Agora invicto há 28 partidas na competição, time de Sheilla e Thaisa espera o ganhador de Sesi-SP e Praia Clube para disputar uma vaga na grande decisão
Para chegar ao triunfo, o Osasco, das estrelas Sheilla e Thaisa, precisou acordar após um sofrível primeiro set. Depois do baque pelo revés na primeira parcial, só deu o time visitante, que espera na semi o vencedor do confronto entre Sesi-SP e Praia Clube. Algoz do Osasco na final do Sul-Americano de Clubes, no mês passado, o time paulistano lidera a série de quartas de final por 1 a 0 e vai à semifinal se vencer o segundo duelo, neste sábado, às 13h (horário de Brasília), no Ginásio Praia Clube, em Uberlândia (MG).
Thaisa teve importante atuação na
vitória do Osasco (Foto: Joel
Rodrigues/FotoJump/Divulgação)
– Foi um jogo difícil, porque nossa equipe não conseguiu impor o ritmo desde o começo. Começamos meio devagar. No decorrer da partida, aí sim começamos a jogar nosso vôlei, mas isso não pode acontecer. Daqui para frente é pauleira, porque todo mundo vai lutar para ser campeão – disse Adenízia.
Pelo lado do Brasília, a veterana Érika lamentou a derrota e disse que o seu time poderia ter complicado a vida do invicto Osasco.
– Nós conseguimos aproveitar os erros delas no primeiro set, depois demos uma desconcentrada. Lutamos até o final, tivemos um pouco de desconcentração no último set. Acho que poderíamos ter dado mais trabalho – comentou ela.
O jogo
Disposto
a não ser eliminado, o Brasília começou muito bem o
jogo e não pareceu sentir o desfalque da ponta bicampeã olímpica Paula
Pequeno. Contando com bons ataques das veteranas Érika e Dani Scott, o
time da
casa também aproveitou erros tolos de Osasco para saltar na frente do
placar. Um
pouco desconcentrado, o poderoso Osasco não conseguia neutralizar as
jogadas da
levantadora Flavinha, substituta da lesionada Claudia Adão. Em uma
parada
técnica, o técnico Luizomar de Moura pediu que a equipe paulista ficasse
mais
ligada na partida, caso contrário Brasília iria se empolgar com o apoio
da
torcida e vencer o primeiro set. Ele tinha razão. Medalhista de bronze
olímpica em Sydney 2000, Érika
encaixou bons saques e o Brasília abriu seis pontos (16 a 10). Após
alguns
vacilos de Brasília, Thaisa e Adenízia fizeram boas jogadas e o Osasco
encostou
no placar (19 a 18). Mas o set era para ser mesmo das mandantes. Ju
Maranhão
acertou uma bela paralela e, depois, Érika bloqueou para o Brasília
vencer o
primeiro set por 21/19, em pouco menos de 25 minutos de jogo.
Na virada para o segundo set, Luizomar chamou a atenção das
suas comandadas e a bronca deu resultado imediato. Com a manutenção da reserva
Gabi no lugar da italiana Caterina na ponta, o Osasco demonstrou uma postura
muito superior em quadra e aproveitou todos os seus ataques para abrir 7 a 1 no
placar antes da primeira parada técnica. Preocupado, o experiente treinador do
Brasília, Sérgio Negrão, pediu que o seu time atacasse a bola entre Sheilla e
Thaisa. Ligadas em quadra, as visitantes não deram espaço para que a tática
desse certo. A melhor equipe da
competição ficou esperta na defesa e contou com erros da rival para caminhar
tranquilo rumo ao triunfo na parcial. Melhor sacadora desta Superliga, Sheilla
teve uma ótima passagem no saque e deixou Osasco com bela vantagem (18 a 9).
Apesar de uma boa reação do Brasília, o set
tinha dono. Thaisa soltou o braço e cravou a bola na quadra para empatar o
jogo: 21/14.
Bloqueio foi uma das maiores armas do
Osasco na partida (Foto: Joel
Rodrigues/FotoJump/Divulgação)
Totalmente
recuperado da fraca atuação no primeiro set, o
Osasco repetiu o roteiro da segunda parcial e iniciou muito bem o
terceiro set.
Contando com uma recepção ruim do Brasília, o time de Luizomar de Moura
tinha
facilidade para armar os seus contra-ataques. Assim, Sheilla cresceu no
jogo. A
oposta, além de defender bons contra-ataques e dar passes açucarados,
aproveitava
a boa atuação da levantadora Fabíola para cravar bolas no fundo de
quadra com
extrema facilidade. Quem também não
deixava por menos era a central Thaisa, que vive grande fase. Arrumado
taticamente, o Osasco não errava seus
ataques. Cabia ao Brasília fazer mudanças, como forçar mais o saque e
trocar
sua central e uma ponta. Mas a modificação parou no bloqueio do Osasco,
que estava
muito bem, principalmente com Adenízia
que parou Ju Maranhão duas vezes quase seguidas. Com tantos destaques
individuais e com sete pontos de bloqueio, o favorito ao título da
Superliga feminina venceu o terceiro set por inquestionáveis 21/8.
O
quarto set foi uma lavada de Osasco. Funcionando quase
como uma engrenagem, as meninas esbanjaram confiança e viraram bola
atrás de
bola com extrema facilidade. O placar rapidamente estava 10 a 3.
Perdido, o
Brasília ajudava o adversário cometendo erros atrás de erros.
Satisfeito, o
Osasco começou a jogar como quis. Alternava jogadas e se dava ao luxo
até de
errar alguns ataques tranquilos. Quem também não brilhava pôde aparecer,
como a
sérvia Sanja, que chegou a dez pontos na partida. Até a levantadora
reserva Ana Maria teve os seus raros minutos em quadra e foi bem. Com
tudo isso, o Osasco fechou o jogo com uma tranquila vitória por 21/10 na
parcial final, após o time desperdiçar nada menos do que cinco match
points. As meninas vibraram muito com a vaga na semifinal da Superliga.
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