Artilheiro não é brilhante, mas decide. Azulão cai no segundo tempo
A CRÔNICA
por
Carlos Augusto Ferrari
Luis Fabiano não foi brilhante. Em alguns momentos, até se atrapalhou
com a bola. Mas fez o que se espera de um centroavante: quando teve
chance, não desperdiçou. Com dois gols, ele foi fundamental para a
vitória do São Paulo sobre o São Caetano, por 4 a 2, nesta quarta-feira à
noite, no estádio Anacleto Campanella, em São Caetano do Sul. O jogo
valeu pela segunda rodada do Campeonato Paulista e havia sido adiado por
conta de compromisso do Tricolor na primeira fase da Taça Libertadores,
contra o Bolívar. Maicon e Aloísio completaram o placar para o time do
Morumbi. Danielzinho e Jobson fizeram para o Azulão.
Apesar do placar elástico, o jogo não foi fácil para o time da capital, que saiu na frente, levou a virada e teve de correr muito para se recuperar e garantir os três pontos. Agora, o Tricolor vai a 16 e é vice-líder do estadual (dois atrás da Ponte Preta, que tem 18), ainda com um jogo a menos. Já o time de São Caetano do Sul, com apenas cinco, está em penúltimo lugar.
O São Paulo volta a campo no sábado, agora pela nona rodada do Paulistão.
Enfrentará o Linense, às 18h30m, no Morumbi. No mesmo dia e horário, o São Caetano tentará se recuperar diante do Mirassol, fora de casa.
A todo vapor
O técnico Ney Franco, do São Paulo, abriu mão de segurança no meio de campo, e deixou Wellington no banco para escalar um trio de meias: Jadson, Maicon e Ganso. Sem o seu “cão de guarda”, a retaguarda tricolor ficou exposta. Não foram raras as vezes em que os zagueiros Lúcio e Toloi tiveram de sair da área para tentar matar jogadas nas laterais - falha típica de defesas que não têm cobertura.
Esse problema, porém, só ficou evidente depois dos 25 minutos. Antes, o jogo parecia sob o controle do São Paulo. Com Osvaldo inspirado, o time do Morumbi não demorou a abrir o placar. Aos 13, o rápido atacante desceu pela esquerda em velocidade. Deixou três marcadores para trás, invadiu a área e rolou para Luis Fabiano, que só teve o trabalho de empurrar para o gol. Dava a impressão que o Tricolor teria vida tranquila no Anacleto Campanella. Ficou mesmo só na impressão.
O São Caetano também apostou em velocidade. Se pelo lado são-paulino Osvaldo era o responsável por levar perigo, no Azulão, Jobson infernizava a zaga adversária: Lúcio que o diga. Aos 24 minutos, o atacante desceu pela esquerda, deixou zagueiro pentacampeão para trás com facilidade e rolou para Danielzinho chutar no canto direito de Rogério Ceni.
Atordoado, o São Paulo levou mais um no minuto seguinte, num lance que evidenciou a pane do seu setor defensivo: a bola foi esticada da lateral direita, ainda no campo de defesa do São Caetano. Jobson, sozinho, entrou pelo meio e só empurrou na saída de Ceni. Lúcio estava na intermediária e não conseguiu alcançar. Toloi, na esquerda, só pôde olhar o lance.
Em desvantagem, o Tricolor tentou sair para o abafa, mas sem muita coordenação. Ganso começou aceso e depois sumiu. Jadson, deslocado para o lado direito, não fez muita coisa. O gol de empate, aos 45, saiu mais por sorte dos são-paulinos: Maicon arriscou o chute, a bola desviou na zaga e encobriu o goleiro Fábio.
Luis Fabiano garante o bicho
O ritmo do segundo tempo foi bem mais lento. Preocupado com os problemas na defesa, Ney Franco tirou Maicon e colocou Wellington. Com o volante à frente, a zaga tricolor deixou de passar tantos apuros. Além disso, o São Caetano não teve fôlego para manter a correria da etapa inicial.
Com o sistema de defesa recomposto, o Tricolor ganhou tranquilidade para trocar passes e construir jogadas. No entanto, faltou ímpeto. Lento, o time demorava a chegar ao ataque. Osvaldo não tinha com quem tabelar, já que Cortez, que costuma chegar à frente para apoiar o ataque pelo lado esquerdo, foi sacado para a entrada de Carleto, que não chega tanto.
Coube, então, a Luis Fabiano quebrar a monotonia. Aos 27 minutos, ele tentou tabelar com Douglas, perdeu a bola, mas conseguiu recuperar, romper a defesa, bem a seu estilo, e chutar rasteiro, de pé direito, colocando o São Paulo à frente mais uma vez. O São Caetano sentiu o baque e pareceu ter desistido do jogo, pois sequer esboçou reação.
Tranquilo em campo, o Tricolor ainda teve tempo de marcar mais um, já aos 47 minutos. Aloísio, que havia entrado no lugar de Ganso, completou de cabeça cruzamento de Carleto.
Apesar do placar elástico, o jogo não foi fácil para o time da capital, que saiu na frente, levou a virada e teve de correr muito para se recuperar e garantir os três pontos. Agora, o Tricolor vai a 16 e é vice-líder do estadual (dois atrás da Ponte Preta, que tem 18), ainda com um jogo a menos. Já o time de São Caetano do Sul, com apenas cinco, está em penúltimo lugar.
O São Paulo volta a campo no sábado, agora pela nona rodada do Paulistão.
Enfrentará o Linense, às 18h30m, no Morumbi. No mesmo dia e horário, o São Caetano tentará se recuperar diante do Mirassol, fora de casa.
Ganso divide a bola com Eli Sabiá, durante duelo no Anacleto (Foto: Léo Pinheiro / Agência Estado)
O técnico Ney Franco, do São Paulo, abriu mão de segurança no meio de campo, e deixou Wellington no banco para escalar um trio de meias: Jadson, Maicon e Ganso. Sem o seu “cão de guarda”, a retaguarda tricolor ficou exposta. Não foram raras as vezes em que os zagueiros Lúcio e Toloi tiveram de sair da área para tentar matar jogadas nas laterais - falha típica de defesas que não têm cobertura.
Esse problema, porém, só ficou evidente depois dos 25 minutos. Antes, o jogo parecia sob o controle do São Paulo. Com Osvaldo inspirado, o time do Morumbi não demorou a abrir o placar. Aos 13, o rápido atacante desceu pela esquerda em velocidade. Deixou três marcadores para trás, invadiu a área e rolou para Luis Fabiano, que só teve o trabalho de empurrar para o gol. Dava a impressão que o Tricolor teria vida tranquila no Anacleto Campanella. Ficou mesmo só na impressão.
O São Caetano também apostou em velocidade. Se pelo lado são-paulino Osvaldo era o responsável por levar perigo, no Azulão, Jobson infernizava a zaga adversária: Lúcio que o diga. Aos 24 minutos, o atacante desceu pela esquerda, deixou zagueiro pentacampeão para trás com facilidade e rolou para Danielzinho chutar no canto direito de Rogério Ceni.
Atordoado, o São Paulo levou mais um no minuto seguinte, num lance que evidenciou a pane do seu setor defensivo: a bola foi esticada da lateral direita, ainda no campo de defesa do São Caetano. Jobson, sozinho, entrou pelo meio e só empurrou na saída de Ceni. Lúcio estava na intermediária e não conseguiu alcançar. Toloi, na esquerda, só pôde olhar o lance.
Em desvantagem, o Tricolor tentou sair para o abafa, mas sem muita coordenação. Ganso começou aceso e depois sumiu. Jadson, deslocado para o lado direito, não fez muita coisa. O gol de empate, aos 45, saiu mais por sorte dos são-paulinos: Maicon arriscou o chute, a bola desviou na zaga e encobriu o goleiro Fábio.
Luis Fabiano garante o bicho
O ritmo do segundo tempo foi bem mais lento. Preocupado com os problemas na defesa, Ney Franco tirou Maicon e colocou Wellington. Com o volante à frente, a zaga tricolor deixou de passar tantos apuros. Além disso, o São Caetano não teve fôlego para manter a correria da etapa inicial.
Com o sistema de defesa recomposto, o Tricolor ganhou tranquilidade para trocar passes e construir jogadas. No entanto, faltou ímpeto. Lento, o time demorava a chegar ao ataque. Osvaldo não tinha com quem tabelar, já que Cortez, que costuma chegar à frente para apoiar o ataque pelo lado esquerdo, foi sacado para a entrada de Carleto, que não chega tanto.
Coube, então, a Luis Fabiano quebrar a monotonia. Aos 27 minutos, ele tentou tabelar com Douglas, perdeu a bola, mas conseguiu recuperar, romper a defesa, bem a seu estilo, e chutar rasteiro, de pé direito, colocando o São Paulo à frente mais uma vez. O São Caetano sentiu o baque e pareceu ter desistido do jogo, pois sequer esboçou reação.
Tranquilo em campo, o Tricolor ainda teve tempo de marcar mais um, já aos 47 minutos. Aloísio, que havia entrado no lugar de Ganso, completou de cabeça cruzamento de Carleto.
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