. Chego com o mesmo pensamento que cheguei nos clubes
anteriores, afim de conquistar, esse sempre foi o grande diferencial da
minha carreira. Ter passado por grandes clubes e ter vencido. Chego em
um grande clube que é o Botafogo e mais uma vez a ideia é fazer
historia, conquistar e vencer.
O último a usar a
camisa 7 foi Bruno Mendes, hoje no Atlético-PR. O atacante, porém, não
teve vida longa com ela e logo após o estadual do ano passado voltou a
vestir o número 38. Os salários de Sheik serão pagos da seguinte forma: o
Corinthians
continua bancando o valor integral, cerca de R$ 540 mil, mas o Botafogo
vai
repassar todo mês metade do montante para o clube paulista. Esse tipo de
divisão já é utilizada pelo Timão em outros empréstimos, como os casos
de Alexandre Pato n
o São Paulo e de Douglas no Vasco.
Sheik se ampara no currículo vitorioso
para crer em título pelo Bota no
segundo semestre (Foto: Satiro
Sodre / SSPress)
Veja a entrevista na íntegra:
Expectativa
Quando decidi sair do Corinthians, apareceram alguns clubes querendo me contratar, e um deles era o Botafogo. O projeto e a proposta me soaram bem tentadores. Analisamos tudo de maneira tranquila, sensata e entendemos que a ideia do Botafogo, principalmente no segundo semestre, visava títulos. Esse sempre foi o diferencial na minha carreira.
Corinthians
Estava muito motivado lá. Se não estivesse, pediria para ir embora. Aconteceram uma série de coisas que não vêm ao caso e que me fizeram sair. A motivação maior é estar aqui e vestir essa camisa. Não tem nada a ver com o que passei no Corinthians e não vejo isso como motivação.
Responsabilidade
Venho para jogar 100%. Mesmo assim, futebol é um esporte coletivo. Não adianta que um só não vai resolver o problema. É preciso de um grupo de 30 atletas para brigar e fazer história. Lógico que tenho minha parcela de contribuição e vou fazer de tudo para que isso aconteça. Mas para um grupo sair vencedor, todos precisam contribuir. Vou ter que buscar meu espaço, sim, e mostrar meu futebol para poder jogar. Nunca trabalhei com o Mancini, mas amigos me disseram que é um cara justo e correto. Pelo perfil dele, vai agregar muito ao Botafogo. Eu venho para ajudar e tenho que mostrar que tenho condições. Vou buscar meu espaço.
Estreia
Se chamassem para jogar contra o São Paulo eu iria amarradão, mas é preciso respeitar algumas etapas. Não acredito que neste domingo eu esteja em campo. Para não haver risco de uma lesão, durante a semana vamos fazer um trabalho para que no jogo contra o Internacional eu possa fazer minha estreia.
Camisa 7
Quem conhece um pouco do futebol e da história do Botafogo sabe o que representa essa camisa 7. Ele representa o que é a 10 em outros clubes, pelos craques que aqui passaram. É uma honra receber essa camisa, e não sei se vou conseguir fazer o que eles fizeram com ela. Mas em todo o tempo em que eu estiver aqui não vai faltar respeito, dedicação e busca por títulos. A torcida pode esperar isso do Emerson.
Passagens por Flamengo e Fluminense
Sou extremamente profissional. No Flamengo, em 2009, fui feliz, honrei a camisa e conquistei títulos. O mesmo no Fluminense, em 2010. Só que passou. Hoje é vida nova, diferente. É Botafogo e ponto final. Tudo o que venha para agregar de maneira positiva é bom. Acima de tudo, o importante é estar focado, integrado e acreditar no trabalho. A partir daí as coisas fluem de maneira positiva. É nisso em que acredito, venho com esse espírito. Não fico lembrando muito e bem buscando o passado. Sigo trabalhando.
Iluminado?
Não. Trabalho pra caramba com dedicação, amor, honestidade, respeito e não posso abrir mão disso para dizer que é sorte ou que sou iluminado. Acredito que Deus esteja olhando por mim, assim como para vocês se não estiverem em pecado (risos). Acredito em trabalho honesto. A sorte até pode acompanhar de alguma maneira, mas, sinceramente, acredito no trabalho.
Volta ao Rio de Janeiro
Sou carioca e tenho a vida inteira para aproveitar a praia. Não vim para brincar ou pra me divertir. Estou solteiro, mas sou um cara sério. Não trato meus namoros como diversão. Por enquanto estou pensando em trabalho. Foi uma decisão extremamente profissional. Nada a ver com praia ou com o que o Rio pode oferecer. Sempre fui um pai presente e já vinha ao Rio com frequência participar da vida dos meus filhos. Quero ser diferente aqui, por tudo que passei e conquistei, sei que vou sofrer uma cobrança diferente e quero estar preparado para isso.
Eliminação da Libertadores
Lógico que eu gostaria de disputar a Libertadores. É uma competição que mostra mesmo o valor do atleta, ela separa os meninos dos adultos. Acompanhei os jogos do Botafogo e a eliminação, então fiquei triste, porque queria muito que o time passasse. Mas isso faz parte. O momento agora é de esquecer porque já passou. Neste fim de semana se inicia uma outra competição difícil, mas com certeza ela deixou todos cabisbaixos.
Problemas financeiros do Botafogo
Eu tinha certeza que me fariam essa pergunta. Pensei em dar uma resposta logo para cortar. Poderia dizer que vim para jogar futebol, e não para tomar conta das finanças. Nas conversas que tivemos me disseram que a situação vai ser regularizada. Acredito nisso e os atletas também. Acredito na direção, sei do carinho que ela tem pelos atletas e acho que todos entenderam. Não quero falar muito nisso porque posso dizer o que não devo.
Motivação aos 35 anos
É o que eu gosto de fazer, o que amo, é o que durante toda a minha vida levou sustento à minha família e às pessoas próximas. Futebol para mim sempre me motiva muito. Então, enquanto estiver rendendo alguma coisa, vou continuar.
*colaborou Sofia Miranda, estagiária
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2014/04/com-7-de-garrincha-sheik-mostra-motivacao-ideia-e-fazer-historia.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário