No terceiro jogo sob o comando de Seedorf, após eliminação na Copa da Itália, atacantes marcam aos 42 e 44 do segundo tempo e garantem 2 a 1 sobre Cagliari
saiba mais
Seria
a segunda derrota do Milan em três jogos sob o comando de Clarence
Seedorf. Após a eliminação para o Udinese, na Copa da Itália, uma nova
frustração começava a se desenhar, desta vez pelo Campeonato Italiano.
Por causa de um erro grotesco do goleiro Amelia, os rossoneri perdiam
para o Cagliari por 1 a 0, neste domingo, até os 42 minutos do segundo
tempo. Mas Balotelli, de falta, e Pazzini, suportaram a provocação da
torcida anfitriã e garantiram a virada sensacional no Sant'Elia. Final: 2
a 1.Com o resultado, o Milan chega a 28 pontos e sobe duas posições na tabela, ficando em nono lugar. Já o Cagliari, que não vence o Milan desde outubro de 1998, está na 14ª colocação, com 21 pontos. Na próxima rodada, os rubro-negros enfrentam o Torino, no San Siro.
A aposta do técnico Seedorf era a parceria de um quarteto: Kaká, Honda, Robinho e Balotelli. Eles desempenharam bem o papel no setor ofensivo. Porém, a defesa, com algumas baixas, causou problemas ao time rossonero. No dia seguinte de seu aniversário de 30 anos, Robinho não deixou a sua marca, cansou no segundo tempo, e acabou substituído pelo autor do gol da virada, Pazzini. Mas, mesmo assim, fez uma boa partida, assim como Kaká, que atuou os 90 minutos.
Um detalhe chama atenção: o primeiro gol de Balotelli com a camisa do Milan foi justamente contra o Cagliari, também na casa do adversário.
Robinho é bem marcado durante o confronto:
brasileiro completou 30 anos no sábado
(Foto: Reuters)
CÉU NO ATAQUE, INFERNO NA DEFESA
Antes do jogo, a imprensa italiana se mostrava receosa com a formação escolhida por Seedorf. Dois volantes, três meias e um atacante. Robinho recuado, e Balotelli na frente. Mas o que se viu foi um setor ofensivo envolvente e belas trocas de passes entre Kaká, Honda e os dois já citados. Foram cinco grandes oportunidades. Duas delas, as mais claras, com Honda. Na primeira, Balotelli recebeu na entrada da área e deu um lindo toque para o japonês, que tentou colocar, sem força, e acabou facilitando a defesa de Avramov. Na segunda, o arqueiro mostrou reflexo aguçado ao espalmar uma cabeçada do meia.
Robinho também foi ativo na maior parte da primeira etapa: teve boa chance ao receber de Balotelli na entrada da área e bater colocado, com perigo, à esquerda de Avramov. Mas, se o setor ofensivo ia bem, a defesa fazia justamente o contrário. O goleiro titular Abbiati, com febre, deu lugar a Amelia, talvez o protagonista do tempo inicial. O arqueiro fez uma lambança ao sair errado e deixar a bola nos pés de Pinilla. O chileno viu Sau no meio da grande área e tocou. O atacante tirou Bonera da jogada e apenas empurrou no canto direito, com tranquilidade, para abrir o placar.
Balotelli comemora seu gol de falta: foi o do
empate, aos 42 do segundo tempo
(Foto: Reuters)
VIRADA SENSACIONAL
Tudo indicava que o segundo tempo não reservaria grandes surpresas à equipe rossonera. O Milan havia cansado. Apesar da boa atuação, Robinho mostrava sinais de fadiga. Tanto que foi substituído por Pazzini, aos 15 minutos. Diferentemente do que se via na primeira etapa, as investidas de Kaká, Honda e Balotelli pecavam nos últimos passes ou nas finalizações. O italiano desperdiçou duas boas chances de falta, batendo mal na bola.
O Cagliari aproveitava o cansaço do Milan para sair nos contra-ataques rápidos. Pinilla arriscou um belo chute colocado, da entrada da área, e quase ampliou o placar. A torcida anfitriã era só festa. Com cantoria alta, colocando pressão nos rossoneri, provocava Balotelli constantemente.
O polêmico atacante ficou quieto, na dele, até os 42 minutos, quando Cabrera, de forma infantil, colocou a mão na bola, na linha da entrada da área, e o árbitro assinalou a falta. Balotelli cobrou com categoria, e Avramov sequer se mexeu.
Era o empate. Mais do que suficiente para arrancar sorrisos de Seedorf do lado de fora do campo. Mas eles queriam mais. E conseguiram. O gol deu gás extra para o Milan permanecer no ataque e, dois minutos depois, Honda cruzou na área para Pazzini completar, de bico, e garantir a virada fora de casa. Até Kaká, que havia pedido calma quando Balotelli bateu boca com alguns jogadores adversários, começou a provocar a torcida. Os cinco minutos de acréscimo não foram suficientes para o Cagliari mudar novamente o panorama do jogo. Apito do árbitro e festa rossonera.
Pazzini comemora o gol da virada: jogadores do
Cagliari nem acreditam (Foto: AFP)
FONTE:
Nenhum comentário:
Postar um comentário