Goleiro e diretor de futebol não falam a mesma língua há tempos, e relação só se agravou após a derrota para o Corinthians, pela Recopa
Rogério Ceni, em treino (Foto: Cleber Akamine)
O capitão são-paulino não esconde de ninguém que não gosta do homem forte do futebol tricolor. A amigos, disse que o clube está largado e não vê perspectiva de melhora, justamente naquele que deve ser o seu último ano como atleta profissional. Para Ceni, foi um grande erro contratar Ney Franco depois de demitir Emerson Leão - outro, aliás, de seus desafetos. Ney Franco foi bancado por Adalberto Baptista que lutou, até o último instante, para evitar a demissão do treinador.
Após a derrota para o Bahia, na última semana, o goleiro ficou furioso e avisou que daria entrevista coletiva. Sua intenção era “colocar a boca no trombone”, ou seja, falar tudo que está errado no clube. A assessoria de imprensa entrou em ação e, alegando um misterioso problema no microfone, cancelou a entrevista. Após o tropeço diante do Corinthians, no entanto, não teve jeito. O goleiro veio a público e bateu forte. Disse que o São Paulo parou no tempo, enquanto os adversários continuaram crescendo. E que, para melhorar a situação, será preciso recomeçar o trabalho do zero, apesar de o clube já estar no meio da temporada.
Adalberto Baptista, por sua vez, não perdeu a oportunidade de dar uma estocada no goleiro. Na última quinta-feira, durante a rápida entrevista coletiva que concedeu no CT da Barra Funda, o dirigente, além de rebater a acusação feita por Ceni, disse que o goleiro falou de cabeça quente porque está prestes a se aposentar e segue cometendo algumas falhas. Na mesma coletiva, no entanto, não rebateu as frases fortes ditas por Luis Fabiano, reforço contratado por ele.
Adalberto Baptista, diretor do São Paulo (Foto: Marcos Guerra/Globoesporte.com)
Adalberto Baptista vive uma situação curiosa no Tricolor. Odiado pela torcida e criticado por muita gente de dentro do clube, segue trabalhando com total liberdade, já que continua prestigiado por Juvenal Juvêncio. O presidente, porém, terá de se posicionar nessa disputa - ou fica do lado do goleiro e grande ídolo atual ou dá ainda mais status ao dirigente. No meio desse problema, está Paulo Autuori que, além de treinador, ataca de bombeiro para acalmar os ânimos de todos os lados.
FONTE;
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/sao-paulo/noticia/2013/07/juvenal-fica-no-meio-da-guerra-entre-rogerio-ceni-e-adalberto-baptista.html
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