sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Advogado que defendeu Lusa garante não ter relação com CBF e Fluminense

Osvaldo Sestário diz que avisou a Portuguesa sobre suspensão de Héverton

Por Rio de Janeiro




Dispensado da Portuguesa após nove anos de serviços prestado ao clube, o advogado Osvaldo Sestário garantiu não ter qualquer tipo de relação com a CBF e Fluminense. Em entrevista ao programa " Redação SporTV", Sestário, que defendeu o clube paulista no "caso Héverton", disse que não trabalha para apenas um clube e afirmou não ter indicações de serviços por parte da entidade máxima do futebol brasileiro. Apenas o escritório de Mario Bittencourt atua nas defesas do clube das Laranjeiras.

- Ontem foi falado alguma coisa a respeito de eu ser patrocinado pela CBF e oferecido aos clubes. Até em um programa do SporTV. Eu quero esclarecer e deixar claro que isso não existe, não tenho qualquer vínculo com a CBF, meu contrato com a Portuguesa é particular, como são com todos os demais clubes. Um contrato de prestação de serviço. Eu recebo dos clubes e não tenho qualquer vínculo com a CBF. Eu queria deixar isso bem claro, já que ontem ficou no ar que eu recebesse da CBF e era oferecido aos clubes. Além disso, que eu representei o Fluminense em um processo anterior. Eu nunca representei o Fluminense, fui advogado do Vasco por dois anos e meio, mas nunca representei o Fluminense aqui no Rio de Janeiro.

Osvaldo Sestário garantiu que esteve no julgamento do Héverton, no Rio de Janeiro, avisou a Lusa da suspensão do jogador. O meia foi expulso contra o Bahia, já tinha cumprido um jogo, mas foi penalizado em duas partidas. Com a escalação irregular, a Portuguesa pode perder quatro pontos e ser rebaixado para a segunda divisão. Neste caso, o Fluminense deixaria o Z-4.

- Eu estive presente no julgamento, como estou todos os anos, nesses último nove anos advogando para a Portuguesa. O atleta pegou dois jogos de suspensão após ter a desclassificação de um artigo mais pesado, que era ofensa a honra do árbitro para um desrespeito. Assim que deu um intervalo na sessão, imediatamente a Portuguesa entrou em contato com a gente e eu falei sobre o resultado do julgamento e passei que havia pegado duas partidas e que havia acontecido uma desclassificação de um artigo mais pesado para um mais brando. Depois voltamos a falar no mesmo dia, pois tratávamos de outro assunto como a liberação do Gilberto. Que fique bem claro, havia uma outra pessoa do escritório, que é uma advogada que trabalha comigo do meu lado. Então não teve qualquer tipo de problema. Eu não sei se houve algum tipo de falha na comunicação interna na Portuguesa para que esse jogador estar em campo. Esse problema eu não sei como aconteceu. Mas a verdade é que a comunicação aconteceu e lamento que isso tenha ocorrido porque a Portuguesa não necessitava do resultado. Então, lamento por isso e essa proporção que a coisa tomou.

Osvaldo Sestário advogado caso Portuguesa (Foto: Thiago Lima ) 
Osvaldo Sestário prestou serviços para Portuguesa 
durante nove anos  (Foto: Thiago Lima )
Para o advogado, existe um problema de interpretação no código. Porém, ele garante que sempre aconselha os clubes a não escalar atletas em uma situação semelhante.

- A gente entende que existe um problema grande nessa interpretação do código. Mas por uma questão sempre de bom senso, a gente sempre orienta o clube a não colocar o jogar ou fazer o seguinte: entrar com um mandado de garantia. Mas a gente entende que existe uma brecha no código que essa pena só começaria a correr depois. Mas isso é uma matéria para depois. Como não sou vou ser eu que vou conduzir o recurso, eu não gostaria de tocar no assunto. Mas eu entendo sim, é de praxe de nós advogados avisarmos aos clubes e falar que vamos recorrer, vamos tentar isso, vamos tentar aquilo, o efeito suspensivo, que é o que geralmente ocorre. Então isso é praxe já em um relacionamento de nove anos. Isso se torna até um costume.
O julgamento do "caso Héverton" está marcado para segunda-feira, no Rio de Janeiro, às 17h (horário de Brasília).

CORREÇÃO: Ao contrário do que o SporTV.com publicou inicialmente nesta nota, o advogado Osvaldo Sestário não defendeu o atleta Felipe, do Fluminense. O problema foi causado por um erro na divulgação da ata de julgamento do dia 28/11/2013. A informação foi publicada equivocadamente às 12h e corrigida às 13h36m.

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