sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Meu Tesouro: com raquete de Djoko, Zé Roberto reforça bagagem de ouro


Fã de tênis e do sérvio, tricampeão olímpico aposenta lembrança após usá-la duas vezes e quebrar uma das cordas: 'Vou guardar como um troféu'

Por Heitor Esmeriz e Murilo Borges Campinas, SP

Zé Roberto segura raquete de Djokovic (Foto: Murilo Borges/Globoesporte.com)Zé Roberto segura raquete de Djokovic: tesouro
(Foto: Murilo Borges/Globoesporte.com)



Zé Roberto segura raquete de Djokovic (Foto: Murilo Borges/Globoesporte.com)A assinatura de Djoko um pouco borrada: raquete aposentada (Foto: Murilo Borges/Globoesporte.com)

- Eu treinei duas vezes com a raquete, mas desisti. Não vale a pena. Ela não vem com o dom (risos). É melhor deixá-la como troféu. É um pecado usar, mas também é um pecado não usar. Ela é única, feita especialmente para ele. Não é uma que dá para comprar. Eu tenho uma semelhante, da mesma marca, mas você percebe a diferença. Essa é mais fina, mais leve.

Zé Roberto ainda não teve a oportunidade de agradecer a Djokovic pelo presente. O técnico, aliás, nunca conversou pessoalmente com o tenista. Os contatos ficaram apenas quando os dois dividiram a sala de musculação da Vila Olímpica. A admiração de Zé Roberto por Djokovic é evidente. Cada característica do tenista é acompanhada de um elogio. O foco e a elasticidade são os principais pontos destacados pelo treinador, que vê em Djoko a junção do que Federer e Nadal têm de melhor.

- Quando eu avistei o Djokovic na academia, fiquei impressionado pela flexibilidade dele. Alongava com muita facilidade. O foco também é outro ponto incrível nele. De uns quatro, cinco anos para cá, evoluiu muito, está constante. É um cara extremamente focado, com uma cabeça incrível, não desiste nunca e deixa o adversário sob pressão. Eu acho, por exemplo, que o Nadal disputa pontos mais longos, enquanto o Federer troca menos bola. O Djoko tem tanto uma coisa como a outra, o melhor de cada um dos dois. É um jogador que tem todos os fundamentos bem feitos – analisou.

Zé Roberto segura raquete de Djokovic (Foto: Murilo Borges/Globoesporte.com)Zé Roberto é só elogios ao estilo de Djoko
(Foto: Murilo Borges/Globoesporte.com)

E quem fala é um apaixonado por tênis. Sempre que dá, aproveita a pausa entre um treino e outro, uma viagem e outra, para praticar o esporte. O auxiliar Paulo Cocco tem o mesmo hobby e acompanha Zé Roberto nas brincadeiras. Em Campinas, os dois jogam pelo menos uma vez por semana.

- Sempre fui fã de tênis. Tenho uma raquete sempre comigo. Se estamos em um hotel com quadra, eu e o Paulinho (Paulo Cocco) aproveitamos para jogar. Sou apaixonado por movimento. Os detalhes me impressionam.

O tênis, ao lado do hipismo, divide a preferência no coração de Zé Roberto após o vôlei. As duas modalidades foram escolhidas pelo treinador, já de olho no futuro.

- São duas coisas que dá para você fazer até um pouco mais velho. O tênis não precisa correr, dá para ficar só rebatendo, enquanto cavalo dá para montar até os 80 anos. São dois esportes que já escolhi para a minha velhice. Vôlei não dá. É muito impacto. No futebol também sempre fico todo ralado, sem contar que a cabeça acha que dá, mas não obedece.

Mas, no momento, a prioridade de Zé Roberto ainda é o vôlei, pelo menos fora das quadras, comandando Campinas e a seleção feminina. Sorte do Brasil. Em 2016, no Rio de Janeiro, ele buscará a quarta medalha de ouro. Mais uma para a sua coleção de conquistas, que agora, por que não, conta com uma raquete de Djokovic. Uma raquete que continua em boas mãos.

Zé Roberto segura raquete de Djokovic (Foto: Murilo Borges/Globoesporte.com)Duas paixões de Zé Roberto: o vôlei e o tênis (Foto: Murilo Borges/Globoesporte.com)

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