Agora profissional, jovem do Brasiliense fala sobre comparações, saída do Vasco e vida noturna do Baixinho: 'Não é fácil acompanhar o ritmo dele'
Com um 1,78m de altura, Romarinho não é o tipo de jogador que pode ser
chamado de "baixinho". O gosto pelos treinos é outra característica que
não o aproxima muito do pai. Em campo, costuma jogar como segundo
atacante, saindo mais da área. Fora dele, se considera caseiro e
tranquilo.Nenhuma semelhança com Romário?
Não é bem assim. Basta conversar alguns minutos com o jovem reforço do
Brasiliense para perceber que, além do nome, há uma marca registrada do
tetracampeão fácil de reconhecer no filho de 19 anos: a língua afiada.
- Sempre tem alguns babacas falando m... Então, eu nem ligo. Eu só jogo meu futebol e procuro mostrar para quem gosta de mim que eu sou um bom jogador - respondeu Romarinho ao ser perguntado sobre como lidava com as críticas dos que dizem que sua qualidade em campo não chega nem perto da do pai.
A verdade é que o filho de Romário tem consciência de que o talento e a
carreira vitoriosa construída pelo Baixinho no futebol são para poucos.
- Meu pai foi um dos melhores jogadores da história. Para mim, o melhor jogador depois do Pelé. Dos que eu vi, foi o melhor. Isso é um orgulho muito grande. Não tem como eu fazer os mesmos passos dele. Cada um tem seu caminho. Eu procuro me espelhar muito no meu pai, mas tenho que fazer meu próprio caminho.
Em conversa com o GLOBOESPORTE.COM antes da estreia como profissional (derrota de 2 a 0 para o Brasília, sábado, pelo Candangão), o atacante falou ainda sobre a adaptação a Brasília, a pressão por ser filho de Romário, as diferenças entre ele e o pai, a saída conturbada do Vasco (que não é seu time do coração) e as "baladas" ao lado do deputado:
- Não é fácil acompanhar o ritmo dele não (risos).
GLOBOESPORTE.COM: Por que a decisão de ser jogador de futebol, seguir a carreira do seu pai?
ROMARINHO: Minha mãe conta que quando eu era bebê e
começava a chorar, ela colocava um barbante com uma bola no berço e eu
ficava batendo com o pé. Quando fui crescendo, fui gostando de bola. Meu
pai era jogador, eu ia sempre para o estádio, vestiário, entrava em
campo com ele. Então, não vi outra coisa para fazer que não fosse o
futebol.
Como lida com a expectativa criada em torno de você por ser o filho do Romário?
Desde quando eu comecei no futebol que tem essa pressão. Mas foi uma decisão minha seguir a carreira. Mesmo se um dia eu for um astro, vou continuar escutando isso (comparação com Romário). Então, já me acostumei e nem ligo mais. Meu pai foi um dos melhores jogadores da história. Para mim, o melhor jogador depois do Pelé. Dos que eu vi jogar, meu pai foi o melhor. Isso é um orgulho muito grande. Não tem como eu fazer os mesmos passos. Cada um tem seu caminho. Eu procuro me espelhar muito nele, mas sei que tenho que fazer meu próprio caminho.
No próprio GLOBOESPORTE.COM, já recebemos comentários em reportagens suas de pessoas dizendo que o seu futebol não chega nem perto do que seu pai apresentou. Como lida com esse tipo de comentário?
Vai ter isso sempre. Até quando estiver bem, vão querer falar mal. Nem ligo para isso, melhor nem ler. Sempre tem alguns babacas falando m... Então, eu nem ligo. Eu só jogo meu futebol e procuro mostrar para quem gosta de mim que eu sou um bom jogador. Não entro em campo para responder a esses babacas. Eu gosto das pessoas que gostam de mim e é por eles que eu jogo.
Como é ser o Romarinho "original", em meio a tantos outros jogadores que estão surgindo no Brasil com o nome de Romário?
Não tem essa de original ou falso. Os outros Romarinhos também são originais e muitos ganharam o nome por conta da carreira que meu pai teve. Tenho orgulho de ter tantos jogadores com o nome de Romário, porque sei que foi por conta da história do meu pai.
Como tem sido sua adaptação ao futebol profissional?
Agora já estou entrando no ritmo. Venho melhorando a cada dia e sei que vou melhorar ainda mais. Os treinos estão sendo muito mais pesados. Estou sendo mais exigido. Outra diferença da base para o profissional é a força dos jogadores. É um futebol muito mais forte. Com o tempo, vou ficar mais forte também.
Tem conversado com seu pai sobre essa primeira experiência no futebol profissional?
Ele tem me orientado, dizendo para eu ficar calmo, tranquilo. Fala para ficar perto da área, perto do gol, que a oportunidade vai aparecer. Tem me dado muitas dicas, que guardo sempre comigo.
Na sua apresentação no Brasiliense, seu pai brincou dizendo que, diferentemente dele, você é um jogador que gosta de treinar. É isso mesmo? E a vida noturna? Nunca foi de fugir de concentração?
Não sou muito baladeiro, não. Claro que, às vezes, dou minhas saídas, vou me divertir com os amigos. Mas sempre vou treinar. Nunca saio antes de treino. Só quando tem folga mesmo. Na base a gente não se concentrava. Em viagens do time, só saía quando tinha liberação da diretoria. Sair em noite antes de treino e ficar cansado no outro dia, não sou de fazer.
Apesar de não gostar muito de treinar e curtir bastante a noite, seu pai nunca foi de beber. Você também é assim?
Meu cuido muito. Sou muito focado no futebol. Também não gosto de beber. Sair, às vezes eu saio, mas só no fim de semana. E não ligo para bebida não.
Você já foi para a balada com seu pai?
Já sim. Lá no Rio a gente saía junto. Mas não é fácil acompanhar o ritmo dele não (risos). Meu pai brinca muito. Coloca pilha para eu ir conhecer as mulheres, mas eu sou mais tranquilo.
Está em algum relacionamento sério?
Estou solteiro, estou tranquilo. Cabeça focada no futebol. Tem uma menina no Rio, mas nada muito sério. Penso em firmar algo mais para frente, ficar tranquilo, quem sabe trazer ela para Brasília. Mas ainda não é nada muito sério. Não coloca aí que estou namorando não. Eu estou solteiro (risos).
Em Brasília, você também está mais perto do lado político do seu pai, que é deputado federal. O que tem achado do desempenho dele como político?
Para falar a verdade, eu não entendo nada de política. Acho que mais para frente, quando for mais velho, vou entender melhor. Mas escuto os comentários das pessoas e todo mundo está elogiando muito ele como deputado. Fico feliz com isso. Então, estou do lado dele e vou apoiar sempre. Acho que é um deputado nota 10.
Do que tem sentido mais falta desde que mudou do Rio para Brasília?
Da família, dos amigos e da praia. Ficar sem a praia tem sido complicado. Eu era viciado em praia, em futevôlei. E carinho de mãe não tem igual. Dá saudade da minha mãe, dos irmãos. Mas eles vão estar sempre me visitando. Eu também vou tentar ir mais ao Rio.
Como é o relacionamento com seus irmãos? São cinco, mas só uma (Moniquinha) é da mesma mãe, não é isso?
Eu e minha irmã mais velha somos da mesma mãe. E tem outras três meninas e um menino, só por parte de pai. Mas lá no Rio a gente estava quase toda semana junto. A gente se dá muito bem, somos muito amigos. Um cuida do outro. Agora em Brasília não dá mais para ver tanto.
Tem muitos amigos jogadores de futebol?
A maioria dos meus amigos mais próximos não é do futebol. Claro que conheço muitos jogadores, por viver nesse mundo desde pequeno. Mas o pessoal que eu mais ando não é do futebol. Na verdade, tem dois grandes amigos, que considero mesmo lá no Rio, que jogam no Flamengo. O Thomas e o Yago, do juniores. A gente costumava sair no fim de semana, estava sempre junto.
Aqui em Brasília, você está sempre com o Fábio Braz (zagueiro
do Brasiliense), que é amigo do seu pai desde os tempos em que jogaram
juntos no Vasco. O que tem feito para se divertir na cidade?
Estamos sempre juntos. Não aguento mais olhar para ele (risos). Brinco com isso, mas quando a gente fica um tempo sem se falar um já manda mensagem para o outro. A gente joga videogame, para passar o tempo. Ele até que é bom, mas não ganha de mim (risos e protestos de Fábio Braz). Tá bom, vou dizer que é equilibrado (mais risos). O treino no Brasiliense está bem pesado, todo dia dois turnos, então não estou nem tendo como sair, conhecer outras pessoas. Vejo muita TV. Gosto da novela das sete e da das nove. Agora estou vendo também o Big Brother. Estou torcendo pelo Yuri, que já conheci lá no Rio.
E a saída do Vasco? Ficou alguma mágoa pela maneira como você deixou o clube depois de tantos anos?
Tenho um carinho muito grande pelo Vasco. Comecei no futebol lá. Passei a vida toda. Fiquei triste com a saída, porque eu sonhava em fazer historia lá. Infelizmente, não foi possível, mas agradeço muito ao Vasco por todos esses anos que passei lá e não tenho mágoa nenhuma não.
Seu pai criticou muito o Vasco na sua saída e teve aquela troca de acusações com o Roberto Dinamite. O que achou disso tudo?
Essa briga aí eu não tenho nem porque me meter. Até falei com o Rodrigo, filho do Dinamite, que a gente não tem nada a ver com isso. Deixa eles resolverem e a nossa amizade continua a mesma. Não encontrei mais com o Rodrigo depois que vim para Brasília, mas, quando tem oportunidade, a gente se fala. Não mudou nada.
Agora, apesar desse carinho que você tem pelo Vasco, torce por outro time do Rio, não é verdade? É o América, do seu pai, ou algum dos grandes?
Torço para outro time, mas sempre que joguei pelo Vasco colocava meu coração na ponta da chuteira. Sempre lutei com todas as minhas força para ajudar o Vasco. Quando decidi ser profissional, não tem mais essa de ficar pensando no time do coração. Eu torço por esse outro time, mas não fico vendo jogos, não sou fanático. Que time é? Eu não vou dizer. É um dos grandes. Sobram três opções, agora você tenta adivinhar (risos).
Você nasceu na Espanha e veio pequeno para o Brasil. Tem a nacionalidade europeia? Defenderia a camisa da Fúria?
Agora vou começar a ver esse negócio da dupla nacionalidade. Por ter nascido lá, eu sempre gostei muito da Espanha. Torço sempre pelo Brasil e por eles na Copa do Mundo, nos campeonatos de seleções. Em primeiro lugar, quero jogar pelo Brasil. É um sonho que eu tenho. Mas, se surgisse uma oportunidade de jogar pela Espanha é lógico que eu aceitaria
.
O Romário já deu declarações dizendo que queria te ver jogando pelo Barcelona, onde ele foi ídolo. Disse inclusive que te levaria para fazer testes no clube catalão. Jogar pelo Barça é um desejo seu também?
É uma vontade muito grande do meu pai que eu jogue no Barcelona. É claro que é um sonho de qualquer jogador e, se um dia eu tiver a oportunidade, vou muito feliz. Mas, por enquanto, estou pensando só no Brasiliense e em jogar meu futebol aqui. Tenho os pés no chão. Vim para o Brasiliense para jogar com minhas próprias pernas, crescer com minhas próprias forças. Meu pai quer que eu vá para lá, eu também quero, mas, por enquanto, tenho que jogar aqui no Brasil.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/brasiliense/noticia/2013/01/entrevistao-lingua-afiada-romarinho-segue-os-passos-do-pai-em-brasilia.html
- Sempre tem alguns babacas falando m... Então, eu nem ligo. Eu só jogo meu futebol e procuro mostrar para quem gosta de mim que eu sou um bom jogador - respondeu Romarinho ao ser perguntado sobre como lidava com as críticas dos que dizem que sua qualidade em campo não chega nem perto da do pai.
Romarinho imita comemoração tradicional do pai: chance no Brasiliense (Foto: Fabrício Marques)
- Meu pai foi um dos melhores jogadores da história. Para mim, o melhor jogador depois do Pelé. Dos que eu vi, foi o melhor. Isso é um orgulho muito grande. Não tem como eu fazer os mesmos passos dele. Cada um tem seu caminho. Eu procuro me espelhar muito no meu pai, mas tenho que fazer meu próprio caminho.
Em conversa com o GLOBOESPORTE.COM antes da estreia como profissional (derrota de 2 a 0 para o Brasília, sábado, pelo Candangão), o atacante falou ainda sobre a adaptação a Brasília, a pressão por ser filho de Romário, as diferenças entre ele e o pai, a saída conturbada do Vasco (que não é seu time do coração) e as "baladas" ao lado do deputado:
- Não é fácil acompanhar o ritmo dele não (risos).
GLOBOESPORTE.COM: Por que a decisão de ser jogador de futebol, seguir a carreira do seu pai?
Romarinho em ação na estreia pelo Brasiliense, sábado (Foto: Adalberto Marques / Ag. Estado)
Como lida com a expectativa criada em torno de você por ser o filho do Romário?
Desde quando eu comecei no futebol que tem essa pressão. Mas foi uma decisão minha seguir a carreira. Mesmo se um dia eu for um astro, vou continuar escutando isso (comparação com Romário). Então, já me acostumei e nem ligo mais. Meu pai foi um dos melhores jogadores da história. Para mim, o melhor jogador depois do Pelé. Dos que eu vi jogar, meu pai foi o melhor. Isso é um orgulho muito grande. Não tem como eu fazer os mesmos passos. Cada um tem seu caminho. Eu procuro me espelhar muito nele, mas sei que tenho que fazer meu próprio caminho.
No próprio GLOBOESPORTE.COM, já recebemos comentários em reportagens suas de pessoas dizendo que o seu futebol não chega nem perto do que seu pai apresentou. Como lida com esse tipo de comentário?
Vai ter isso sempre. Até quando estiver bem, vão querer falar mal. Nem ligo para isso, melhor nem ler. Sempre tem alguns babacas falando m... Então, eu nem ligo. Eu só jogo meu futebol e procuro mostrar para quem gosta de mim que eu sou um bom jogador. Não entro em campo para responder a esses babacas. Eu gosto das pessoas que gostam de mim e é por eles que eu jogo.
Como é ser o Romarinho "original", em meio a tantos outros jogadores que estão surgindo no Brasil com o nome de Romário?
Não tem essa de original ou falso. Os outros Romarinhos também são originais e muitos ganharam o nome por conta da carreira que meu pai teve. Tenho orgulho de ter tantos jogadores com o nome de Romário, porque sei que foi por conta da história do meu pai.
Como tem sido sua adaptação ao futebol profissional?
Agora já estou entrando no ritmo. Venho melhorando a cada dia e sei que vou melhorar ainda mais. Os treinos estão sendo muito mais pesados. Estou sendo mais exigido. Outra diferença da base para o profissional é a força dos jogadores. É um futebol muito mais forte. Com o tempo, vou ficar mais forte também.
Romário com o filho no dia da assinatura do contrato com o Brasiliense (Foto: Cláudio Bispo / Brasiliense)
Ele tem me orientado, dizendo para eu ficar calmo, tranquilo. Fala para ficar perto da área, perto do gol, que a oportunidade vai aparecer. Tem me dado muitas dicas, que guardo sempre comigo.
Na sua apresentação no Brasiliense, seu pai brincou dizendo que, diferentemente dele, você é um jogador que gosta de treinar. É isso mesmo? E a vida noturna? Nunca foi de fugir de concentração?
Não sou muito baladeiro, não. Claro que, às vezes, dou minhas saídas, vou me divertir com os amigos. Mas sempre vou treinar. Nunca saio antes de treino. Só quando tem folga mesmo. Na base a gente não se concentrava. Em viagens do time, só saía quando tinha liberação da diretoria. Sair em noite antes de treino e ficar cansado no outro dia, não sou de fazer.
Apesar de não gostar muito de treinar e curtir bastante a noite, seu pai nunca foi de beber. Você também é assim?
Meu cuido muito. Sou muito focado no futebol. Também não gosto de beber. Sair, às vezes eu saio, mas só no fim de semana. E não ligo para bebida não.
Romarinho na balada no Rio com Carolina e Fábio, filhos de Renato Gaúcho e Abel (Foto: Instagram)
Já sim. Lá no Rio a gente saía junto. Mas não é fácil acompanhar o ritmo dele não (risos). Meu pai brinca muito. Coloca pilha para eu ir conhecer as mulheres, mas eu sou mais tranquilo.
Está em algum relacionamento sério?
Estou solteiro, estou tranquilo. Cabeça focada no futebol. Tem uma menina no Rio, mas nada muito sério. Penso em firmar algo mais para frente, ficar tranquilo, quem sabe trazer ela para Brasília. Mas ainda não é nada muito sério. Não coloca aí que estou namorando não. Eu estou solteiro (risos).
Em Brasília, você também está mais perto do lado político do seu pai, que é deputado federal. O que tem achado do desempenho dele como político?
Para falar a verdade, eu não entendo nada de política. Acho que mais para frente, quando for mais velho, vou entender melhor. Mas escuto os comentários das pessoas e todo mundo está elogiando muito ele como deputado. Fico feliz com isso. Então, estou do lado dele e vou apoiar sempre. Acho que é um deputado nota 10.
Do que tem sentido mais falta desde que mudou do Rio para Brasília?
Da família, dos amigos e da praia. Ficar sem a praia tem sido complicado. Eu era viciado em praia, em futevôlei. E carinho de mãe não tem igual. Dá saudade da minha mãe, dos irmãos. Mas eles vão estar sempre me visitando. Eu também vou tentar ir mais ao Rio.
Como é o relacionamento com seus irmãos? São cinco, mas só uma (Moniquinha) é da mesma mãe, não é isso?
Eu e minha irmã mais velha somos da mesma mãe. E tem outras três meninas e um menino, só por parte de pai. Mas lá no Rio a gente estava quase toda semana junto. A gente se dá muito bem, somos muito amigos. Um cuida do outro. Agora em Brasília não dá mais para ver tanto.
Tem muitos amigos jogadores de futebol?
A maioria dos meus amigos mais próximos não é do futebol. Claro que conheço muitos jogadores, por viver nesse mundo desde pequeno. Mas o pessoal que eu mais ando não é do futebol. Na verdade, tem dois grandes amigos, que considero mesmo lá no Rio, que jogam no Flamengo. O Thomas e o Yago, do juniores. A gente costumava sair no fim de semana, estava sempre junto.
Romarinho e o zagueiro Fábio Braz: dupla inseparável no Brasiliense (Foto: Fabrício Marques)
Estamos sempre juntos. Não aguento mais olhar para ele (risos). Brinco com isso, mas quando a gente fica um tempo sem se falar um já manda mensagem para o outro. A gente joga videogame, para passar o tempo. Ele até que é bom, mas não ganha de mim (risos e protestos de Fábio Braz). Tá bom, vou dizer que é equilibrado (mais risos). O treino no Brasiliense está bem pesado, todo dia dois turnos, então não estou nem tendo como sair, conhecer outras pessoas. Vejo muita TV. Gosto da novela das sete e da das nove. Agora estou vendo também o Big Brother. Estou torcendo pelo Yuri, que já conheci lá no Rio.
E a saída do Vasco? Ficou alguma mágoa pela maneira como você deixou o clube depois de tantos anos?
Tenho um carinho muito grande pelo Vasco. Comecei no futebol lá. Passei a vida toda. Fiquei triste com a saída, porque eu sonhava em fazer historia lá. Infelizmente, não foi possível, mas agradeço muito ao Vasco por todos esses anos que passei lá e não tenho mágoa nenhuma não.
Romarinho ainda no Vasco: saída conturbada (Foto: André Durão / GLOBOESPORTE.COM)
Essa briga aí eu não tenho nem porque me meter. Até falei com o Rodrigo, filho do Dinamite, que a gente não tem nada a ver com isso. Deixa eles resolverem e a nossa amizade continua a mesma. Não encontrei mais com o Rodrigo depois que vim para Brasília, mas, quando tem oportunidade, a gente se fala. Não mudou nada.
Agora, apesar desse carinho que você tem pelo Vasco, torce por outro time do Rio, não é verdade? É o América, do seu pai, ou algum dos grandes?
Torço para outro time, mas sempre que joguei pelo Vasco colocava meu coração na ponta da chuteira. Sempre lutei com todas as minhas força para ajudar o Vasco. Quando decidi ser profissional, não tem mais essa de ficar pensando no time do coração. Eu torço por esse outro time, mas não fico vendo jogos, não sou fanático. Que time é? Eu não vou dizer. É um dos grandes. Sobram três opções, agora você tenta adivinhar (risos).
Você nasceu na Espanha e veio pequeno para o Brasil. Tem a nacionalidade europeia? Defenderia a camisa da Fúria?
Agora vou começar a ver esse negócio da dupla nacionalidade. Por ter nascido lá, eu sempre gostei muito da Espanha. Torço sempre pelo Brasil e por eles na Copa do Mundo, nos campeonatos de seleções. Em primeiro lugar, quero jogar pelo Brasil. É um sonho que eu tenho. Mas, se surgisse uma oportunidade de jogar pela Espanha é lógico que eu aceitaria
.
O Romário já deu declarações dizendo que queria te ver jogando pelo Barcelona, onde ele foi ídolo. Disse inclusive que te levaria para fazer testes no clube catalão. Jogar pelo Barça é um desejo seu também?
É uma vontade muito grande do meu pai que eu jogue no Barcelona. É claro que é um sonho de qualquer jogador e, se um dia eu tiver a oportunidade, vou muito feliz. Mas, por enquanto, estou pensando só no Brasiliense e em jogar meu futebol aqui. Tenho os pés no chão. Vim para o Brasiliense para jogar com minhas próprias pernas, crescer com minhas próprias forças. Meu pai quer que eu vá para lá, eu também quero, mas, por enquanto, tenho que jogar aqui no Brasil.
Família de Romarinho em peso na estreia: a mãe Mônica, a avó Lita e Romário (Foto: Fabrício Marques )
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/brasiliense/noticia/2013/01/entrevistao-lingua-afiada-romarinho-segue-os-passos-do-pai-em-brasilia.html
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