terça-feira, 25 de março de 2014

Sonho e pesadelo: City volta a bater o United fora e pressiona o líder Chelsea

Citizens acumulam cinco vitórias nos últimos seis clássicos contra os Red Devils e, com duas partidas a menos, ficam a apenas três pontos dos Blues

Por Manchester, Inglaterra


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Foi-se o tempo em que jogar no Old Trafford era sinônimo de desespero para torcedores e jogadores do Manchester City. O Teatro dos Sonhos, palco de tantas vitórias do United sobre o vizinho no decorrer da história, tem se transformado no playground favorito dos Citizens. Nesta terça-feira, em partida adiada da 28ª rodada do Campeonato Inglês, o time azul da cidade venceu por 3 a 0 e conseguiu o terceiro triunfo seguido na casa de seu maior rival. Nas últimas seis vezes em que os times se enfrentaram, os Sky Blues foram superiores em cinco. No primeiro turno da Premier League, um êxito por 4 a 1 já indicava que os tempos podem estar mudando na capital futebolística da Inglaterra.

Com o resultado, o City subiu para a segunda colocação e chegou a 66 pontos, três a menos que o líder Chelsea. Os Citizens, contudo, têm dois jogos a menos que os Blues. O Liverpool está na terceira posição e tem 65. O United é o sétimo com 51 pontos, 12 a menos que o Arsenal, que empatou com o Swansea nesta terça por 2 a 2 e hoje estaria com a última vaga do país na próxima edição da Liga dos Campeões.


Dzeko comemora, Manchester United x Manchester City (Foto: Reuters)
Dzeko comemora o segundo gol da 
vitória (Foto: Reuters)

sem tempo para respirar

O City começou a partida como se estivesse jogando em casa. Uma surpreendente pressão resultou na abertura do placar no primeiro minuto. Foram três tentativas. Na primeira, David Silva teve o chute travado. Em seguida, Nasri acertou a trave, mas Dzeko aproveitou o rebote e, com o gol vazio, empurrou para o fundo da rede. O United parecia estar em um sono profundo e não acordou mesmo com a desvantagem e o apoio da torcida. Os Citizens continuaram partindo para o ataque, e o rival raramente conseguia passar do meio de campo.

Aos poucos, contudo, os Diabos Vermelhos conseguiram encaixar alguns contra-ataques. A equipe ia melhorando gradativamente, até que finalmente tomou as rédeas da partida. Mas apesar da superioridade, a atitude dos mandantes não condizia com sua tradição. Foram cansativas tentativas de cruzamento pelos dois lados. O goleiro Hart e os zagueiros levavam a melhor em todas, e o estilo uniforme e previsível do United era tudo o que os visitantes queriam.


Dzeko comemora, Manchester United x Manchester City (Foto: Reuters)
O homem certo nos momentos certos: 
Dzeko se destaca como o goleador do 
clássico (Foto: Reuters)


os donos da cidade

Na segunda etapa, os Citizens voltaram pressionando, mas de modo menos desenfreado, tocando a bola, sabendo a hora de atacar. O United comia poeira e apenas observava o rival jogar como time grande. O segundo gol foi feito aos dez minutos. Após cobrança de escanteio, Dzeko deixou Ferdinand para trás e tocou com tranquilidade, de primeira, para fazer 2 a 0. Ao contrário do que aconteceu nos 45 minutos iniciais, os Red Devils não ofereceram reação.


Fellaini, Manchester United x Manchester City (Foto: Reuters)Fellaini mais uma vez não se encontrou em campo (Foto: Reuters)

Os dois treinadores promoveram todas as substituições possíveis. Pelo lado vermelho, Valencia apareceu como uma boa opção jogando na direita. Kagawa praticamente não tocou na bola, e Chicharito Hernández procurou se movimentar mais que Welbeck. No time azul, Manuel Pellegrini imprimiu mudanças para fazer o tempo correr e segurar o jogo sem deixar a equipe na retranca. A falta de temor resultou em mais um gol.

O City fez o terceiro aos 44 minutos. Milner tentou cruzar, a bola bateu em Jones e sobrou para Yaya Touré chutar com categoria de fora da área. Vitória justa de quem jogou como gente grande diante de um adversário que parece ignorar sua história e se contenta com um jogo feio de cruzamentos e escanteios.


Rooney e Fernandinho, Manchester United x Manchester City (Foto: AFP)
Rooney costuma balançar a rede contra
 o rival, mas pouco produziu no dérbi 
(Foto: AFP)



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