Ação foi iniciada na madrugada desta quinta-feira. Invasão foi no dia 1º de fevereiro. Dois foram identificados e presos pela invasão, e um foi detido por estar armado
-Fizemos uma investigação com transparência, que nos originou 11 mandados de busca e prisões (seis de apreensão e cinco de prisão). Já procedemos a prisão de dois integrantes e mais um por porte ilegal de arma. Nós sabemos que tem mais. Mas estamos com 90 policiais nas ruas à procura dos outros torcedores identificados - declarou Elisabete Sato, diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
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A ação começou por volta das 4h30. Dez corintianos foram detidos na quadra da Camisa 12, sendo um preso por porte ilegal de arma. Na Pavilhão 9, outra uniformizada, mais um foi conduzido ao distrito policial. Por fim, na Gaviões da Fiel, a maior torcida organizada do clube, os policiais detiveram mais duas pessoas e apreenderam uma quantia de 3,3 mil dólares (equivalente a R$ 7,2 mil) em dinheiro. Os nomes dos detidos e dos presos ainda não foram divulgados. Todos foram levados ao DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) no centro da cidade. Computadores e documentos também foram capturados.
- Na quadra da Gaviões foram capturados alguns dólares, que vieram da sub-sede no Japão e também uns R$ 2 mil de dinheiro de ingresso. Além de computadores e cheques. Os membros trazidos para averiguação foram o tesoureiro e uma senhora que cuida das caravanas da torcida - declarou Ricardo Cabral, advogado da organizada mais famosa do Corinthians.
Torcedor do Corinthians é detido pela polícia na
manhã desta quinta-feira (Foto:
Hélio Torchi / Agência Estado)
Viatura da polícia chega à sede da torcida
Camisa 12 ainda durante a madrugada
(Foto: Hélio Torchi / Agência Estado)
No último dia 1º de fevereiro, um sábado, cerca de 100 torcedores do Corinthians invadiram o CT Joaquim Grava, na zona leste de São Paulo, e aterrorizaram funcionários, jogadores e diretores do Timão. Apesar da presença da Polícia Militar, nenhum dos vândalos foi preso naquele dia.
Membros da diretoria do clube alvinegro ainda tentaram conversar com alguns líderes das uniformizadas, mas não houve muito papo. Os corintianos que ali estavam queriam bagunça. E conseguiram. Três celulares foram roubados, sendo um deles do meio-campista Luiz Ramirez. Os jogadores precisaram se esconder em quartos do alojamento e em outras salas. O atacante Paolo Guerrero e o médico Joaquim Grava, que dá nome ao centro de treinamento, foram agredidos pelos invasores. Mais cinco funcionários também sofreram agressões.
O clima de tensão se
instalou no clube. O presidente Mário Gobbi prometeu ajudar nas investigações,
cedendo informações e imagens à polícia. Mas diversas imagens das câmeras de
segurança do CT não foram gravadas. Há uma perícia em andamento.
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- Presume-se que houve uma questão técnica, uma falha. A delegada me relatou que vai fazer uma perícia na máquina. É essa perícia que vai dizer se alguém tentou burlar ou se realmente se confirma a falha técnica - declarou o presidente corintiano.
Por outro lado,
estão com a polícia 13 fotos que retratam o que ocorreu depois das
agressões
e depredações. E algumas imagens de
vídeo que não se perderam. Ao todo, o CT tem 22 câmeras de
monitoramento. O clube diz que entregou entregou tudo o que tinha.
Com base no material, a polícia identificou 20 torcedores e expediu os
primeiros mandados de prisão. Eles responderão por diversos crimes,
entre eles dano ao patrimônio e formação de quadrilha.
Depois dessa invasão, três jogadores foram embora do
Corinthians: o meia Douglas foi para o Vasco, o zagueiro Paulo André
seguiu para
o Shangai Shenhua, da China, e o atacante Alexandre Pato acabou
envolvido numa troca com Jadson e agora é jogador do São Paulo.
Documento de três páginas que o Corinthians
encaminhou ao Ministério Público após a
invasão do CT
Após
seis jogos sem vencer, o Timão voltou a reencontrar a vitória na última
quarta-feira, quando bateu o Oeste - de virada - por 2 a 1, em São José
do Rio Preto. Mesmo assim, a equipe ainda é a última colocada no grupo B
no Campeonato Paulista, com 11 pontos, quatro atrás da zona de
classificação para a próxima fase do estadual.
Policial em frente a sede de uma das torcidas
organizas (Foto: Hélio Torchi / Agência Estado)
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