Zé Roberto e as jogadoras contam como foi o dia de angústia até a hora de entrar em quadra para enfrentar a Sérvia e garantir a classificação às quartas
As meninas acordaram tensas. Sabiam que só entrariam em quadra no fim
do dia, às 22h de Londres, e até lá seria um domingo de angústia, contas
na calculadora e, acima de tudo, uma secada feroz nas adversárias.
Quando a bola finalmente subiu, tudo certo, vitória fácil sobre a Sérvia
e classificação para as quartas de final. Mas até lá foram horas
intermináveis que as campeãs olímpicas não imaginavam viver a esta
altura. Tudo para evitar o que o técnico José Roberto Guimarães via como
uma possível "catástrofe".
- Apesar de confiar nas jogadoras, é lógico que eu temia. Seria uma
catástrofe. Não queria nem pensar na possibilidade de não classificar,
desviei esse pensamento da minha cabeça. Agora quero relaxar um pouco,
para então pensar na Rússia - afirmou Zé, citando o adversário das
quartas, na terça-feira, às 11h (de Brasília), com transmissão ao vivo
do SporTV e acompanhamento em Tempo Real no GLOBOESPORTE.COM.
Para não ser eliminado na primeira fase, o Brasil precisava vencer a Sérvia e torcer por uma vitória dos Estados Unidos sobre a Turquia. Um triunfo da Coreia do Sul sobre a China também ajudaria. E a salada de resultados começou a atormentar a cabeça das jogadoras desde cedo
- Dormi mal para caramba. Eu sempre descanso à tarde, mas quem disse que consegui pregar o olho? Estava triste porque foi a gente que se colocou nessa situação, né. Então até acabar o jogo dos Estados Unidos, eu estava angustiada - admitiu Thaisa, aliviada após a vitória.
A primeira tarefa do dia foi ingrata. Coreia e China fizeram um jogo morno, cientes de que um tie-break seria o suficiente para garantir as duas equipes na próxima fase - pelo regulamento, a vitória por 3 a 0 ou 3 a 1 vale três pontos; no tie-break, vale dois para o vencedor e um para o perdedor. Resultado arranjado?
- As asiáticas têm mania de combinar. Nunca vi a Coreia jogar tão
apática. Acho ridículo. As americanas eu sabia que não iam fazer isso -
afirmou Thaisa.
E realmente não fizeram. Após um primeiro set preguiçoso, os EUA venceram a Turquia por 3 a 0 e deixaram o Brasil dependendo apenas dele para se classificar. Foi o jogo que tirou a tensão das costas das jogadoras.
- A gente estava no aquecimento, e não tinha como ficar tranquila. Foi
uma noite mal dormida, uma tarde mal descansada. Mas agora zerou tudo,
daqui para frente, é outro campeonato - disse Fabiana, um dos destaques
do Brasil contra a Sérvia.
A atacante Natália também não escondeu a tensão antes do jogo, mas a exemplo de Fabiana, acredita que a partir das quartas de final a torcida verá uma competição diferente.
- Quando a gente chegou ao ginásio, estava 13/9 para a Turquia no primeiro set. Foi meio apreensivo. Fiquei vendo pelo aplicativo da competição, acompanhando até o último ponto do terceiro set. Nos playoffs, é outro campeonato. O carneiro vira leão, o leão vira carneiro - profetizou.
Até chegar a esta cena, a seleção feminina de vôlei viveu um domingo tenso (Foto: Kirill Kudryavtsev/AFP)
Para não ser eliminado na primeira fase, o Brasil precisava vencer a Sérvia e torcer por uma vitória dos Estados Unidos sobre a Turquia. Um triunfo da Coreia do Sul sobre a China também ajudaria. E a salada de resultados começou a atormentar a cabeça das jogadoras desde cedo
- Dormi mal para caramba. Eu sempre descanso à tarde, mas quem disse que consegui pregar o olho? Estava triste porque foi a gente que se colocou nessa situação, né. Então até acabar o jogo dos Estados Unidos, eu estava angustiada - admitiu Thaisa, aliviada após a vitória.
A primeira tarefa do dia foi ingrata. Coreia e China fizeram um jogo morno, cientes de que um tie-break seria o suficiente para garantir as duas equipes na próxima fase - pelo regulamento, a vitória por 3 a 0 ou 3 a 1 vale três pontos; no tie-break, vale dois para o vencedor e um para o perdedor. Resultado arranjado?
China e Coreia do Sul fizeram um jogo morno que interessava para os dois lados (Foto: Reuters)
E realmente não fizeram. Após um primeiro set preguiçoso, os EUA venceram a Turquia por 3 a 0 e deixaram o Brasil dependendo apenas dele para se classificar. Foi o jogo que tirou a tensão das costas das jogadoras.
As americanas fizeram seu papel (Foto: Reuters)
A atacante Natália também não escondeu a tensão antes do jogo, mas a exemplo de Fabiana, acredita que a partir das quartas de final a torcida verá uma competição diferente.
- Quando a gente chegou ao ginásio, estava 13/9 para a Turquia no primeiro set. Foi meio apreensivo. Fiquei vendo pelo aplicativo da competição, acompanhando até o último ponto do terceiro set. Nos playoffs, é outro campeonato. O carneiro vira leão, o leão vira carneiro - profetizou.
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