A CRÔNICA
por
Diego Ribeiro
Os melhores 45 minutos do Corinthians no ano foram suficientes para a
equipe de Tite conseguir vencer e convencer na revanche contra o
Tijuana, nesta quarta-feira, no Pacaembu. Mordido após a dura derrota na
grama sintética do México, semana passada, o Timão fez 3 a 0 nos Xolos,
mostrou impressionante autoridade no primeiro tempo, apenas administrou
no segundo e voltou a ficar em situação confortável no Grupo 5 da Taça
Libertadores. O adversário, que não havia levado um gol sequer na
Libertadores, volta para casa com três na bagagem.
Melhor para a torcida alvinegra, que lotou o Pacaembu e pôde ver o primeiro jogo internacional da equipe após o título do Mundial de Clubes no Japão – a partida contra o Millonarios teve portões fechados após a punição da Conmebol por conta da morte de Kevin Espada, atingido por um sinalizador na primeira rodada da chave. Mais de 33 mil compareceram ao estádio, vibraram com os gols de Alexandre Pato, Guerrero e Paulinho, gritaram "olé" nos minutos finais do confronto e irritaram um Tijuana mais interessado em bater do que em jogar futebol.
A única preocupação ficou por conta de Pato, que deixou o jogo com um incômodo muscular logo após o seu gol, aos 25 do primeiro tempo. A boa vitória levou o Corinthians aos sete pontos no grupo, contra nove do ainda líder Tijuana. O Millonarios tem três pontos e enfrenta o San José (com um pontinho só) nesta quinta-feira, na Bolívia.
Pela competição internacional, o Corinthians só volta a jogar dia 3 de abril, contra o Millonarios, na Colômbia. Sábado tem duelo pelo Campeonato Paulista, às 18h30m (de Brasília), no Pacaembu, contra o União Barbarense.
'O Pacaembu fica muito mais bonito com vocês'
A faixa com os dizeres acima foi levada pelos jogadores do Corinthians para o gramado do Pacaembu e serviu para homenagear a torcida, que pôde assistir no estádio ao primeiro jogo de Libertadores desde o título mundial, em dezembro – devidamente lembrado num mosaico nas arquibancadas. Depois de uma partida sem graça e sem torcida contra o Millonarios, o Timão resolveu brindar seus fanáticos com os melhores 45 minutos da temporada.
Em um jogo grande, com a pressão por uma vitória, os comandados de Tite deram a resposta esperada. Bem mais solto do que na grama sintética do México, o Timão resolveu o problema chamado Fidel Martinez com um antídoto dos bons: Renato Augusto. Taticamente perfeito, o meia caiu pelo lado direito do ataque, segurou os avanços do "Neymar equatoriano" e aproveitou as deficiências do lateral-esquerdo Ábrego, que levou um baile na primeira etapa.
Com Renato, as melhores chances apareceram pelo lado direito. Dois
chutes por ali exigiram duas boas defesas de Cirilo Saucedo. Nervoso, o
goleiro do Tijuana gritava com seus companheiros e pedia que o time
saísse da defesa. Só conseguiu ver alguns lances esporádicos de Riascos
pela direita do ataque, onde Fábio Santos mostrou-se tão desatento
quanto no primeiro jogo. Na prática, porém, a defesa alvinegra não teve
tanto trabalho.
Renato Augusto foi o personagem que fez outros brilharem. Aos 25, na sua terceira conclusão a gol, a insistência deu resultado. Um chutaço da entrada da área bateu três vezes na trave antes de encontrar o pé do iluminado Alexandre Pato, que só empurrou para a rede e, desta vez, não precisou visualizar uma torcida para comemorar com ele – contra o Millonarios, no Pacaembu vazio, ele dizia ter imaginado a massa corintiana na hora de celebrar.
O segundo gol na Libertadores, após 11 confrontos seguidos, teve seu preço. Com um incômodo muscular, Pato deixou o gramado logo depois, substituído por Romarinho. Sem ele, havia Guerrero. Aos 35, Renato Augusto fez outra boa jogada pela direita, Alessandro desviou, e o peruano acertou bela finalização: 2 a 0.
Ritmo cai, mas Timão se garante
A atmosfera do primeiro tempo foi tão boa para o Corinthians que o time achou que já tinha tudo resolvido, mesmo com 45 minutos por jogar. Com Martinez e Riascos menos vigiados, o Tijuana voltou a lembrar aquele time que sufocou o rival brasileiro no México. Alessandro teve as velhas dificuldades em marcar o arisco equatoriano, mas este não estava tão inspirado quanto na semana passada.
A má pontaria dos mexicanos, aliás, foi a responsável pelo Corinthians não tomar grandes sustos. Arce teve boa chance após bate-rebate dentro da área, mas mandou para longe. Minutos depois, Moreno perdeu nova oportunidade em contra-ataque. O técnico Antonio Mohamed tirou o fraco Ábrego e colocou Garza na lateral esquerda, neutralizando a principal jogada corintiana na partida.
O jogo ficou amarrado, e coube à torcida manter o clima de Libertadores. Graças a ela, corintianos e mexicanos chegaram com mais força em algumas divididas, esboçaram alguns desentendimentos, mas não deram trabalho ao árbitro Enrique Osses. Paulinho, então, deu números finais à partida aos 36 minutos, quando fez o terceiro de cabeça. O 3 a 0 ficou de bom tamanho para o Timão, que agora encontra-se em situação confortável no Grupo 5, e para a torcida, que viu grande atuação no primeiro tempo e ganhou esperança de ver a equipe chegar longe na busca pelo bicampeonato.
Melhor para a torcida alvinegra, que lotou o Pacaembu e pôde ver o primeiro jogo internacional da equipe após o título do Mundial de Clubes no Japão – a partida contra o Millonarios teve portões fechados após a punição da Conmebol por conta da morte de Kevin Espada, atingido por um sinalizador na primeira rodada da chave. Mais de 33 mil compareceram ao estádio, vibraram com os gols de Alexandre Pato, Guerrero e Paulinho, gritaram "olé" nos minutos finais do confronto e irritaram um Tijuana mais interessado em bater do que em jogar futebol.
A única preocupação ficou por conta de Pato, que deixou o jogo com um incômodo muscular logo após o seu gol, aos 25 do primeiro tempo. A boa vitória levou o Corinthians aos sete pontos no grupo, contra nove do ainda líder Tijuana. O Millonarios tem três pontos e enfrenta o San José (com um pontinho só) nesta quinta-feira, na Bolívia.
Pela competição internacional, o Corinthians só volta a jogar dia 3 de abril, contra o Millonarios, na Colômbia. Sábado tem duelo pelo Campeonato Paulista, às 18h30m (de Brasília), no Pacaembu, contra o União Barbarense.
Pato comemora o gol marcado, pouco antes de sair machucado (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
A faixa com os dizeres acima foi levada pelos jogadores do Corinthians para o gramado do Pacaembu e serviu para homenagear a torcida, que pôde assistir no estádio ao primeiro jogo de Libertadores desde o título mundial, em dezembro – devidamente lembrado num mosaico nas arquibancadas. Depois de uma partida sem graça e sem torcida contra o Millonarios, o Timão resolveu brindar seus fanáticos com os melhores 45 minutos da temporada.
Em um jogo grande, com a pressão por uma vitória, os comandados de Tite deram a resposta esperada. Bem mais solto do que na grama sintética do México, o Timão resolveu o problema chamado Fidel Martinez com um antídoto dos bons: Renato Augusto. Taticamente perfeito, o meia caiu pelo lado direito do ataque, segurou os avanços do "Neymar equatoriano" e aproveitou as deficiências do lateral-esquerdo Ábrego, que levou um baile na primeira etapa.
Corinthians entrou em campo com homenagem (Foto: Marcos Ribolli)
Renato Augusto foi o personagem que fez outros brilharem. Aos 25, na sua terceira conclusão a gol, a insistência deu resultado. Um chutaço da entrada da área bateu três vezes na trave antes de encontrar o pé do iluminado Alexandre Pato, que só empurrou para a rede e, desta vez, não precisou visualizar uma torcida para comemorar com ele – contra o Millonarios, no Pacaembu vazio, ele dizia ter imaginado a massa corintiana na hora de celebrar.
O segundo gol na Libertadores, após 11 confrontos seguidos, teve seu preço. Com um incômodo muscular, Pato deixou o gramado logo depois, substituído por Romarinho. Sem ele, havia Guerrero. Aos 35, Renato Augusto fez outra boa jogada pela direita, Alessandro desviou, e o peruano acertou bela finalização: 2 a 0.
Com os punhos cerrados e olhos fechados, Guerrero comemora segundo gol do Corinthians (Foto: EFE)
A atmosfera do primeiro tempo foi tão boa para o Corinthians que o time achou que já tinha tudo resolvido, mesmo com 45 minutos por jogar. Com Martinez e Riascos menos vigiados, o Tijuana voltou a lembrar aquele time que sufocou o rival brasileiro no México. Alessandro teve as velhas dificuldades em marcar o arisco equatoriano, mas este não estava tão inspirado quanto na semana passada.
A má pontaria dos mexicanos, aliás, foi a responsável pelo Corinthians não tomar grandes sustos. Arce teve boa chance após bate-rebate dentro da área, mas mandou para longe. Minutos depois, Moreno perdeu nova oportunidade em contra-ataque. O técnico Antonio Mohamed tirou o fraco Ábrego e colocou Garza na lateral esquerda, neutralizando a principal jogada corintiana na partida.
O jogo ficou amarrado, e coube à torcida manter o clima de Libertadores. Graças a ela, corintianos e mexicanos chegaram com mais força em algumas divididas, esboçaram alguns desentendimentos, mas não deram trabalho ao árbitro Enrique Osses. Paulinho, então, deu números finais à partida aos 36 minutos, quando fez o terceiro de cabeça. O 3 a 0 ficou de bom tamanho para o Timão, que agora encontra-se em situação confortável no Grupo 5, e para a torcida, que viu grande atuação no primeiro tempo e ganhou esperança de ver a equipe chegar longe na busca pelo bicampeonato.
Torcida do Corinthians faz mosaico lembrando o bi do Mundial (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
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