quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Maracanã: operários fazem reunião na arquibancada e descartam greve


Trabalhadores aceitam proposta de reajuste salarial de 11% e aumento na cesta básica e hora extra. 'Melhor acordo do Brasil', diz representante

Por Marcelo Baltar Rio de Janeiro

Após quase três semanas de negociações, chegou ao fim, na manhã desta quinta-feira, o imbróglio entre o consórcio responsável pelas obras do Maracanã e os trabalhadores do estádio. Em assembleia realizada na arquibancada do estádio com cerca de 6 mil pessoas, os operários aceitaram a oferta final de 11% de reajuste salarial e descartaram iniciar nova greve.

Diferentemente das reuniões anteriores, a assembleia desta quinta ocorreu no interior da reforma do palco das finais da Copa das Confederações e da Copa do Mundo, uma vez que o entorno do Maracanã passa por obras. A assembleia durou cerca de 40 minutos e a proposta foi aceita por unanimidade, segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada Intermunicipal do Rio de Janeiro (Sintraicp), Nilson Duarte.

Além dos 11% de reajuste salarial, os operários terão um aumento no valor das cestas básicas (R$ 330) e 80% de hora extra, além do pagamento do valor equivalente a dois salários como participação nos lucros. A princípio, o pedido do Sintraicp era de 15% de reajuste salarial, cesta básica de R$ 330 (o que foi atendido) e 100% de hora extra.

- O Rio de Janeiro fez o melhor acordo do Brasil. As obras agora vão a todo vapor e nao há mais motivos para paralisação - disse Roberto Gomes da Silva, membro na comissão de operários ligada ao sindicato.

Apesar das constantes ameaças de greve, as obras do Maracanã só foram paralisadas durante a negociação na última segunda. No mesmo dia, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, interviu e se reuniu com os representantes dos trabalhadores no Palácio da Guanabara, quando foi feita uma nova proposta.

- O governador me ligou pessoalmente e marcou a reunião. Essa intervenção foi de grande valia, pois o consórcio estava aguardando o resutlado da convenção coletiva, e o governo decidiu manter o acordo específico do Maracanã. O encontro foi fundamental para colocar as coisas na mesa e chegar a um acordo. Apesar de estarmos na reta final das obras, havia necessidade de recuperação das perdas - afirmou o presidente do sindicato, Nilson Duarte.

obras no entorno do estádio maracanã (Foto: Marcelo Baltar)Foto do Maracanã na última terça-feira: paralisação durou apenas um dia (Foto: Marcelo Baltar)

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