A CRÔNICA
por
GLOBOESPORTE.COM
O Galo ganhou até da altitude. Na noite desta quarta-feira, o
Atlético-MG, na raça, bateu o Strongest, da Bolívia, por 2 a 1, em jogo
válido pela quarta rodada do Grupo 3 da Taça Libertadores. A equipe
brasileira, enquanto teve fôlego, mandou na partida, dominou as ações e
esteve à frente no placar, com um gol marcado por Diego Tardelli, logo
nos primeiros minutos. Mas o ar rarefeito da cidade de La Paz, a 3.600
metros de altitude, prejudicou os jogadores do clube mineiro. A bola
rápida, resultado da menor resistência do ar, traiu o goleiro Victor,
que, no fim do primeiro tempo, soltou nos pés de Reina uma bola chutada
da intermediária. Mas, na vontade, quando o empate já estava
encaminhado, Serginho criou a jogada para que Méndez, todo atrapalhado,
marcasse contra o patrimônio. E o Galo está nas oitavas de final.
Os jogadores do Atlético-MG realmente sentiram bastante a altitude.
Embora não tivessem que recorrer aos tubos de oxigênio disponíveis no
banco de reservas, alguns atletas se mostraram mais ofegantes que o
normal e fizeram um enorme esforço para fazer coisas simples. Um mero
pique se transformava em uma maratona. Um chute despretencioso contra o
gol de Victor criava uma expectativa enorme. Já no intervalo, vários
atleticanos reclamaram de cansaço e, no segundo tempo, sofreram para
acompanhar as jogadas.
Destaques nas últimas apresentações do Galo, Bernard e Ronaldinho Gaúcho não conseguiram render o esperado. O primeiro, ainda debilitado, já que se recuperou recentemente de uma inflamação na garganta, não conseguiu mostrar bom futebol. R10, homenageado nos últimos dias pelas autoridades bolivianas, ficou muito aquém do que poderia apresentar. O torcedor de La Paz acabou vendo os defensores do Atlético-MG brilharem. Réver e Leonardo Silva evitaram um placar desfavorável aos mineiros.
Com a vitória, o Atlético-MG chegou aos 12 pontos, assumiu a liderança geral da competição e está garantido, de forma definitiva, na próxima fase, independentemente do resultado entre São Paulo e Arsenal, nesta quinta-feira. As duas equipes se enfrentarão às 21h30m (de Brasília), no estádio Julio Grondona, em Sarandí, na Argentina. O Strongest tem três pontos e está atrás do Tricolor, tem quatro. Os argentinos, na lanterna, têm somente um ponto. Com a derrota o Tijuana, do México, para o Corinthians, no Pacaembu, por 3 a 0, o Galo passou a ter a melhor campanha entre os 36 clubes e é o único com 100% de aproveitamento.
Na quinta rodada, o Atlético-MG encara o Arsenal, no Independência, em Belo Horizonte, no dia 3 de abril, às 22h. O Strongest, por sua vez, receberá o São Paulo, novamente em La Paz, no dia 4 de abril, às 21h30m. O próximo compromisso do Galo, porém, será pelo Campeonato Mineiro. No domingo, o time alvinegro enfrentará o América-MG, às 18h30m, no Independência.
Castigo no fim
Quem imaginava que o Strongest, logo de cara, teria uma postura ofensiva, se enganou. Os bolivianos respeitaram o Atlético-MG e, mesmo diante do torcedor, esperavam os ataques dos brasileiros e buscavam apenas os contra-ataques. Aos 8 minutos, Réver, após cobrança de Ronaldinho Gaúcho, já havia levado perigo ao gol de Vaca. Mas, um minuto depois, aos 9, o Galo abriu o placar. Jô recebeu de Bernard, entrou na área, tentou finalizar, mas a zaga tirou. Na sequência, Jô, insistente, fez um cruzamento perfeito, na cabeça de Diego Tardelli, que, sem goleiro, marcou para o Atlético-MG.
O Galo tomava as rédeas do jogo. Bernard ainda teve outra chance de marcar, mas o Strongest, atrás no marcador, saiu um pouco para o ataque. Em uma jogada pela esquerda, Pablo Escobar teve condições de finalizar, mas Junior Cesar, na raça, evitou o empate.
A partir daí, quem passou a buscar os contragolpes foi o Atlético-MG, principalmente quando a bola passava por Ronaldinho Gaúcho. Mas os bolivianos, aos poucos, passaram a criar diversas jogadas de perigo, e Victor, até então um espectador, teve que trabalhar e fez grandes defesas.
O Strongest tentava surpreender o goleiro do Galo em chutes de longa distância. Na altitude e com o ar rarefeito, a bola ganha velocidade. Porém, Victor estava atento e sempre defendia em dois lances ou espalmava para a linha de fundo. Bejarano, Cristaldo e Escobar eram os mais perigosos.
Porém, aos 43 minutos, o Strongest chegou ao empate. Cristaldo, da intermediária, bateu forte. A bola explodiu no peito de Victor, que vacilou no lance. Reina, muito esperto, foi mais rápido que o goleiro do Galo e empurrou a bola para as redes: 1 a 1.
Pressão e vitória heroica
Após respirarem no vestiário, os jogadores do Atlético-MG voltaram para o segundo tempo um pouco mais bem organizados. O Strongest, porém, aos poucos, novamente tomou conta da partida. Em determinados momentos, os bolivianos fizeram uma pressão terrível na defesa atleticana, que se virava como podia. Victor, inseguro, não passava tranquilidade aos zagueiros.
Aos 16 minutos, o jogador que mais sentiu os efeitos da altitude deixou o campo. Bernard não conseguiu render e foi substituído pelo volante Serginho. A intenção de Cuca era dar mais força de marcação ao meio-campo.
As chances do Atlético-MG eram raras e, por isso mesmo, os lamentos pelas oportunidades perdidas eram maiores. Aos 24 minutos, em um respiro profundo, Jô e Diego Tardelli puxaram um contra-ataque rápido. Porém, Méndez, com um biquinho na bola, tirou do alcance de Jô. Por pouco, o Galo não voltava a comandar o placar.
Mas, aos 37 minutos, o Atlético-MG pulou na frente. Serginho, com fôlego, arrancou pela direita, chegou à linha de fundo e cruzou rasteiro, buscando Ronaldinho Gaúcho. Méndez, apavorado com a presença de R10, ao tentar tirar a bola, tocou para as próprias redes. Gol contra, e Galo na frente, garantindo mais três pontos. Depois disso, o Galo "cozinhou" o adversário e esperou o tempo passar.
Diego Tardelli e Ronaldinho comemoram gol do Atlético-MG contra o Strongest (Foto: Reuters)
Destaques nas últimas apresentações do Galo, Bernard e Ronaldinho Gaúcho não conseguiram render o esperado. O primeiro, ainda debilitado, já que se recuperou recentemente de uma inflamação na garganta, não conseguiu mostrar bom futebol. R10, homenageado nos últimos dias pelas autoridades bolivianas, ficou muito aquém do que poderia apresentar. O torcedor de La Paz acabou vendo os defensores do Atlético-MG brilharem. Réver e Leonardo Silva evitaram um placar desfavorável aos mineiros.
Com a vitória, o Atlético-MG chegou aos 12 pontos, assumiu a liderança geral da competição e está garantido, de forma definitiva, na próxima fase, independentemente do resultado entre São Paulo e Arsenal, nesta quinta-feira. As duas equipes se enfrentarão às 21h30m (de Brasília), no estádio Julio Grondona, em Sarandí, na Argentina. O Strongest tem três pontos e está atrás do Tricolor, tem quatro. Os argentinos, na lanterna, têm somente um ponto. Com a derrota o Tijuana, do México, para o Corinthians, no Pacaembu, por 3 a 0, o Galo passou a ter a melhor campanha entre os 36 clubes e é o único com 100% de aproveitamento.
Na quinta rodada, o Atlético-MG encara o Arsenal, no Independência, em Belo Horizonte, no dia 3 de abril, às 22h. O Strongest, por sua vez, receberá o São Paulo, novamente em La Paz, no dia 4 de abril, às 21h30m. O próximo compromisso do Galo, porém, será pelo Campeonato Mineiro. No domingo, o time alvinegro enfrentará o América-MG, às 18h30m, no Independência.
Castigo no fim
Quem imaginava que o Strongest, logo de cara, teria uma postura ofensiva, se enganou. Os bolivianos respeitaram o Atlético-MG e, mesmo diante do torcedor, esperavam os ataques dos brasileiros e buscavam apenas os contra-ataques. Aos 8 minutos, Réver, após cobrança de Ronaldinho Gaúcho, já havia levado perigo ao gol de Vaca. Mas, um minuto depois, aos 9, o Galo abriu o placar. Jô recebeu de Bernard, entrou na área, tentou finalizar, mas a zaga tirou. Na sequência, Jô, insistente, fez um cruzamento perfeito, na cabeça de Diego Tardelli, que, sem goleiro, marcou para o Atlético-MG.
O Galo tomava as rédeas do jogo. Bernard ainda teve outra chance de marcar, mas o Strongest, atrás no marcador, saiu um pouco para o ataque. Em uma jogada pela esquerda, Pablo Escobar teve condições de finalizar, mas Junior Cesar, na raça, evitou o empate.
A partir daí, quem passou a buscar os contragolpes foi o Atlético-MG, principalmente quando a bola passava por Ronaldinho Gaúcho. Mas os bolivianos, aos poucos, passaram a criar diversas jogadas de perigo, e Victor, até então um espectador, teve que trabalhar e fez grandes defesas.
O Strongest tentava surpreender o goleiro do Galo em chutes de longa distância. Na altitude e com o ar rarefeito, a bola ganha velocidade. Porém, Victor estava atento e sempre defendia em dois lances ou espalmava para a linha de fundo. Bejarano, Cristaldo e Escobar eram os mais perigosos.
Porém, aos 43 minutos, o Strongest chegou ao empate. Cristaldo, da intermediária, bateu forte. A bola explodiu no peito de Victor, que vacilou no lance. Reina, muito esperto, foi mais rápido que o goleiro do Galo e empurrou a bola para as redes: 1 a 1.
Pressão e vitória heroica
Após respirarem no vestiário, os jogadores do Atlético-MG voltaram para o segundo tempo um pouco mais bem organizados. O Strongest, porém, aos poucos, novamente tomou conta da partida. Em determinados momentos, os bolivianos fizeram uma pressão terrível na defesa atleticana, que se virava como podia. Victor, inseguro, não passava tranquilidade aos zagueiros.
Aos 16 minutos, o jogador que mais sentiu os efeitos da altitude deixou o campo. Bernard não conseguiu render e foi substituído pelo volante Serginho. A intenção de Cuca era dar mais força de marcação ao meio-campo.
As chances do Atlético-MG eram raras e, por isso mesmo, os lamentos pelas oportunidades perdidas eram maiores. Aos 24 minutos, em um respiro profundo, Jô e Diego Tardelli puxaram um contra-ataque rápido. Porém, Méndez, com um biquinho na bola, tirou do alcance de Jô. Por pouco, o Galo não voltava a comandar o placar.
Mas, aos 37 minutos, o Atlético-MG pulou na frente. Serginho, com fôlego, arrancou pela direita, chegou à linha de fundo e cruzou rasteiro, buscando Ronaldinho Gaúcho. Méndez, apavorado com a presença de R10, ao tentar tirar a bola, tocou para as próprias redes. Gol contra, e Galo na frente, garantindo mais três pontos. Depois disso, o Galo "cozinhou" o adversário e esperou o tempo passar.
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